segunda-feira, 17 de junho de 2013

Para ouvir alto e em bom som em homenagem á familia que me aceitou como um deles! Uma vez cigana, para sempre cigana!




Em homenagem a MãSara que ao fim de tantos anos me transmitiu um pouco da sua infinita sabedoria!
"Esta é a tua familia, a nossa, tudo o que precisares a nós virás buscar"





Esta video é dedicado ao meu amado povo cigano que vem através do séculos mostrando à humanidade que as unicas coisas que realmente importam nesta vida são a familia, a honra, o amor, a união e a liberdade!
E vencendo todos os preconceitos e perseguições este povo magnifico mostrou a beleza de sua cultura, acrescentando arte e colorido à este imenso mundo. Povo de minha alma, meu coração está contigo para sempre! OPTCHÁ!!!


domingo, 16 de junho de 2013

Lembro-me...

- de jogar ao guelas e fazermos batota para ficarmos com os abafadores da Elsa
- de chamarmos o pessoal do bairro para brincarmos à sirumba e sermos nós os ladrões
- de roubarmos as beatas ao teu avô para as ir fumar ao cimo do monte
- de enganarmos a d. Lúcia com os trocos fora de circulação a fim de termos mais pastilhas
- de jogarmos ás escondidas nas manilhas junto á minha casa para podermos roubar beijos um ao outro sem que ninguém visse
- de te ver de braços abertos sem as mãos no guiador na BMX emprestada sem olhar no cruzamento ao fim da rua
- dos skates banheiras
- das petas que eu dava à minha mãe para poder sair e ir ter contigo ao baile da associação para dançarmos slows
- da bezana que apanhámos com absinto caseiro em que eu imaginei ter-me transformado num gato e ter ido miar à porta da igreja
- das esperas á porta da minha escola
- das broncas que levava da minha mãe quando chegava a casa a cheirar a fuligem das fogueiras que faziamos nas vivendas em construção na altura em que o meu bairro tinha só meia duzia de casas
- de tirarmos a roupa um dia e termos assustado os teus sobrinhos pequeninos ao entrarmos em tua casa numa manhã em que todos tinham ido trabalhar
- de fugires aos teus avós cada vez que te chamavam "maldito" aquando vinhas ter comigo
- de roubarmos a fruta das árvores dos vizinhos
- das bombas de mau cheiro na casa mortuária quando um dia velavam um vizinho
- de jogarmos à bola todos juntos e eu ter partido o espelho de um carro da oficina do sr. Acácio e teres te dado como culpado
- de jogarmos à sueca com os velhos no café e ganharmos sempre porque tinhas as cartas contadas
- do jogo da caneta em que o meu castigo foi saltar em cima do tejadilho de um carro que pensámos estar abandonado e afinal o carro estava era a arranjar
- de termos um dia apanhado o puto Bruno e tê lo fechado dentro de um contentor do lixo como forma de castigo pelas intrigas que fazia à tua avó sobre nós
- de gozarmos com as beatas ao domingo no fim da tarde quando saíam porta fora todas emproadas
- da garra com que ias para a feira de Odivelas com os teus avós e eu fazia tudo para passar na tua banca a fim de te ver trabalhar
- de me teres enxuto as lágrimas quando morreu o meu hamster preferido
- de o termos desenterrado ao fim de um mês porque queríamos ficar com o esqueleto e não lhe conseguirmos pegar
- do termos apanhado o teu irmão Oscar a fumar ganzas e termos lhe roubado o material para fumarmos nós
- do teu irmão Ica namorar com a Sara ás escondidas e eu contigo
- da fisga que me ofereceste e que a minha mãe tirou porque me dizia que era coisa de rapazes


