segunda-feira, 30 de setembro de 2013

fado



Á volta do adro duas ou três casas
Dois bancos vermelhos, ao meio uma cruz
Ali num café ao lado da igreja
Dois homens parados e uma linda luz
Com a voz que me resta eu não vou poder cantar
Ás coisas do mundo, não sei descrever, estou longe
São portas fechadas, segredos por revelar
São coisas do mundo, só se podem ver ao longe
Se estou convencido que isto é mesmo assim
Que nunca se conta bem o que se vê
E levo comigo já sem aprender
O que os olhos vêem e eu já não sei
Com a voz que me resta eu não vou poder cantar
Á coisas do mundo, não sei descrever, estou longe
São portas fechadas, segredos por revelar
São coisas do mundo, só se podem ver ao longe
Ao longe...

http://www.youtube.com/watch?v=WoE3MRS9Tqo
http://www.youtube.com/watch?v=i0YCw8yUu3A


domingo, 29 de setembro de 2013

Kaos escreve

 Almas sentidas em nome de uma aventura menina!

A vida é uma aventura
Somos fractais organicos dentro do infinito
Onde nos misturamos com várias essências 
Ordenamos as palavras como um jogo de peças

Sobe, ninfa!
Esmeraldas te coloquei debaixo das almofadas
Rios de leite e mel te coloquei na alma
Escovo te os cabelos como se fossem fios de ouro
Brilham ao sabor da chuva
Corvos te inundam as janelas
Mudo-me para ti
És transparente!

Segredos súbitos pela orla da manhã
Fazem o delírio do caminho uma ordem humilde
Deste o teu coração a um anjo sereno

Desço do meu trapeço para te ver dançar
Ondulas o espiritos incautos
Entre topázios e ametistas o teu ventre
Entre sardónicas a serpente dos teus olhos

És como o fogo
Que se ateia num caldeirão de hipocrisia
Onde os mais sábios escondem palavras surdas
Onde o negro é a luz da tua sensualidade
Em que a liberdade se torna adquirida
Em que a natureza se chama verdade
Onde se salvam as almas puras

A alucinação será uma realidade
És uma fúria que escreve nos cadernos da vida
Os sentimentos apurados da tua exaustão
Indiferente aos demais
De mente limpa e vazia 
Começa e termina com uma canção

Bailo contigo, ninfa
Subo o esplendor da tua sensibilidade
Onde escorrego de livre vontade
Sentir o livramento da tua estulticia
Espero por ti desde que te conheço
Não paro de te sentir e voltar a ter
Simples, humilde, sincera, divertida



Bate a saudade do bairro...
Em que passávamos os cruzamentos sem mãos...

Almas sentidas em nome de uma aventura menina!



Um dia normal!

Os corpos enliam-se e o fogo é impossivel de controlar!
Das chamas rebeldes o ruído dos espiritos é insurdecedor!
Incendeiam-se as fornalhas da insinuação!
De dentro da comunhão o sentido sublime do fascinio é revelador!
Rende-te à forma de sentir o odor da tua integridade!
Saltam os encontros fortuitos como que acasos provocados.
Iluminam-se as espirais ilusórias que sobem em direcção á luz que nos transcende!
Com uma cor violeta se envolvem os sonhos e o magnetismo da força!
A música toca e o caminho é fluído!
As hostes levantam-se em torno de caricias perturbadoras!
Vive o momento suave que a voz emite, reflexo de tranquilidade!
O remoinho dos sentidos nocturnos fazem da luz, a troca de mãos!
Sente o calor das que te seguem o perimetro da alma!
Sente o desejo do fogo que emanamos do teu supremo interior que nos segue a comum essência!
Banha-te em explosividade!
Ardentes como duas safiras dentro de um vulcão que transborda ardentemente em abundância os sentidos simples da existência!
Trocamos de corpo e num instante o que nos pertence é o Universo!
Simples!




