quinta-feira, 16 de março de 2017

Lost teory vs Boom on Anti Boom

Lost teory

Depois de me terem tentado enganar por causa de 5 euros, o gajo da motorizada apareceu la na loja, devia vir á procura do guito que me ficou a dever.

O Luis náo me acompanhou nessa viagem, teve de voltar para Lisboa por causa da medicaçáo. Sim, porque eu náo fui sozinha, levei alguém comigo para me poder ajudar.

Aliás, ao ter montado a tenda de campanha, toda a gente no anti boom me vinha bater á porta! Ou era comida, ou era algo, mas náo fui pau pa toda a obra. Queriam?! Foderam se!

Encontrei uma familia de franceses que vendiam crepes, linda aquela familia, náo sabiam o que fazer do filho mais velho, um rebelde como eu nunca vi e entrou no boom sempre, sem pulseira.

Achei inclusive uma graça, saber que o guru que me ajudou a entrar estar acampado do outro lado da barragem com pulseira comprada igualmente, como veem nada é absoluto.

Os putos que entravam sem pagar eram apanhados, tiravam lhes as mochilas, eram postos a mais de 30 km de distancia e muitos ainda levavam porrada.

Náo acho bem, nunca achei nem nunca vou achar.

Adiante... encontrei um moço que vinha de uma comunidade em Granada, onde eu nunca estive, mas fui convidada um dia a visita los, agradeço, Mamadi e Papadi pela missao e pelos ensinamentos, mas eu nunca fui á India nem sabia o que era um Brahma, tenho muito respeito por toda essa cultura...

Em Lost teory voltei a encontrar o moço, ao perguntar lhe o nome, falou me em hindu: Pah, desculpa, diz lá isso outra vez!? Voltou a repetir o seu nome em sanscrito!

Epah... náo percebo nado do que dizes... por fim lá respondeu; Alexander!
Ah, ok, assim está melhor, já nos conseguimos entender, mas como á nossa frente havia uma tenda de duas senhoras magnificas fiquei na conversa com a Iris, ao virar a cara, o moço levou sumiço... antes assim, era giro, mas eu náo fui lá para engatar ninguem, fui para me divertir e saber como funciona toda a organizaçáo de uma festa daquelas, dizem que fazem aquilo na Ucrania, optimo!

Havia escorpióes debaixo das pedras e houve um que picou uma rapariga, eram albinos, daqueles castanhos, lindissimos!

Os chamados lacraus, porque os escorpióes sáo negros!

Os brazucas da favela foram meus amigos, tem mais experiencia do que eu nestas andanças, mas jamais esquecerei o companheirismo e a troca de dialecto!

Era a tenda mais favelada do pedaço, a primeira da fila, a mais humilde mas a mais concorrida, eramos diferentes de todos os profissionais do psicadelico.

Fernando, as tuas coisinhas estáo guardadas, adorei as pedras e as conchas, mas o pessoal aqui de Sintra náo entende nada de primitivismo, espero que voltes rapido, talvez este ano volte a uma destas festas, náo aguento tantos dias, o pessoal depois de vir tem de fazer terapia pois estoiram a cabeça, entáo essa merda da changa, foda se! Espero igualmente que a espanhola esteja bem!

Tenho um saturno conservado, náo sei o que fazer com aquilo!

Sempre fui apologista de náo torrar a cabecinha, se há coisa que prezo bastante é a minha sanidade mental e gosto de articular frases com mais de 30 palavras.

Have to free the mind, boy, disse eu a um moço no anti boom que parecia um vegetal, dei lhe um prato de comida!

Náo preciso que me agradeças, quero apenas que te libertes da paranoia que tu proprio concebeste.

Espero que esteja bem, náo sei o seu nome, nem de onde é, também náo importa, importa sim que esteja bem.

Tantas historias, tantas experiencias, tanto empirismo!

Tanta filosofia que apregoam mas depois na pratica se viu a repressáo e a violencia.

Recordo um segurança que me parou e me perguntou, a tua pulseira, epah... náo tenho... foi um bacano... com um ar todo alternativo... epah... sai por ali! Obrigada!

Houve um espanhol coitado que pensava que eu andava doente e gritou em tom de gozo, esta vai andar aqui mais de 2 horas, devia achar que andava perdida ou totalmente alucinada.

Ahahaha, grande piada, andava eu á procura mas era da saida por onde entrei, aquela merda é gigante.

Shamans!?! Onde?!

Enchem os cornos com drogas, bem, náo sou ninguém pa falar, a puta da keta foi uma viagem do camandro, mas foi so uma experiencia, nada que eu nunca tivesse experimentado, mas foi violento!

Agradeço aos guias que me levaram, os invisuais sempre precisaram de companheiros e eu posso ser cega de visao, mas de coraçáo, náo me parece...

Quem disse que os cegos náo se podem divertir, enganou se!

Ah, e náo levei oculos escuros... assim todos podem ver que náo os engano!

Feel the love, spread the word...

Lets Yndigo Shine!










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