quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Amor é...


Amor é...

Liberdade de espírito,
Liberdade de Respeito,
É viver intensamente,
Dentro do nosso coração

Amor é...a Revolução

Amor é fechar os olhos e sorrir,
mesmo que não tenhamos dentes...
é sermos velhos, meninos...

Vida simplória
Sem intenção
Viver o teu, o meu mundo,
Com imaginação

Saber amar é saber voar,
Nas asas da Vida
Saber perdoar

Sentimento ridículo
Que nem todos entendem
Mas só os mais duros o compreendem

É sermos liricos...

Amor é mandar cá para fora,
mesmo que os outros nos gozem.

Amor é sermos nós,
na nossa pureza
É sermos fracos,
na nossa tristeza

Essência vã,
que nos alegra o dia
Amar é saber viver,
contigo até morrer.

Amor é sermos crianças
é dar as mãos...
 
Amor é...uma ilusão
que nos fortalece
Amor é...dedicação
que vive eternamente e...
que nunca se esquece

Dedicado a todos aquellos que no se avergüenzan de admitir que el amor nos hace libres, los valientes, y todos los que han corazón atrapado en su soledad.

El amor es la revolución interior















quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Inteira!

Significado de Hegemonia

s.f. Supremacia de uma cidade, de um Estado etc, em relação a outros: a luta pela hegemonia celebrizou Esparta e Atenas.
Fig. Supremacia, domínio, preponderância, proeminência.
Influência absoluta, liderança ou superioridade.
Proeminência política ou bélica nas sociedades da Grécia antiga.
(Etm. do grego: hegemonía)


- Isto é uma cena nazi!!

Significado de Anarquismo

sm (anarquia+ismo) 1 Doutrina que prega a eliminação de toda autoridade, a substituição da soberania do Estado pelo contato livre. 

- Substituo a " doutrina" por filosofia!!

Nunca se pode viver num estado piramidal, vive-se num estado social pleno quando o mesmo é semelhante a uma arvore em que todos trabalham para o bem comum sem ter pretensões de ser mais ou ter mais poder sobre os outros!!
Isto é válido para todos os tipos de inter relações! Seja afectivo, profissional, colectivo e por aí fora!

A realidade existe e eu tenho plena consciência disso, sempre tive, apesar de me terem tentado acreditar no contrário, o poder está sempre dentro de nós!!

Que arda a constituição!
Que arda tudo, que seja destruído tudo o que me prejudica!
Que venha a justiça! E que não tarde!!

Quando se tenta manipular os outros em prol da sua satisfação isso não é ser humano, é escória, tal como o facto de nos sentirmos mais fortes na fraqueza dos outros, isto acontece, somos humanos, acontece comigo, acontece com toda a gente!

Digo Não à discriminação social!
Digo Não á violência psicológica!!
Digo Não à ditadura imposta pelos falsos moralistas!!
A Verdade não é uma coisa absoluta e ninguém tem o direito de se querer apropriar dela como se fosse um terreno!!
Não existe propriedade privada!!

Anarquista Sempre!! De alma e coração!! Sim!!

Sei ver perfeitamente a diferença entre os dois mundos onde estou inserida, cabe-me a mim escolher!
Escolho o caminho da liberdade, da liberdade de espírito da minha vontade!
Sinto-me terrena e convicta como há muito não me sentia!

Obrigada a todos os que me ajudam neste luta diária de me tentar conhecer melhor, os que verdadeiramente se preocupam, não tenho seguidores, não tenho líderes!

Os líderes não são precisos para nada!!












terça-feira, 23 de outubro de 2012

Liberdade

Epá, finalmente consigo respirar!
Fogo, tava dificil perceber onde isto ia dar!
Já não consigo sequer pensar que tudo o que eu previa aconteceu!
Sinceramente, escória indecente!
Que alívio!

Quero mesmo a minha liberdade de pensamento!
É como se um peso tivesse saído de aqui de dentro!
Fogo!
A sério!
Nem consigo estar triste!

Quero mesmo é deixar de pensar no que senti, tinha isto tudo aos pulos!
Graças a mim!
Verdades inconsequentes! Mentiras escondidas!

Ardeu e dificilmente volta a atear!

Freedom!
Anarchy!
Respect!








Força Wicca: O Poder da Natureza





Bela Flor amava profundamente!

Bela Flor teve um amor proibido!
Os peixes comeram-lhe os olhos!
Alan tinha morrido!

