quinta-feira, 28 de abril de 2016

O povinho (trapaças do ego)

O povinho é xunga, pah! Uma pessoa sai à rua e é só grunhos. Povinho é muita xunga. Mitra suja, gananciosa, gente que se impõe pelo guito e a cor do cartão. Tias a dar cum pau. Odeio pessoas, acho que é isso que me restringe cada vez mais, mas vou ter de perder este medo, afinal até sou uma miuda gira, muito insegura, mas gira, agradeço a quem tenho ao meu lado, a paciência.
Sair à rua é um tormento,por issso é que cada vez mais faço parte do bolor das paredes da barraca. Eu não era assim, curtia o molho sair e como os pavões esbanjar charme pelos poros. Odeio esta merda da meia idade, uma pessoa vê o corpo a ser vítima do tempo. E o tempo corre depressa. Ai, pah, mas o povinho...será que eu também sou assim!? Xunga!?! Bem, o ser xunga é relativo, agora a pequenez de espírito... A merda toda é que eu vivo numa mundo sociológica em que dependemos uns dos outros, isto em relação ao carcanhol, agora de resto tendo tempo e vontade é fácil criar a auto-suficiência, faze se uma horta, aprende se a fazer macarrão em casa tal como o esparguete e tá feito. Agora  a guita é um veneno, o pilim faz girar esta merda, é guita pa renda, pa gasolina, ( os carros solares é que era) pa tudo. Será que o mundo não vivia bem sem dinheiro!?! Tenho de fazer guita e isso é a puta da realidade. O dinheiro é sujo, suja as pessoas, tornam as todas pi pis e cheias de power, é uma seca...  as pessoas são uma seca... nem todas, mas vá... pessoas, pessoinhas, tias e senhores, puta que vos pariu. Vou ver do fuxico, hoje espera me uma tarde de costura e criatividade, depois vou vender às pessoinhas xungas que passam no calçadão, as mesmas que mando foder, (espero que o karma se esqueça desta) porque realmente só mesmo porque preciso, dar o corpo ao manifesto, promover as habilidades e mais umas merdas assim. Pessoas de merda não vão à minha banca, lá só vão pessoas decentes e interessadas, desde que comprem, ahahah... caguei no resto. 

Fartei me do piercing

Fartei me do septumm já acho esta merda um estorvo, cai montes de vezes, perde se, caguei... Tal como tou farta do marasmo diário, é que nem dormir consigo e eu durmo buerere, ahaha! Caguei na exploração laborial, vou criar as minhas merdas, sem piercing. Até percebo o pessoal que põe até nos colhões essa merda, mas na cara vou cagar, meto a argolinha de lado e tá feito. Ando a ver merdas pa fazer, este ano vou fazer parte da freakalhada da volta do duche. Espero que me safe e vou largar os venenos, pah!! Uma pessoa fica doente. Fica sem tempo pó que quer. Eu noto, até sinto o sistema linfático a correr quando como merda animal, da piorzinha. E o veneno mais o antidoto é uma granda merda. Só pa ajudar o carcinoma. Já vos disse que sou hipocondriaca?!
Ya, sou. E paranoica quando estou em TPM. O que vale é que passa. Continuando, tou farta de não fazer nada. Falta vontade. Porque idéias tenho bue e passo a vida a ver vídeos sobre fuxico e merdas do gênero. Vou vender as máquinas de costura, fico com a da minha mãe. Caguei no superfluo que ocupa as esquinas da minha casa. Falta me energia. Não sei que fazer, será que se fizer uns detox de manhã esta merda se resolve. O problema é que eu sei o que tenho de fazer, não tenho é vontade, a preguiça é a minha melhor amiga. Bem, pelo menos, alguma coisa já fiz, tirei o piercing, afinal de contas, os pseudoslternativismos não têm nada a ver com argolas nas orelhas, e depois  temos de começar por algum lado, o resto, tempo o dirá e a vontade.   

terça-feira, 12 de abril de 2016

Eu disse!!!

Ahahah! O bofia não plantou nada, mas as minhas cresceram a olhos vistos.


Ainda não dá para sangrar mas chupei uma cabecinha, parece me bom mel!!! Agora é só dizer ao vizinho para não as arrancar!!!



Welcome to Afeganisthan!!! 