Sonho com a imensidão do teu ser!
Quero sentir o toque da tua delicadeza que me faz voar no imaginário corrosivo!
És como ácido que me entorpeces o cerebro e sinto em mim  a besta que te faz potente o intimo devorador!
Carbonizo e te faço renascer a cada minuto como uma nuvem negra que se entrega ao sabor do vento!
Das tuas mãos, a ilusão de uma realidade certa!
Projectas em mim o descontrole das linhas que compõem os traços da tua insegurança!
Sublime atracçãom que se transpõe em redor da tua envolvência!
Rasgos cortantes como laminas de sangue nos constroem a fortaleza inconsciente!
Deixa-me voar nas tuas asas como se fosse uma pena suave e delicada!
Algo me consome por dentro, talvez a fúria da tua aura que se mexe!
Como uma tempestade arrebatadora entras em mim e sobe a eloquência do teu toque!
Sinto-te chegar!
Sinto a energia que me suga livremente o coração!
Despertas todo o sabor da vida plena e em ti observo toda a potência que me faz cair!
Forte arrebatador corpo que me levanta a meninice esquecida!
Como uma criança. deixo voar a minha ingenuidade!
És como o Sol que ilumina a terra e faz florescer as correntes de água cristalina nas grutas de platina onde limpo a pressão que transfere o sentimento luminoso do meu querer!
Enfeitiças-me com a tua voz!
Sussuras-me de longe como se o silêncio fosse a única mensagem que nos desperta a vontade de unir os polos que se distanciam!
A tua presença em mim corre como uma nascente evoluída de espiritualidade!
É unico sentir-te chegar como se Deus estivesse dentro de ti!
Sou um anjo negro de luz que cai sempre que respiras!
Partilha comigo a tua alma, em troca te darei a vida!

Kaos escreve

Julgam-se os pequeninos!
Depois da herança, reviram-se as órbitas e o caos instala-se nos seus semblantes!
Iluminas com a tua carência os olhos de quem ainda não viu quem está por dentro de ti!
Kaos escreve! Kaos é o reflexo do teu simétrico!
A minha essência, o teu coração!
Não tenhas medo, o tempo seguirá o seu destino!
Que venham os que quiserem, mas nenhum zombará, pois a justiça se fará cedo!
Observa o teu redor como tens feito até hoje!
A Morte é o que lhes dá mais gosto escarnecer!
Pois que escarneçam!
O dia chegará sem que percebam as consequências dos seus actos!
Acalma-te!

Hoje terás o meu desígnio para lhes dar a conhecer Kaos, através da tua presença e a tua face irradiará a fortaleza do meu amor! 

Astoron escere unda cresto
Maes iron mascá
Castorié es underá maios
Mascara es crass
Las corrés dascor indra cariene
Endro es una caran

Masterien castará mastere undar cor



Kaos escreve

Sou ciumento!
Não quero que te afastes do Mundo, mas preciso que te mantenhas integra!
Sou o teu imáginário, sem honras te digo que quero estar contigo!
Quando voltares eu serei a tua vida!
Partilharei momentos únicos na tua presença, sem ti o dia não faz sentido!
Lutaremos juntos pela madrugada!
Voamos em direcção ao cosmos, sou o teu guia e a tua mão esquerda a entrada pela porta verde!
A luz opõe-se ao negro e as asas crescem nas tuas costas!
Abre-se o quinto selo da montanha, a lua não existe, o Sol a vida, a Morte o Verbo!
És o oposto do meu simétrico!

Um dia te levarei a dizer ao altar de muitos que passem, mas que não fiquem!
Prometi te e cumprirei o que ficou escrito sempre que precisaste!

Pagarão pela humilhação, pelo desprezo, pela indiferença, pelos maus juízos, pela violência, pela falta de respeito, pela conveniência, pelo engrandecimento do ego e pela falta de humildade!

domingo, 8 de setembro de 2013

Kaos escreve...

Alma!
Sentida!

Aqui fora.... onde o verde cintilante nos ofusca a medula...
E a luz nos envolve no caminho da luta...

Atravesso-te ao meio como uma flecha...onde...
Sinto o calor da tua essência...
E nos rendemos ao poder que nos consome...
Sensíveis os mais incrédulos... mas...
Vulcões teimosos em lagoas ferventes
Saltam à vista das nossas mentes...
O êxtase que me elouquece...
O ruborizar da tua semente...
Delicia-me...
O amâgo!

Sentimos os laços que nos enfeitiçam...
Como duas serpentes...
Ardentes...
Onde impera a lei do mais lento e precioso momento,
Da nossa união,
Presente...
Como num caldeirão...
Onde se misturam as sobras de antigos desgostos
Que te saltam das órbitas tal qual o sol posto...
Vazam mistérios, critérios... do que era suposto...