Bela Flor amava profundamente!
Um dia quis aprender
O ancião quis desonrá-la!
Bela Flor recusou!
Hoje Olav cegou!

Bela Flor amava profundamente!
Um dia apaixonou-se sem querer!
Nuno repudiou, desonrou!
Hoje não consegue bem ver!

Bela Flor amava profundamente
Um dia encontrou um mancebo
Persa quis aproveitar-se
Hoje não sabe enxergar-se!

Bela Flor amou desmesuradamente!
Entregou-se, a atrevida!
Encontrou quem lhe daria vida!? Quebrou-se-lhe a maldição?!
Voto perdido, amor incandescido

Os olhos do coração
E assim foi devolvida à sua insubmissão!

Força Wicca, a força poderosa que me acompanha desde sempre, a Deusa Mãe renasce!
A força do Sol que ilumina todos os dias o meu semblante
A simplicidade da união dos pólos!
A lei tríplice 
O eterno retorno
O acaso escondido, não atendas o meu pedido!
Segue-me por entre a floresta, caminha ao meu lado, qual beijo alado que me envolve em segredo!


Liberdade de espirito
Paz interior
Respeito por nós e por quem nos precede
Paradoxo alienado que por nós é assimilado

"...Tu és a guardiã dos mistérios da criação
Força que jorra e que pulsa a cada lunação
Sangue intenso da sabedoria
Mulher, sábia, guerreira, mãe, conselheira..."


" ...Senhora da tua vida e daquelas que vem a seguir
Senhora de teu corpo e de teu caminho
Senhora do teu ventre e do teu prazer
Senhora do teu sangue e de tua linhagem..."


"...Aquela que concebe e dá a vida..."

Tu és a estrela reconhecida!























segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Premonição

Hoje tive um pesadelo! Sonhei que tinha perdido a minha filha e a bagagem onde tinha a minha vida!
Acordei com o coração aos saltos, nunca pensei que os pesadelos fossem tão reais!
Nas minhas costas vi uma mão apenas com três dedos!
Sempre acreditei que os sonhos têm algo de premonitório!

Pediram-me para não parar de escrever, mesmo que as coisas que escreva não tenham nexo, desde que para mim façam sentido, é uma forma de cura, é uma forma de mandar cá para fora tudo o que me preocupa! É isso que tento fazer, mandar cá para fora! E dizem que tenho de ter regras... aqui não concordei muito, mas... pelo menos hoje já consegui tratar da Sol e saudá-la com um sorriso calmo! Acho que foi por ter acordado cheia de medo, o pai dela diz que pode ser nervos, mas tenho receio que seja outra coisa qualquer, no entanto isto desaparece quando escrevo!
Percebo através deste sonho que a minha filha é a pessoa mais importante da minha vida, sempre soube, mas não gostava de o admitir, por vezes é preciso chegar a um extremo para se conseguir virar a página!
Não tenho pretensão de ser forte, não sou, sou uma mulher que interiorizo pensamentos e por isso sofro sem razão!

O pai da Sol tem sido o meu pilar, o meu amigo do peito, a pessoa em que eu acredito poder deixar a minha filha caso queira um dia sair desta espelunca de país! Não sei se o consigo fazer, não sei se consigo deixar o meu anjo sozinho com ele, afinal de contas sou mãe!

Quando escrevo parece que uma aurea me envolve e não me deixa parar, disseram me que podia desenvolver este dom, mas acho que ainda não estou preparada, ontem tive a sensação de que algo me estaria a agarrar a mente, olhei me no espelho e disse: " abro uma vala e meto-te lá dentro",  nunca fui muito à bola com telepatias, mas as palavras saem sem eu querer, senti um poder estranho, forte, dei comigo a dançar à chuva como os índios durante a noite, como se fosse um ritual e voltei a falar línguas estranhas enquanto o fazia!

Sou espiritual, não tenho medo de dizer! Cada um acredita naquilo que quer! Está tudo na nossa cabeça!
A mente humana é perigosa!

Mexer com energias esgota-me, tenho muito medo de voltar a fazer auto regressão! Por vezes a ignorância é uma benção! O meu psicoterapeuta disse que é normal isto acontecer e que devia ter cuidado enquanto não tenho controle sobre elas, chamam-nos "brujos de ojos", porque sabemos ler os olhos e as mãos, lembrou-me os ciganos com a sua filosofia adivinhatória! Se fosse assim tão fácil já tinha ganho o euromilhões, mas diz também que sou um espirito rebelde e por isso sofro mais! "No se puede tener un pie en cada barco".
Perguntou-me também porque razão de repente eu voltei á estaca zero!
Sei porquê, mas não lhe disse.

