domingo, 8 de setembro de 2013

Podre

O meu coração apodreceu...
O odor a funesto cobre-me de insalubridades...
As ideias não se focam...
Como uma injecção de heroína...
Como um enterro desnecessário...

Falta-te o quê?!

O dócil encanto da sua voz...
O alento da noite... cálida e que teima em não descansar...
A força da tua lembrança...
O encesto consentido...
O desabrochar de uma flor...
Única, sadia, lenta...

Vem-te!
No limiar da incerteza...
No terror da tua natureza...
No súplicio da tua luz incoerente...

Os turbilhões na minha cabeça fazem-me respirar...
A fraqueza da tua quietude...

O ser amplo, fugaz e indecente atormento...
Terrivel num absoluto desmembrar...

 De tempo...




Sem comentários:

Enviar um comentário