segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Paradigma idealista


Começo por dizer que cada dia que passa, me sinto mais próxima da realidade e é deste modo que volto a escrever.
Neste caso, porque houve quem quisesse tentar perceber a relação entre os termos que eu tantas vezes utilizo que são apenas termos e que qualquer individuo com dois palmos de testa os saberá decifrar se seguir uma determinada lógica e se souber interpretar a semântica das palavras dentro do contexto onde estão inseridas.

As palavras são Caos e Anarquia e é deste modo que as vou desmitificar.

Quem leu "O Druida", apesar da sua extensa narrativa, não deixa de ficar curioso relativamente ao conflito descrito na parte mais conclusiva da história.

Sou convicta daquilo que sinto, sofro de uma utopia.
As utopias são sonhos e o que seria do Homem sem eles?!

Anarquismo!
Não deixa de ser um conceito muito real, desvirtuado por muitos, incompreendido por vários e possível apenas quando este sistema rebentar e quando todos nós tivermos consciência do mal que andamos a fazer ao planeta e ás gerações vindouras, mas sou da opinião que pode ser transportado para o campo etéreo, metafisico, espiritual, politico, filosófico, empiríco, e muitas vezes a desculpa para expressar uma sensação de revolta.
Porquê?!
Porque o homem pode ser matéria, mas como materializa os sentimentos? E o que são os sentimentos, o que é o espíríto? A nivel de sentimentos não me saberei expressar muito bem, serão disposições, energias?! Os sentimentos e o espírito são simbióticos que por sua vez se manifestam em vontade! E o que é a vontade?! É uma decisão! Uma atitude! E essa atitude tem de ter e ser uma força, para que se consiga chegar ao objectivo.

As atitudes são impulsionadas pelo nosso estado de espirito, e atenção, isto não tem a ver com religião.
Tem a ver com filosofia, com auto-conhecimento, com a educação que tivemos tendo em conta a carência ou a abundância de valores e reside essencialmente se os queremos ou não aceitar, tem a ver com a luta de querermos ser cada dia melhores, com equilibrio interior que me falta muitas vezes, aliás, diariamente estamos a ser postos à prova.


Resumidamente e em lato sensu as palavras Caos e Anarquia elas são nada mais, nada menos do que um complemento uma à outra.

Caso prático:
"Destruir para Construir" - esta expressão define a simbiose entre os dois termos.
Na sociedade onde vivemos é necessário uma remodelação, uma revolução para que o que venha a seguir seja benéfico para todos e conseguirmos viver em comunidade. Necessitamos de uma consciencialização geral baseada no altruísmo de modo a irradicar o capitalismo selvagem opressor, individualismo, individualismo esse que não pode interferir ou prejudicar o colectivo ao qual todos se propoêm a cooperar.
Nunca esquecendo as ovelhas ranhosas, essas têm de ser tratadas!
Como? Perguntas difíceis, aptas a serem discutidas por várias cabeças, só assim se chega a um consenso. 
Já pensei no que seria deste país se toda a gente deixasse de apresentar os rendimentos ao fisco! Levariam anos a levantar a economia, enquanto isso podia-se voltar à troca directa de bens e serviços, mais um sonho!
Ou então fazemos sozinhos a revolução, a mudança, mas não estaremos a agir deste modo de uma forma individual?! E essa mudança não tem de começar dentro de nós!

Caso metafisico/espiritual/ teoria dos pares:
As forças existem e só há dois tipos: as boas e as más e nelas tem de haver um equilíbrio, os humanos são como as forças, atrevo-me a dizer, os humanos são a força.
Há quem consiga interiorizar essas forças e dependendo do tipo de energia que canalizam, boa ou má, utilizam essa capacidade para se auto gerirem, para viverem em paz com os demais e consigo próprios, se a souberem aproveitar para o bem, é o chamado equilíbrio interior, mas muitas vezes utilizam-nas para manipulação de terceiros, para a má índole, para a soberba, o egoísmo, a cobiça, a critica sem fundamento, a falta de introspectiva, no fundo tudo isto são manifestações de fraqueza, de fraqueza de espiríto, existe uma lacuna esquecida, caso não tenham controle sobre si próprias, caem rapidamente no abismo, façam o que fizerem, mais tarde chega a lei do retorno, (A) regra, porque desprovido de valores e de princípios o Homem não existe, vegeta, frusta-se!


No meu caso pessoal e dado ao facto de ter sofrido na pele uma enorme perda e por nunca a ter sabido superar, refectia nos outros essa carência, daí o necessitar de um complemento.

Eu sendo a força Anarquia e Caos, Carlos, a alma a quem eu me quis juntar tantas vezes, quem me ensinou a ser livre na minha adolescência, quem me transmitiu valores intrínsecos que cresceram e fazem parte de mim como individuo, incluída nesta aldeia global, que muitas vezes mais parece um charco era sem duvida a força que me completava, a união perfeita entre dois seres, éramos muito novos mas compreendiamo-nos em plenitude.

 Por esta ordem de ideias:
Anarquia significa sem governo, rebelião, mas que por sua vez está intimamente ligado ao facto de obedecer a uma ordem, a ordem Universal, Caos completa-a porque existe uma regra, a regra de ambos conseguirem viver dentro das suas diferenças, a tão chamada Liberdade, o Amor de Verdade.

Os crentes em doutrinas espiritas, acham que pode ter sido uma expulsão de demónios, os mais cépticos, uma grande moca.

Não descarto nenhuma destas hipóteses, mas gostava mais de me restringir à realidade empiríca que me fez a mim voltar a ser uma curiosa pelo desconhecido, o investigar, o experimentar, o auto-conhecer.

E posto isto só tenho mais a acrescentar, porque me levantei com esta expressão na cabeça:

As palavras exprimem os nossos sentimentos, mas as atitudes espelham o nosso carácter.
















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