- de me teres dito um dia que jamais te irias separar de mim mesmo que tivesses longe noutra dimensão
- de teres rompido com as tradições da tua tribo
- de me teres ensinado a tua cultura, a tua lingua e que se um dia eu tivesse que sofrer por amor, me lembrasse de ti e do que sofriam as mulheres da tua familia com a violência de género e que nunca deixasse que isso acontecesse comigo
- de me teres pedido para nunca depender de ninguém e me tornar numa mulher autosuficiente
- de me teres respeitado sempre e de nunca teres proferido uma única palavra grosseira até ao dia em que desapareceste no mar
- da tua consciência, da tua segurança, de teres crescido demasiado depressa para o tempo em que viviamos
- da tua camisa branca sem botões, da tua voz que fazia as miúdas tremerem cada vez que lhes dirigias palavra e dos teus olhos verdes transparentes

- de me teres pedido para viver a minha vida dignamente de cabeça erguida e que a vivesse intensamente como se não houvesse amanhã e sempre com um sorriso na cara












MãSara

MãSara veste de negro há mais de trinta anos!
MãSara é a mais antiga anciã do clã Viana Gentil, enterrou a maior parte dos quinze filhos que teve e alguns dos seus trinta e oito netos!
MãSara enterrou o marido e diz que não tem saudades dele, foi prometida ainda antes de nascer e teve de cumprir com a sua obrigação de esposa submissa durante mais de cinquenta anos, hoje tem noventa e sete e refere-se a si própria como "sempre noiva"!
MãSara não saber lêr nem escrever, sabe fazer contas, nunca foi à escola, mas a sua sabedoria ultrapassa o mais graduado em qualquer disciplina!
MãSara vivia perto de mim na minha adolescência, de cada vez que me via à sua porta, benzia-se e mandava-me embora, mandava dizer pelo neto que eu iria ser a desgraça daquela familia!
O ano passado por esta altura, mandou o seu neto Damião chamar-me aos seus aposentos no acampamento porque me queria rever ao fim de mais de quinze anos! Fui escoltada como se de uma princesa se tratasse, ao ver-me agarrou-se a mim e chorou, chorámos as duas! Ambas sabemos porquê!
MãSara ainda fala em romanês misturado com espanhol e português, agora, depois de ter enviuvado, fuma o seu cachimbo perfumado sem qualquer tabu defronte da familia! Perguntou-me como andava a minha vida, se tinha casado, se tinha filhos! Contei-lhe a minha história! Voltou a chorar!
Disse-me que tinha visto o meu destino traçado no seu tarot e por isso me enxotava da sua casa como se tivesse uma doença contagiosa!
Lançou o na minha presença e das três vezes que o fez as cartas eram sempre as mesmas, podia ter sido truque, mas sei perfeitamente que não, fui eu que as baralhei!
Disse-me também que devia investigar as origens da minha familia paterna, foi isso que fiz no ultimo ano, em contacto com a minha avó Jesus, a avó condescendente e paciente, a mesma que cortou a sua longa trança branca quando o meu avô faleceu, confessou-me que era descendente de mercadores espanhois daí o nome Guardado, comum em vários zonas castelhanas.
Da parte da minha mãe, não soube nada, mas MãSara contou-me pormenores que encaixavam perfeitamente em assuntos que só algumas pessoas mais chegadas conhecem, tal como o facto da minha avó com noventa anos ter um aspecto jovial e ainda dar consultas em casa a senhoras em troca de um abraço ou uma palavra amiga!
MãSara aceitou-me no seu clã, contou-me que em cinquenta anos de casamento fiel, o seu marido foi sempre um tirano, contou-me que foi vitima de maus tratos em todos os quadrantes imaginários, nunca concordou com o tratamento que levava, mas tinha sido prometida e como tal não podia fugir, seria deserdada e eventualmente morta caso o fizesse, também o seu neto foi prometido, mas não chegou a cumprir o seu destino, pois havia visto que uma "senhora" lhe haveria roubar o coração, seria eu, nos meus quinze anos!
MãSara ouviu a minha história de vida, franzindo o sobrolho, sinal de quem não gostou do que ouviu, disse-me que tinha sangue nómada que era resistente, pediu-me o grupo de sangue e antes que eu abrisse a boca lançou uma carta e em tom esperançoso, argumenta:" AB Positivo, Romi!?"
Confirmei!
Voltei a ver os seus olhos verdes reluzentes tremerem!
O grupo AB é dos sangues mais raros e mais antigos, mas isso não faz de mim um ser diferente!
Cortou-me o pulso delicadamente e deixou cair umas gotas de sangue na sua mão, fez o mesmo consigo, com o seu dedo indicador fez uma mancha na minha testa, proferiu: " És agora Viana Gentil, Romi! O meu neto tinha o mesmo sangue! És sangue do meu sangue!" Contou-me que sabia de tudo o que fazíamos juntos, que mandava os sobrinhos espiar-nos para poder ter a certeza de que o seu menino de oiro não fosse desviado, contou-me que todos os dias o inquiria a saber se me tinha desonrado, contou-me que sentia que o seu amor por mim não tinha precedentes e que um dia ele haveria de voltar para me vir buscar caso fosse mesmo obrigado a casar, que nunca seria fiel à sua esposa, que me iria destruir o casamento caso eu não ficasse solteira, contou-me que as discussões lá em casa eram de meia noite com o avô de cada vez que lhe dizia que era comigo que queria ficar, o avô respondia-lhe que antes morto do que casar com aquela "senhora" contou-me que antes dele ter partido tinha visto o seu futuro no seu tarot cigano, actualmente gasto e envelhecido e que se fosse hoje não teria sido conivente com a oposição à nossa união! "A minha familia é agora a tua, a nossa, tudo o que precisares, se pretenderes, a nós virás buscar!"
Não por causa do sangue, mas pelo suplicio que viveu em toda a sua vida! "É na perda, minha querida... que damos valor ao que tivemos!" Dito isto, abraçou-me e mandou-me embora!

