quarta-feira, 23 de março de 2022

Cronos

Tormentas se formaram nos diques em que os meus castores se ordenaram.

Rebentaram todas as formas sem piedade

No canto da minha sereia, todas as marés se tornaram negras.

Negras

Todas as bandeiras se queimaram 

Tudo ardeu, tudo ruiu

De todos os quadrantes, se ouviu a voz de quem os ouve chorar

De dor, de infortunio, de miseria

A cor que o envolve deixa os cegos

Cegos pelo odio que os envolve

Na terra onde a guerra se instalou, ouviu se o roar dos tambores e sairam de todas as rochas as mais mortiferas e mais destemidas negras bandeiras.

Tudo caiu, nada se aproveita se quem sempre semeou o panico, o medo e a luxuria.

A ganancia, meu pai! 

O egoísmo ferve lhes os olhos!
 

Na glória de Ishtar, a primeira e a ultima da manhã!

Na terra dos dragões...

As suas crias no seu fogo interno, cozeram lhes as entranhas de onde o cheio putrido é mais nauseabundo do que as valas onde se depositam os mortos.

A proteína deixa os cambaleantes...

Em terra dragoniana, só entram os que respeitam a face de quem os criou!

Pelos tuneis... escavados na rocha liquida... brotam as gotas de sangue que os alimenta.

Entregámos em mãos, os tesouros que nos foram confiados, sem mágoa, sem dor, sem medo!

O medo que os assola, que os assusta a cada virar da esquina!

Têm medo até da própria sombra! 

Caíram por terra, todos os que não souberam contar os grãos de areia.

Tenho a sela cheia de mel e não estou preso, sou volatil e etereo numa terra onde se pode construir uma nova era, a era em que todos os que destemidamente souberam descer sem ajuda.

Labaredas de fogo rodeiam me e sou fogo em estado liquido

Em estado simbiotico com os elementos!

Sairai un der kandoren sirinai 








terça-feira, 22 de março de 2022

Carta de amor

 Levantem se os ceus e a terra

Em prol de quem me viu nascer 

Em terras negras se forjaram os mais destemidos

Pela graça de Heloim 

Todas as espadas se voltaram aos impios

E na mesa redonda cairam todos os que não são pela resistência

Morreram no seu proprio veneno