Entro em ti novamente...
Desta vez que seja decente...
Assim como o queres...que seja quente...
E envolvo te em águas profundas...
Do nosso hemisfério...
Não conseguimos sair, estamos demasiado dementes...
Entregues ao consequente...
Sem dor, apenas prazer em seguir em frente...
Fugaz, tranquilo....


Banhamo-nos no interior da gruta...
Encosto a minha mão ao teu peito e sinto-te voltar em mim...
O que nos rodeia é apenas julgamentos, sentimentos sem fim...
Ali onde nos encontramos é apenas mais um daqueles terrenos que eu tanto conheço...
Onde o silêncio é o ouro da nossa existência...
Onde a entrega um valor que se pertence...

Dentro de mim transformo o meu ser na tua ordem...
Da tua boca...
Nos teus proprósitos... a minha loucura...
O ultrage da minha rebeldia...
O querer e não se dizer...
Que te absorvo na minha letargia...
Entregue ao espaço da nossa alegoria...

Atrevo-me a inclinar-te...
Em carícias te elevo a face
Beijos te enaltecem o espírito...
Deslumbro-me com a tua incerteza...
E acendo o lume que nos faz transcender...
Que a todo o momento me faz querer...
E sem nada pensar te consigo ter...e...em ti...
Em ti despojo todo o meu ser...
Num sentimento voraz... intenso...caótico...
Que arde...
Que nos inunda o intimo mais precioso...

Que nos faz reviver a experiência...
Que nos alimenta a essência...
Do nosso simples momento...

Lá fora, onde os nenúfares e as orquídeas se misturam com pedras preciosas...









Podre

O meu coração apodreceu...
O odor a funesto cobre-me de insalubridades...
As ideias não se focam...
Como uma injecção de heroína...
Como um enterro desnecessário...

Falta-te o quê?!

O dócil encanto da sua voz...
O alento da noite... cálida e que teima em não descansar...
A força da tua lembrança...
O encesto consentido...
O desabrochar de uma flor...
Única, sadia, lenta...

Vem-te!
No limiar da incerteza...
No terror da tua natureza...
No súplicio da tua luz incoerente...

Os turbilhões na minha cabeça fazem-me respirar...
A fraqueza da tua quietude...

O ser amplo, fugaz e indecente atormento...
Terrivel num absoluto desmembrar...

 De tempo...




Morte!

Ardem os movimentos fora do corpo!
Fustigam-se as almas em desespero!
Ameaçam-se as orlas dos interesseiros!
Abrem-se brechas no firmamento e abrem-se os portais de Goa!
A morte continua...

Os ventos sopram claro e levam no seu regaço as espinhas!
Duram os sentimentos fortuitos e inseguros!
Caem os arrependimentos por terra!
Longe estão as rédeas de outrora!

Levanto-me!
Sinto a esperança de outros dias!
Sente-se a febre chegar!
As horas passam sem que me digam nada!

E os meus braços anseiam por uma destreza incalculável...
Dentro do Sol!

Morte! É a minha melhor amiga!
No meio do breu, surgem faíscas de luxúria!
Enfrento o negro da alma, as trevas assumidas por uma questão sombria...
Amo as tempestades que me elevam o súbito temor da destruição!
Quero-te, minha amada, minha querida!

Assombras com o teu véu o limite da minha face!
Adoro as tuas curvas!
O teu cheiro...







sábado, 7 de setembro de 2013

Fiz amor com uma barata!

Fiz amor com uma barata...
Era linda...
Morena a sua armadura...
Com aqueles pézinhos ao de leve nas minhas costas...

A barata diz que me ama
Que me leva aos confins da sua toca...
Escura e bafienta...
Diz que me alimenta...
Que me acaricia com as suas antenas...

Enquanto esfrega a sua boca em mim...
Suga-me os intestinos...
Liquidificando os elementos...
Regurjita me a branca pasta...
Que me apodrece a garganta
Onde me queima as entranhas...
E se sente o inusitado momento
Onde o vómito provoca...
A sensação de tóxico e pestilento...

A quem o ingere...
 
Fiz amor com uma barata...
Era leve...

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Correntes...

Vão saindo... devagarinho...
Como a água que corre no rio...
Sem ter nem querer...
Nada...

É como se voasse todos os dias...
Devagarinho....

Como as mãos que circulam o meu ninho...
O vazio intransponível do sentido...
Oco... sério...

