sábado, 30 de março de 2013

Anarkjia escreve!

Vou voltar á tua gaveta!
Tenho sede! Tenho medo! Tenho medo de beber água e saber-me a sangue!
Não quero espelhos, o meu maior espelho é a minha vida!
Não vejo honra, não vejo respeito, não vejo amor em lado nenhum!
Só vejo destruição, desordem e manipulações!
Oprimem-me!
Tenho medo!
Tenho muito medo que me violem a vida como se fosse um farrapo!
Quero-te dentro da minha alma no dia em que o rochedo me pedir para saltar!

Tenho medo!
Tenho ciumes!
Sou áspera, sou rude, sinto-me por vezes um nojo dentro da minha cabeça!
Tenho medo de não conseguir atingir o que me propús!
Tenho medo de não conseguir fazer o que me pediste!

Fazem-me sentir uma merda, quando eu sei que aqui dentro reina uma estrela incandescente, que arde na sua mais bonita transcendência, na sua essência!
Falo esperanto e sirio, quando me transpões e me relaxas na tua mais terna caricia!
Tenho saudades tuas!
Quero voltar á tua gaveta! Quero sentir a tua matéria!
Chamem-me necrófila, chamem-me a Morte!
As minhas mãos escrevem sem uma unica linha ter significado para um leigo que não entende a espiritualidade da incorporação!

Quero a ordem da tua paz, quero o amor da tua tranquilidade, quero a sensatez do teu sorriso, quero a humildade dos teus olhos em mim! Quero-te!

Tou farta de terráqueos chamados Homens! Quero que me voltes a buscar da mesma maneira de há 20 anos atrás! Lembro-me da luz que transpareceu no meu tecto, lembro me dos escritos nas paredes do meu quarto, lembro me de ficar cega e de não conseguir ver as pessoas a não ser através das minhas mãos!
Quero renascer da soma do que já fiz, novamente!

Por vezes odeio o mar, o mar que te levou e que me deixou á beira da praia sem um unico adeus!Sem um unico Deus que nos valesse! 

Sinto que me proteges, que me ensinas, sinto-te em mim, os meus olhos enchem-se de água, a mesma água que um dia virá a saber-lhe a sangue, o declinio a que te sujeitas será pior do que o que lhes destes, lembras-te?! Protege-o! Não quero mais guerra!
É uma vida!
Que sinta o sabor do sangue, mas não a sangrenta pária! Pára com a justiça que por vezes a mim me parece vingança, o tumulto no peito teima em não o deixar, incorpora-o e mostra lhe o caminho da verdade do seu interior, do seu valor! Que se redima na sua existência! Que renasça da soma do que já fez! este rion ascara!
Faz dele um rochedo, o mesmo rochedo onde um dia eu voltarei a ir! Faz dele uma fortaleza! Um nenúfar na sua mais simples beleza! 

est estiró undes vare



É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela
Friedrich Nietzsche