Baldas e baladas

Hoje fiz gazeta à exploração onde trabalho, quero lá saber daquela merda. Quero ficar em Sintra, terra mágica, pena que vou ter de sair daqui no próximo ano lectivo. Ando à procura da papoila branca, este ano o cota bofia não me parece ter plantado nada, resta me as sementes do ano passado, ainda não vi se nasceu alguma, daqui a nada vou lá ver. Acabo a perceber que isto da escrita desanuvia, a minha mãe costuma dizer que só me lembro de santa Bárbara quando troveja, não deixa de ter razão, ficam as palavras gravadas, pena que sejam só palavras, fossem antes, atitudes. Tou um bocado farta de tudo, é da lua, carneirosa, confrontadora, imbecil. Espero que amanhã esteja melhor. Espero. Esta minha inconstância dá me cabo dos nervos, a entrar na crise de meia idade. Começo a deixar de ter paciência para coisas mornas, aliás, nunca tive, agora menos. Acho que vou sofrer bastante quando chegar à menopausa. Tenho de começar a dieta que me vai dar mais energia, deixar a carne, pelo menos, na sua totalidade, mesmo. Apetecia me sair daqui, de Portugal, mas as obrigações são muitas, por isso, tenho de esperar mais uns anos pela Solange crescer. Nunca me identifiquei muito com este país, aqui a vizinha Espanha parece me melhor, identifico me muito com eles, acredito que não vou morrer em terras lusas, a não ser que alguém me faça ficar, e pra isso, precisam conquistar o meu coração todos os dias. Sou exigente, não cobro, mas gosto que me mimem do mesmo jeito que eu. Acho que estou no meu direito, apesar de não fazer muita questão, gosto mais de dar que receber, desde que sinta que a pessoa se importa. E isso, é tão facil, como estar 8 horas nas urgências do hospital a sofrer com falta de ar, diagnosticarem me uma infecção respiratória e ter ali alguém que me diga: vai correr tudo bem. Só isso, já faz toda a diferença, não é de agora que tenho uma brutal memória, lembro me de coisas que aconteceram aos 4, 5 anos, como o bolo de aniversário que a minha querida avó fez há 33 anos atrás em terras de Monsanto. Não devo vir a sofrer de Alzheimer, talvez um cancro nos pulmões, isso, ou da mama, face ao historial familiar, até tenho medo de ir ao médico.
Venho praqui dar baladas, quando não tenho nada que fazer e não, não estou a escrever mais porque tive um desgosto amoroso, nessa matéria, já não sofro mais, sou uma tipa a sério, se prometo, cumpro, por isso, tirem dai as idéias. 
Como estava a dizer, as emoções andam muito fraquinhas, apetecia me ir a uma festa e dançar até ser dia. Sinto falta disso, vou fazer umas pesquisas a ver o que anda aí nas parangonas, este fim de semana houve o freekwency  ou lá o que é, mas fiquei com a minha filha, eu gosto mesmo é de motins, cocktails molotovs e montras partidas, atentados à bomba e coisas parecidas, se fosse basca já estaria presa há muito tempo. Cousas de adolescentes. A imbecilidade. Bem, vou ver das papoilas. 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Amig@s colorid@s, relações modernas e namoradinhas troféu

Há dias encontrei uma amiga e fomos até beber um cafezinho pois a conversa tornou-se deveras interessante pelo facto de me ter confessado algumas situações da sua vida.
Chamemos lhe Olívia.
Olívia tem um "amigo especial" que chama de namorado, pra mim de namorado tem pouco, mas adiante.
Olívia vive sozinha e sem filhos, tem um jovem que vê duas vezes por semana, quando lhe perguntei o que esperava daquela relação, respondeu me: "nada"
Nada!? Então,  mas não fazem planos de um dia ficarem juntos?!
Não, respondeu, assim não tenho compromissos nem sequer quero assumir responsabilidades.
Como!? Mas ele vive onde!? No Canadá!? pergunto.
Não, pah, vive a dez kilometros da minha casa, faço lhe um jeito de vez em quando e tá bom!!!
Bem, saí dali a querer vomitar.
São as chamadas relações modernas, ahahah, sério pah. Mesmo depois de lhe ter perguntado sobre o facto dele ter um filho de jma outra relação se isso influenciava de algum modo a forma como vê a relação que tem, respondeu me: Eu!?!? Aturar os filhos dos outros!? Não, pah, ele que o ature, já me chega ter de fazer o frete de levar com ele e ter aquelas descargas de consciência só por ficar com o puto umas horas!!
Bem, pensei eu, o mundo anda bonito, cada vez mais!
Ao fim, perguntei: "Então, e achas bem, andares a iludir o moço!?"
Não o iludo, afinal de contas ele é que se ilude, nunca lhe prometi nada, assim tá bom, damos umas voltinhas e pronto, epah, não imaginas o que poupo em saídas nocturnas para trazer um engate pra casa.
Fiz um esforço enorme, para não descambar logo ali. No fundo, não tenho nada a ver com isso, mas não deixa de ser preocupante, amizades coloridas chamadas de relações. Não vomitei, achei que o meu vômito era demasiado precioso.