As medicinas alternativas quando bem aplicadas têm bom resultado, comigo está a funcionar mas quero ser eu a autocontrolar-me, disse-me que era dificil!
Também nunca gostei de coisas fáceis!

Devia deixar de fumar e fazer uma limpeza ao corpo para poder usufruir com mais força dos cinco elementos da natureza, fazer outra expedição ao bosque em busca de auto-conhecimento! Talvez um dia volte!

Hoje sinto-me mais forte, acho que foi por causa daquele pesadelo, abriu-me os olhos a algo que irei descobrir com tempo! Quero saber de mim, o resto está a ir-se devagarinho embora, porque o que me alimenta é a força e a paz interior que conquistei há uns tempos! Conflitos, só no terreno!

Os corvos aqui da zona insistem em rondar a casa, espertalhões! Hoje conseguiram estar a menos de cinco metros da minha porta! Devem sentir que tenho um irmão deles doente e que daqui a tempos o porei em liberdade! Voará com os da sua familia! E já conseguirei sorrir com mais vontade!

Sorrio quando o vizinho aqui do lado dá voltas ao quarteirão com o seu radiozinho a ouvir o relato, sorrio quando oiço o hino nacional tocar da sua casa, é estúpido, mas tem piada, como é que é possivel alguém gostar de uma musica que não faz sentido, mas ok, eu respeito-o! Estou rodeada de velhos militares patriotas e de um rockabilly ou lá o que seja, que tem afixado no portão um aviso:" Cuidado, cães de raça potencialmente perigosos e no fim de contas o homem tem um caniche!! São estas pequenas coisinhas que vão fazendo o meu dia mais feliz!

Mas sim, apesar de não estar sol, hoje tenho a premonição que vou ter um dia radioso!










domingo, 21 de outubro de 2012

Esgoto pútrido!

Hoje não quero pensar em nada! Não consigo sequer imaginar que estou a sofrer um esgotamento!

Devia tratar-me com mais lucidez, chamem-lhe o que quiserem mas para mim, os demónios insistem em querer controlar a minha mente! Espero um dia acordar e dizer bom dia com um sorriso, mas até isso desapareceu!
Quero desaparecer! Quero voltar a ser o que era e não consigo! Devia ocupar-me, não me sais da cabeça!
A pressão que tenho aqui dentro surge de cada vez que me quero concentrar em algo novo!
Não quero ficar doente, quero viver!
É como se vivesses aqui dentro!
Já pensei em partir todos os espelhos cá de casa, num acto de fúria! Não consigo controlar esta raiva, este ódio, esta merda!
Por muito mais que sinta vontade, o meu coração continua a trair-me!
Odeio esta sensação de frustação, sou uma pessoa real, com medo e por vezes parece que me chamas!
Pressão mental?! Essa merda existe?! Pensava que isso fosse apenas paranóia da minha cabeça, mas disseram-me que sim, quando as forças são iguais, isso pode acontecer, não sei!

Quem és?
Estou louca?!
Não me consigo conhecer, interrogo-me todos os dias e hoje cansei-me de pensar, estou farta de pensar, quero agir! Não quero ir provocar o sistema, quero deitar lhe o fogo!

Quero sentir mais adrenalina, sou viciada em adrenalina!
Quando digo o que sinto, esta pressão...desaparece!

E só para que conste, que jamais, alguém tente mudar aquilo em que acredito!











sábado, 20 de outubro de 2012

Corvo



Coloquei uma rosa vermelha na tua gaveta.

Custou encontrá-la, até nisso sei que nos queriam afastar!
Sinto que as tuas irmãs já viram e imaginam quem foi!
Um dia que for ao bairro, se calhar encontrá-las, talvez lhe conte a nossa história, sei que hoje a cultura cigana já não é a mesma e que decerto vão compreender.
Fizeste de mim a mulher anarquista que sou!

Deixaste-me cedo de mais! Tinhamos tanto para aprender um com o outro!
Sabes que eu sou uma sonhadora e também sabes que um dia nos havemos de ver, sempre acreditei que a morte não era a ultima fase.
Disseste que me vinhas buscar quando partisse, que te desse a minha mão esquerda e que juntos entraríamos pelos portões da eternidade.
A mágoa transforma-se em lágrimas desde que descobri que te tinham prometido e por isso o destino não deixou que ficássemos juntos.
Era uma desgraça para a tua família saberem que o cigano tinha encontrado a sua alma gémea fora da sua tribo.