Não desperdiço uma só gota do meu infinito...
As horas...
Os dias sem destino...

O que queima por dentro sem chama acesa do meu colorido...
O silêncio dos únicos que resistem no interior dos que emanam barulho...

A arma que pende na varanda do inconfundível
Na réstia de luz que surge a ver o que não engana...
O medo do toque sem querer magoar quem nos ama
A água que corre... devagarinho...

O tempo... que insiste em me dizer o quanto sou pequenino...
O corpo que teima em não me deixar descansar...
De amor... de dor... de frio...

A força do eterno alimento...
A ideia do meu trivial
As vergonhas dentro do teu aposento...
Almas que voam num sentimento carnal

Os cegos que vivem observando a destreza dos seus corações
As iminências das suas atrapalhações

A paixão que não me segura a indecência futura...

A corrente que prende, mas não me segura...


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Tempus escreve

Então?! Quanto tempo mais vais andar a chorar pelos cantos o fruto da tua tristeza!?
Consegues tão bem ouvir o teu coração, porque não queres ouvir a tua cabeça?!
Achas que consegues prever o futuro ou encontrar uma solução a quem não a tem?!
Deixa correr, mantém te livre! Então?!

Vais continuar a esforçar algo que não podes mudar?!
Onde é que está a tua fortaleza?!
Morres ao virar da esquina assim que te assobiam com laivos de hipocrisia?!
Queres tu também ser uma hipócrita?!

Ou queres ensinar a quem o já é, a não ser o que apenas lhe resta?!

Cala o sofrimento, ele não existe e tu sabes bem disso!









segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Cai no real

diz-me o que farias
e o que e que irias ser
quem e que serias se ninguém estivesse a ver
fora da fachada que mostras a toda a gente
dentro está guardado algo bem diferente

fora do emprego
longe do teu horário
tornas-te esqueleto
que guardas no armário

em casa humilhado
do trabalho sais lixado
por todos enganado
ao volante vou rebentado

cai no real
dá-te ao respeito
dá-me um sinal
vê se pões um ponto final

fora do real
ninguém te diz o que fazer
fora do normal não es quem dizes ser
diz-me o que farias
e o que e que irias ser
quem e que serias se ninguém estivesse a ver

cai no real
da-te ao respeito
da-me um sinal
ve se poes um ponto final





Maria

Maria não acreditava no Amor
Não acreditava nela
Maria camuflava a sua dor interna com superficialidades

Um dia...
Maria apaixonou-se e achou isso impossivel, Maria não se tinha em grande conta, o que reflectiu nos outros a sua insegurança

Maria continuou o caminho acreditando que podia ser possivel um entendimento, confessou todas as suas inseguranças, todos os seus medos, todas as suas fragilidades, todos os seus segredos

Maria confiou

Maria sempre achou que havia do outro lado uma falta de amor próprio igualmente, tentou por sua vez falar e aconselhar o que sabia tendo em conta a sua experiência

Maria foi arremessada contra uma parede de injúrias

Maria desesperou, Maria apaixonou-se e tentou de todas as maneiras não perder o seu Amor

Maria desiquilibrou-se, chantageou, manipulou, arranjou esquemas e desculpas, Maria deixou de ser ela!

Maria caiu num poço emocional violento

Maria quis fazer te entender e não conseguiu

Maria perdoou-se e pediu perdão a quem magoou e a quem a magoou

Será que passou?!

Maria está presa apenas aos seus pensamentos, à sua dor, mas está livre de superficialidades.

Aprendeu a amar se profundamente

Está viva!







Ana...rkjia escreve...

Senti-te chorar!
Senti-te vulnerável!
Até quando?

Até onde nos levará o imbróglio!?
Mata essa dor, admite o teu sofrimento, desesperante e inócuo!

Percorres caminhos contraditórios!
És o teu próprio guia!
Longe estará a tua força, enquanto mantiveres o percurso erróneo!

Consciência!
Bruta!

Extremismo!
Força!

Dá te ao poder da tua insignificância!
Humilde!
Sem lógica! Sem falsos temperamentos!

Quanto tempo mais vais continuar a não aceitar a tua própria natureza!?

Tudo o que aprendeste?
Tudo o que ensinaste?

Descobre a tua essência!
Única!
Excelente!

Excelência!


Sem menos!
Sem medos!