O Manuel, o Manuel é um gajo porreiro, encontrei o no comboio a caminho de casa, vinha todo contente com a sua namorada ao lado, inchado que nem um pavão, porque finalmente encontrou alguém que o compreende. Menos mal, ao menos isso, disse lhe eu.
"Sabes, Ana, na verdade, eu só a arranjei porque sou um tipo sozinho e os meus amigos já estranham o estar só durante tanto tempo, nunca tive muito jeito pa miúdas, esta é uma miuda fixe, estamos juntos quando me convém e ela também.
Ok, disse eu, estou a ver o destino que vos reserva. A miuda era bem gira, mas duvido que se deixe enganar por muito mais tempo. O Manuel é o típico gajo preocupado com a sua reputação  e o seu sentido de status quo junto dos amigalhaços é a sua maior preocupação. Não admira que aos 38 esteja sozinho.

Vim pra casa. Vim pra casa a pensar nesta gente, que na verdade só fazem o que lhes convém, acham que perdem a sua liberdade se por obra do sentimento poder ser mais forte. Nada contra,  quem sou eu para dizer seja o que for, fui adepta do poliamor durante anos e só por volta dos trinta é que finalmente percebi que não era a minha onda, fartei me da conveniência, do ter que dar em troca o que recebia, das obrigações, das regras, no entanto não faz sentido ser poliamorosa, senti me mal a engana los. E não foram dois, nem três, nem quatro, perdi lhes a conta na minha insessante busca pelo tal, o que substituísse a dor de ter perdido o meu grande amor da adolescência. Via em todos, pequenos pormenores que me faziam lembrar o verde água dos seus olhos, as mãos grandes, a voz, o corpo, até a roupa. Em vão, querer reunir em alguns aquilo que é só um, nunca deu bom resultado. Há anos atrás apaixonei me, a sério, como se tivesse renascido das cinzas e deixei o poliamor, a sensação de partilha não fazia sentido, fizemos planos, saiu tudo furado, os ciumes foram mais fortes e tudo se desmoronou. Acabei sozinha e deprimida, o sonho tinha terminado e jurei a mim própria tatuar a dor da separação, o ter me deixado levar, logo eu, que os levava a todos. E jurei a mim própria também terminar a busca. E terminei. E jurei e jurei e jurei. Jurei tanto que me tornei cada vez mais independente a nível de sentimentos, ainda hoje o sou, aprendi à minha custa, palavras do meu pai que me avisou tantas vezes. Hoje, tenho a certeza que nenhuma das relações relatadas acima é a minha cena, tenho uma filha e se tomei a responsabilidade de querer ser mãe solteira, então bora cumprir, o que tento fazer todos os dias, obvio que a minha mãe tem sido a minha grande ajuda. Não quero, não preciso de relações à distância, nunca gostei disso, acredito piamente que nos tira a intimidade e a confiança. O facto de não me sentir à vontade tira me do serio, o ter dias próprios para fazer amor, é uma cena descabida. Fico sempre desconfortável. Aquela sensação de invadir o espaço do outro.... não!!!!


A Carla tem três filhos, o Gui não é pai deles e consegue ser mais pai do que o falecido. Gostava de ter um Gui na minha vida, admito, alguém que mesmo não tendo a felicidade de ser pai, consegue ter tanto amor pra dar que não tem medo de perder a liberdade que conquistou ao lado dela. Estão juntos há mais de dez anos, encontrei a na paragem junto ao colombo, ia trabalhar.

Existe uma grande diferença entre ter um namorado e ter um companheiro.