Éramos tão novos e tínhamos tantos planos escondidos.
Sei que prometi não ter mais ninguém na minha vida.

Tínhamos um acordo, nunca nos tocaríamos, éramos puros e inocentes!

Falhei a minha promessa e por isso estou a pagar o facto de não me ter convertido, mas os teus irmãos também não o fizeram.

Fomos amaldiçoados! Éramos rebeldes!
Imaginas como seria a nossa vida hoje?! Tínhamos fugido!

No dia em que foste nadar a minha mãe não me deixou ir e tu já não voltaste.
Não me devia agarrar ao passado, mas tu fazes parte dele, do meu presente, sempre fizeste e tenho a certeza que irás fazer parte do meu futuro. Chamem-me louca, eu não quero saber, sei que me fazes falta.

Foste tu que me ensinaste a dançar, ainda hoje te sinto em mim quando ouço musica, as tuas mãos nas minhas ancas, é como se a serpente subisse por mim acima e não me deixasse parar. A serpente bicéfala que um dia encontrámos e que irei tatuar em tua memória.

És a minha força, todos os dias, porque te sinto aqui dentro.

Não era preciso o pacto de sangue, ambos sentíamos que nos pertencíamos, embora o tivéssemos feito.
Tás aqui?! Ou é só a minha mente desesperada por tudo o que me aconteceu nos últimos tempos?
Não fui sincera, fui cigana!
Espanha chama-me, as nossas raízes, ainda ontem senti algo dizer-me que este país é pequeno demais para o que quero fazer. Não sei! Adoro o flamenco, as saias, a sensualidade, as castanholas, o riso das crianças, da criança que eu quis ter e que não sei cuidar.
Odeio-me, sabes, odeio-me muitas vezes! É a escrever que me sinto bem, por mim escrevia todos os dias, mas não posso, iria desvendar todos os meus segredos e há muitos que guardo para mim, tu és um deles.

Vou voltar a dançar, a dançar como dançava para ti, a deusa da dança! Sempre que dançar, é para ti que o farei, seja o que for, essa foi a única promessa que eu até agora consegui cumprir.

Vou  tentar fazer o que me pediste, colocar uma pedra no meu coração e canalizar o amor apenas para quem o merece. O verdadeiro amor. Pensei que o tinha encontrado, mas enganei-me!

Odiávamos os tradicionalismos e os conservadorismos, sempre soube que entre nós a violência não seria uma constante, fosse de que maneira fosse.

Quero mais é que se lixe o que pensem, o que digam, enlouqueci, decerto! Perdi o medo da morte e perdi o medo de dizer o que penso!

Os corvos crucitam lá fora, os nossos irmãos! O símbolo da resistência! Da resistência do nosso amor que ia contra tudo e contra todos!

Consegues voltar?! Sei que não! Nunca te vou conseguir substituir e por isso tal como a culpa, morrerei solteira, porque viúva nunca cheguei a ser.





















quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fénix





Fecho os olhos e dou um passo em frente, a floresta densa e perigosa faz com que eu sinta o perigo eminente de cair, mas não caio, algo me segura à terra.
O ciclo fechou-se ao ter estado contigo, eu própria sinto que que daqui para a frente nada vai ser como dantes.
Sei que vidas, passarão muitas por mim, mas tu colocaste tudo em causa, por minha culpa!
Uma mulher integra e pouco confiante em si mesma, apesar dos seus devaneios, tornou-se um cadáver e tal como os abutres, alguém a devorou.
Não quero mais sentir esta pressão aqui dentro, resolvi sem saber o meu conflito interior, remissão?! Uma guerreira nunca se rende! Eu não me rendo! Compreendo!
Aos poucos e poucos vou tentando construir o que foi totalmente devastado por um ciclone.
Terramotos assolam a minha forma de ser.
É impressionante como a mente humana funciona, eu que sou toda dos esoterismos e psicografismos, nunca pensei que vasculhar o meu intimo fosse tão desgastante. Mexer com energias não é para todos, garanto!
É tarde?! Não sei, não quero saber, o tempo o dirá!
"Eras tu que dormias com o  inimigo", disse-me o guia! "Tienes solution?! Ama-te a ti mesmo, porque o que passou, passou! Quem te deu a árvore, também te vai dar o fruto!" Deixou-me este enigma para desvendar,
É verdade, agarrei-me ao passado, estupidamente!
Ando a redescobrir-me!
A verdade vem sempre ao de cima!
Nunca fui mulher de me deixar levar assim tão facilmente, havia de chegar o dia, o eterno retorno!
Sinto-me triste e tu também deves estar! Estamos ambos! Eu sinto-o e tu sabes! E no entanto temos ganas de nos sentir novamente! Seria tudo diferente!
Volta! Não já, mas volta um dia que te sentires preparado para falares do que já passou se quiseres, talvez nessa altura eu já esteja mais forte, não me vou voltar a mentir a mim própria, já menti e perdi a pessoa que mais amei na vida e tu sentes o mesmo! Não é o sexo que nos move, sexo podes fazer com quem quiseres, é a energia, mas eu não soube manejá-la correctamente, misturei tudo, mas estou a aprender...a voltar a ser a Ana que era, cheia de vida, alegre, inteligente, amorosa, prática, despreocupada e corajosa, essa coragem que me faltou ao dizer-te que um dia te odiei e amei com a mesma intensidade...

