quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

kaos escreve

Saudo te com algumas duvidas mas com a certeza de que as regraa de insturium nao te serao aplicadas. Nao tens conseguido abertura, nao tens procurado certezas do teu futuro. Nesse dia te saudo com alegria, pois sei que o vais conseguir. Tem sido muito dificil chegar a ti. Alegra te alma minha e danca sobre o esteiro, procura a salubridade. Nao queremos que te afastes das memorias mas o tempo urge em teu redor, por isso apressa se calorosamente em seguir o que te te temos pedido ha tempo remoto. Pensas tu que em terras hibridas mantemos os dois pes em barcos diferentes!? Pois bem, serao virtudes terrenas, nao do nosso tempo. Elabora o plano a que te propoes e longe de ti a degradacao. Poluis com pensamentos absortos fruto d tua incoerencia juvenil. Nao queremos que te percas, agora que te encontramos. Ale am su tur. Liberta te verdadeiramente do que te oprime e deixa a negatividade. Oprimiste sem razao de ser. Desacomoda te pois a liberdade regula te o instinto. Esquece o que foi, respeita o que ha de vir. A lealdade nao vai funcionar como moeda de troca. Iraste consecutivamente e desprezaste o que te pedimos por diversas vezes e admiras te se o ciclo nao evolui?! Desengana te se seremos sempre a tua mao esquerda. Dar te e mos a razao da eloquoencia mas nao podemos navegar sempre, algum dia teras de o fazer por ti. Nunca abandonaremos quem humildemente nos amou, estarei sempre no teu imo. Apartei me por respeito as tuas decisoes de quereres continuar a pertencer a insturium cabak. Nao negues quem sempre te ajudou, nao desprezes o que te dizem e inumera internamente toda a estulticia. Nao existe espaco a negociacoes nem novo pacto que surja. Queres tu pertencer a que paralelo!? Queres tu perpetuar toda a discordancia do que ja te propomos a fazer sem qualquer dificuldade de execuçao. Quanto tempo mais vais querer permanecer na discordia e na cobardia de afectos. Pensas tu que a condescendência e a compaixao e uma benesse ou quereras tu tratamento especial depois de tantos imcumprimentos!? Admiras te tu que em tempos evoluidos tudo o que comprometeste, falhaste! Que quereras tu mais pralem das pragas que lancastes e que ainda lancas em prol do teu descontentamento vital!? Pensas tu que o mundo em que vives tem o mesmo interior instruido como o teu? Desenana te, ma cor, mas em cabak a justica reina nas maos dos humanos, nao em nos. Por isso te digo e t peco que feches o teu coracao e disponibiliza a racionalidade. Os tempos vao mudar e preciso e ti, livre, forte e justa. Sentimentos terao todos, mas os teus iras encerra los e so sairao quando forem unicamente necessarios. Cresce, alma minha, nao creias ser um castigo, mas aceita como um estudo. Nao vais poder vacilar quando os tempos to pedirem. Afasta de ti os ogres que te apoquentam, tracamos lhe os destinos internos das profundezas dos ciclos. Mentaliza te e realiza o benefico sem ressentimentos, nao interferimos nem vamos interferir. E danca, alma minha, sobre o que te oprim deixando de o fazer, perdemos conexao, sati! Eleva te no teu ser, transcende te neste novo ciclo, estaremos atentos. Foste e seras a gema da minha bengala e em ti depositei a minha esperanca. Se uma luz, caminha entre o desespero e a miseria sem compaixao, largos passos mais uma vez, sem sentimentos, aura celeste. Do ponto azul a tua essencia ao ponto azul a tua alegria, com justica. No novo ciclo precisas de forca, a mesma que está dentro de ti. Confia no teu simetrico, e um poco de amor e compreencao entre os humanos. Alcanca em paz a plenitude, recordo te da salvaguarda dos teus segredos. Assiste quando te chamarmos. Em nome da boa vontade do amor do fogo, que opera pela lingua que te designamos. Nada te pode atingir a nao ser a tua propria mente. Fortalece te na tua energia, inspira te na benevolencia, trabalha, ama e nao descures mais o que te pedimos, es livre mas tens plena nocao que perderiamos uma aliada, como tu serao poucos os eleitos. Ale sur tur car mer sa cor salem. 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O armário!

