sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Correntes...

Vão saindo... devagarinho...
Como a água que corre no rio...
Sem ter nem querer...
Nada...

É como se voasse todos os dias...
Devagarinho....

Como as mãos que circulam o meu ninho...
O vazio intransponível do sentido...
Oco... sério...

Não desperdiço uma só gota do meu infinito...
As horas...
Os dias sem destino...

O que queima por dentro sem chama acesa do meu colorido...
O silêncio dos únicos que resistem no interior dos que emanam barulho...

A arma que pende na varanda do inconfundível
Na réstia de luz que surge a ver o que não engana...
O medo do toque sem querer magoar quem nos ama
A água que corre... devagarinho...

O tempo... que insiste em me dizer o quanto sou pequenino...
O corpo que teima em não me deixar descansar...
De amor... de dor... de frio...

A força do eterno alimento...
A ideia do meu trivial
As vergonhas dentro do teu aposento...
Almas que voam num sentimento carnal

Os cegos que vivem observando a destreza dos seus corações
As iminências das suas atrapalhações

A paixão que não me segura a indecência futura...

A corrente que prende, mas não me segura...


3 comentários:

  1. Que palavras tão bem montadas e imagens tão poderosas! Tanto talento!!! És FORTE!

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  2. Respostas
    1. Obrigada! Tu também tens grande talento grafiter! :D Tudo de bom!

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