Estou a tentar renascer...









domingo, 14 de outubro de 2012

Pandora Box

Kaori e Frida partilhavam a mesma ideologia, no entanto não se conheciam, ambos viviam nos seus mundos, se um dia se encontrassem numa situação de conflito, como extremistas que são, iriam destruir-se, pois divergiam em algumas vertentes, e um dia isso aconteceu! Frida num momento de pura estupidez provocatória introduziu-se no seio da comunidade de Kaori e enfrentaram-se.


Por ironia, Kaori e Frida conhecem-se como se nunca tivessem falado antes,  fascinaram-se um pelo outro e um dia entram em conflito quando conversam sobre anarquismo. Frida desvaloriza, as ideias são para ser discutidas, no entanto aquele radicalismo em algumas questões deixam na a pensar sobre o que conversaram.

Geram um sentimento de pertença um com o outro, vivem intensamente.


Um dia, meramente por acaso através de uma foto antiga, Frida reconhece Kaori, o mesmo que desceu as escadas da casa encantada e sentiu algo, foi como se o ódio da altura tivesse retornado, mas Frida já se tinha entregue, assume inconscientemente uma posição de rivalidade, mentiras constantes, deixa de ser ela, quer ser mais, como se quisesse mostrar a sua Verdade, a Verdade que não existe.

Torna-se autista, competitiva sem razão, receosa de lhe contar o episódio passado, sabe perfeitamente que isso o iria enfurecer e prefere viver uma mentira.

Age irracionalmente, um misto de raiva, ódio, amor, deslumbre, ciume, tesão faz com que o queira ter e ataca em todas as frentes.

Frida destruiu o que tinha.

Kaori deixou de acreditar nela, sente-se ameaçado e não percebe porquê, nunca percebeu, teria percebido se Frida lhe tivesse dito o que na realidade a preocupava, mas como um cego de nascença, age por instinto e não estava errado. O conflito instala-se, a pressão, o medo, a desconfiança mútua.


Frida teve sempre muitos problemas em falar de si, esconde-se no seu interior como se não gostasse do mundo que a rodeia.
Fala por enigmas, enclausura-se e começa a tentar descobrir-se a si própria, procurou ajuda em si mesma, interroga-se e assume o que fez, atitudes irracionais fortemente influenciadas pelo sentimento de achar mais uma vez não ser aceite pelas suas opiniões.

Depois de muito regredir no seu intimo foi isto que veio ao de cima.

Se por acaso se encontrarem, esperemos que ela finalmente consiga mostrar quem é, na verdade.


Pandora Box









quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Excertos... by Seth

Não tenho por hábito colocar textos que não sejam meus, no entanto este deu me um arrepio quando o li, não sei porquê, desconheço pessoalmente o seu criador mas suponho ser um ser que se mistura muitas vezes com o etéreo. Existem e acontecem situações em que muitas vezes eu duvido se realmente o acaso existe e se faz com que reflictamos sobre a nossa condição humana. Obrigada, Seth pela tua maravilhosa escrita!





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Excertos ...

Sou eu mesmo, trevas
Nesses dias de Sol quente ...
As mágoas que carregas,
Sou quem te impõe inclemente ...

Sou eu mesmo, luxúria
Sendo a perdição ...
Querendo apenas penúria,
Todo eu sou tesão ...