O armário!

Encontrei há dias uma amiga, fui fazer-lhe um armário, tremia.
Como uma onda de tristeza angustiante, o seu semblante era frio, sem forma, os olhos brancos, o espirito morto.
O corpo estava inerte, sem reacção anímica ao meu mais leve toque. Todo o seu interior estava desolado e entre arritmias cortantes, o choro compulsivo entre intervalos de tranquilidade absorvia-lhe o peito como uma pedra no seu lugar.
O buraco no estômago ao qual se agarrava teimava em queimar as paredes do seu minúsculo quarto.
Disse-me que tinha tomado banho e que por momentos tentou arrancar com sabão pedaços de si pela repulsa dominante.
Chorámos junt@s sem querer saber a razão pela qual estava assim.
Confessou-me que estava a viver o momento, o presente.
Como quem nunca tinha feito isso, pela primeira vez fez o que era correcto.
Nunca tinha sentido alguém sofrer por algo que outrora eu vi sorrir como se observasse uma libelula beijando um nenufar.
O presente, disse-me.
Não me quis contar, e aí pressenti que se não lhe desse um abraço, a sua dor iria ser maior.
Não sei o que foi, mas sinto que o que magoa é maior que qualquer sentimento supremo, a liberdade da confiança ganha, a pertença, a partilha, a segurança que ela conquistou por momentos sem fazer projecções, foi lhe retirada como uma flecha que atravessava uma rocha.
Assume as suas falhas enquanto humana.
Passei lá a noite com todo o respeito que nos assiste, tendo plena certeza que me estenderia a mão caso estivesse no seu lugar.
No dia seguinte quando a olhei, dançou, sorriu, saiu, fez o seu dia normal como irá fazer todos os dias da sua vida, um dia de cada vez.
Viver o presente.
Esta mulher de que vos falo é uma mulher que através das suas experiências se está a tornar cada vez mais forte e mais quente do que rocha liquida, esta mulher de que vos falo é uma mulher que continua a enfrentar os seus medos, que se liberta de cada vez que atinge os seus objectivos, arriscando a sua felicidade como se a sua vida fosse um castelo de cartas, que mantém a sua integridade, que mantém limpos os seus ideais, a sua cabeça e que aos poucos está a aprender a mudar a sua maneira de agir.

Existem pessoas que vivem verdadeiros conflitos interiores e a solução passa muitas vezes por manda-los cá pra fora.
Existem pessoas que se refugiam em outras tal como se refugiam em gaiolas dentro de si.
Existem pessoas que ainda não se aperceberam que se não se tornarem verdadeiramente independentes e se libertarem a elas próprias nunca poderão ser livres para com os demais.
Existem pessoas que continuam a viver do passado e não se dão conta que se não mudarem isso nunca vão conseguir alcançar a felicidade que tanto desejam.
Existem pessoas que vivem dentro de um armário porque têm receio de vir cá pra fora e abrirem-se sem medos, com vergonha muitas vezes do que os outros possam dizer ou pensar.
Existem pessoas que vivem uma depressão interior por si próprias e que se não se entregam ao mundo e aos outros verdadeiramente, assim, continuarão cegas agarradas aquilo que as faz sofrer.

Ao vir-me embora depois de lhe ter perguntado se ficava bem, sorriu, agradeceu o conforto e respondeu-me apenas com que nunca o seu bater esteve tão sangrento como se fosse uma alfineteira gasta.
"isso do coração...afinal...não é um mito"

O armário tal como o seu presente não fica por fazer... porque já há algum tempo atrás que começou a viver o agora...o passado esqueceu e...o futuro...não lhe interessa...