Nunca tive medo de amar, aliás, a minha definição de amor é muito diferente da maioria. O amor verdadeiro não prende, antes pelo contrário, faz par com a liberdade e se a pessoa que está ao teu lado não percebe isso, então, não é a pessoa certa. Muito há pra dizer sobre o amor, o amor, aquele sentimento que nos invade a alma e nos transcende, o sentimento voraz que te faz sorrir cada vez que a parvoíce te assalta. O sentimento que a maioria tem medo, porque simplesmente não estão preparadas para assumir que amam, verdadeiramente e se for verdadeiro nada pode destruí lo, antes pelo contrário, cada vez mais queres estar com aquela ou aquelas pessoas, sou monogâmica, estou a ficar velha segundo alguns para tanta confraternização. Acho que sim, chega aquela altura da tua vida em que percebes que os namoros são coisas de adolescentes e em matéria amorosa, sou mais velha do que imaginam, já passei por tanto e continuo a acreditar que sozinha não fico, terei sempre aquela estrelinha que lá em cima olha por mim, acredito que um dia nos voltaremos a ver, o amor não é carnal, é espírito. Por isso não tenho medo, nunca tive nem nunca terei. É feito de sacrifício, de saber colocarmo nos no lugar dos outros, o fazer de boa vontade, sem cobranças, sem ilusões.  E se o espírito não estiver em ti e se essa transformação não está no teu coração,  nunca vais valer nada, nunca vais ter nada e a solidão será sempre o teu pior aliado.

Aprendi à minha custa, como tantas vezes o meu querido pai, avisou. E ainda hoje... aprendo... 

Kaos escreve



Os tempos são de mudança, carin, não vaciles nem um segundo, lanço te coroas de mil flores pela coragem assumida, não temas nunca o teu sentido externo, dele depende a tua felicidade e nada me apraz mais senão o teu sorriso, bem sei que o medo é uma consequência da civilização onde vives, mas longe de ti tal sentimento, forte sansara, em teu regaco lancei serpentes e todas elas te obedecem, porque razão um só Homem te iria desiludir?
Lança te às feras, sairás ilesa, a mão do teu oponente te segura.
Sem medos, sansara, levitam ogres junto do teu semblante e todos fogem à censura da tua fúria. Fiel combatente dos meus exércitos, em ti a espada e a adaga nunca feriram, junta te ao amor que une a família que suspira pelo teu regresso e de longe virão mais para te felicitar.
Julgas te tu, mulher soberba, uma aspide solitária?! Pois que grunhem e assobiem, nunca o veneno te matou. E se o destino o aprouver, teu coração revestido de aço, nem sofrimento, nem lamúrias o conquistam.
Vai em frente, jamais te julgarão senao os hipócritas que nada sabem sobre o amor incondicional.
Sabes a fel para quem se julga melhor, o teu mundo não é este, e se a maturidade de sentimentos não for a certa, o caminho será seguro. Nada temas, carin, mantém te forte e segura e se a despedida que tens em mente for a correcta, o tempo assim o ditara. Interioriza o poder que te dou e faz dele a força que tanto precisas. As cobranças nunca fizeram parte da nossa união, porque razão necessitas tu que te peçam o que derao. Não estão enfermos, estão sim condenados na sua própria vida. O respeito é inviolável e das tuas garras sairão tormentos. Conquista o tempo, porque urge sempre o teu semblante junto de quem o nunca quis conquistar. Nada temas, carin, faz do teu sorriso a tua arma, lealdade justa e imediata. A palavra é para usar, por isso te dei o dom do fogo, usa a sempre, é o broquel que te defende. Em ti depositei e deposito a esperança de dias sem nuvens e se a tempestade te assustar, lembra te que fazes parte dela.
Nada temas, carin, pois os rolamentos que me vêm à memória é de uma criança lançada à discórdia e na discórdia encontrarás o caminho que levará à certeza de uma vida.
Procura me sempre, sabes tu que me magoas quando desesperas e lanças na escória tudo o que te demos. E escreve, escreve sempre que precises, o teu amor não é dos Homens e se nenhum real o perceber, é a tua humildade que te salva. Sente a brisa que te eleva, respira o ar dos teus semelhantes olimpicos. Se os meus irmãos te respeitam, junto de ti a minha família, essa nunca a perderas.  Vive e nunca sofras por desmedida de quem nao entende o amor que te transcende. Sem muito para contar e tudo para te dizer, não desistas nunca do que te obrigaste a defender, honra o compromisso que assinas com o teu próprio sangue, sente a abominável força que te precede. Tem em ti a destreza de seres unica, pois em ti respira o que poucos entendem e se mesmo assim a solidão te bater à porta, lembra te das vezes que as lágrimas caíram na terra maldita que me roeu a carne. Em ti me deito, em ti o respeito de uma eterna saudade.