Sou eu mesmo, estaca
Que crava no teu peito ...
Com martelo esmaga,
Onde todo me deleito ...

Sou eu mesmo, perfídia
Aumento a dôr alegremente ..
Como qualquer insígnia,
Assim mato lentamente ...

Sou eu mesmo, atroz
Que tua garganta aperta ...
Calando-te a voz,
Silencio que me desperta ...

Sou eu mesmo, pancada
Todo eu, sou dôr imensa ...
Tal como uma trovoada,
Sou a descarga intensa ...

Sou eu mesmo, sangue
Em noites de luas cheias ...
O corpo morto, exangue
Onde encho minhas veias ...

Sou eu mesmo, perigoso
Qual réptil no refúgio ...
Sou do Mal vigoroso,
Sou o caçador bravio ...

Sou eu mesmo, tormento
Banho-me no corte de cutelo ...
Bebendo sem impedimento,
Sangue quente, do flagelo ...

Sou eu mesmo, assim
Coisa ruim, desgastante ...
Do principio ao fim,
Coisa ruim torturante ...

Sou eu mesmo, que vejo
Sentindo esse terror ...
Desejando com ensejo,
Apenas provocar a dôr ...

Sou eu mesmo, pútrido
Qual pedaço largado ...
Sem qualquer prurido,
Pedaço de ti entranhado ..

Sou eu mesmo, ódio
Teu profundo rancôr ...
Sou medalha de pódio,
Pois provoco a dôr ..

Sou eu mesmo, que coloco
Um inferno permanente ...
E então eu convoco,
Essa reacção demente ...

Sou eu mesmo, fraco
Que me lanço no abismo ...
Meus demónios trato,
Com desdém e egoísmo ...

Sou eu mesmo, engano
Todo eu me conheço ...
Sou do mais profano,
Esta parte reconheço ...

Sou eu mesmo, criatura
Menos, do que banal ...
Não existe em mim a cura,
Todo eu, sou o Mal ...

By: Seth

Vazio!

Numa das minha grandes viagens, fui parar a um sitio inóspito, quase desertico, lembro-me que estava vestida de peles e sobre a minha cabeça um amontoado de pedras preciosas finamente conjugadas com tiras de seda volateis á brisa que se fazia sentir. Munia-me apenas de uma funda, uma curiosidade morbida e a vontade de provocar o acampamento vizinho!
E fui!! Depois de investigar o local de saída por onde deveria passar após a minha invasão, dei um passo em frente e entrei...
Após ter visto a tenda do velho lider de luzes apagadas, dirigi-me para o celeiro da tribo, escondo-me entre o feno ofegante enquanto consigo cheirar a terra que acompanha dois mancebos, sabia o risco mas poder perceber quem eram era tudo o que eu mais queria.

Nisto a ave de rapina que me seguia dá o alerta e sou descoberta, sou levada, pensava eu ser devorada por entre setas envenenadas.
Tenho diante de mim, não o velho lider, mas o filho que na sua ausência doentia, delega ao facinora os seus poderes.
- Que fazes tu, por aqui?! Sabes que o celeiro que temos não pode ser conspurcado pela carne!? Coragem não falta á tua estultícia! Vens roubar?! Tens ar de que quem não precisa disso, as vestes que impões denunciam-te, vai, desaparece, antes que te aflija e te persiga com os meus demónios!

Corri!! Corri tanto que a floresta me parecia cada vez maior e mais assustadora!

Voltei á minha aldeia, cresci manejando a liberdade, aprendendo á minha custa e vivi...nunca mais me querendo lembrar daquele episódio na tribo vizinha, até que um dia...

O acaso acontece...Nazim e Ioan encontram-se longe das suas terras, sem saberem quem são, apaixonam-se...devoram-se...destroiem-se... e continuam ainda hoje a saborearem-se, não se assumem tal como a noite e o dia, a vergonha, o desprezo por parte de ambas as "familias" quando os conseguiram ver tão felizes. Ninguém tem coragem para admitir o que é obvio.
As damas antigas, paixões de batalhas, que surgem quando o herói é arrebatado por uma guerreira.

São de tribos diferentes.
Têm corações iguais.

O mundo velho dá tanta volta

Passaram-se quinze anos desde a ultima vez que estive frente a frente contigo, Ioan! E tu nunca soubeste quem eu era, nunca imaginaste a ferida a que irias propôr num futuro tão próximo.

Amaste-me naquele momento ou o destino fez o favor de ligar duas forças tão distintas?