Hoje, ás oito horas da noite, o meu telefone tocou!
Do outro lado, Damião, o meu "cunhado" conseguiu dizer com um sorriso numa voz entorpecida: "MãSara partiu e está feliz!"




Que a paz te ilumine, MãSara! Foste uma vencedora no meio de tanta derrota!







terça-feira, 11 de junho de 2013

Viva!






Ya no estás más a mi lado, corazón
en el alma solo tengo soledad
y si ya no puedo verte
porque Dios me hizo quererte
para hacerme sufrir más

Siempre fuiste la razón de mi existir
adorarte para mí fue religión
y en tus besos yo encontraba
el calor que me brindaba
el amor, y la pasión

Es la historia de un amor
como no hay otro igual
que me hizo comprender
todo el bien, todo el mal
que le dio luz a mi vida
apagándola después
ay que vida tan obscura
sin tu amor no viviré...

Ya no estás más a mi lado, corazón
en el alma solo tengo soledad
y si ya no puedo verte
porque Dios me hizo quererte
para hacerme sufrir más

Es la historia de un amor
como no hay otro igual
que me hizo comprender
todo el bien, todo el mal
que le dio luz a mi vida
apagándola después
ay que vida tan obscura
sin tu amor no viviré...

Ya no estás más a mi lado, corazón
en el alma solo tengo soledad
y si ya no puedo verte
porque Dios me hizo quererte
para hacerme sufrir más

Y si ya no puedo verte
porque Dios me hizo quererte
para hacerme sufrir má
Soledad,
Fue una noche sin estrellas,
Cuando al irte me dejaste,
Tanta pena y tanto mal.

Soledad,
Desde el dia en que te fuiste
En el pueblo solo existe
Un silencio conventual

Soledad,
Los arrollos estan secos,
Y en las calles hay mil ecos,
Que te gritan sin cesar.

Soledad,
Vuelve ya,
A quitar con tus canciones,
Para siempre los crispones,
Que ensordecen mi solar.

Soledad,
Vuelve ya,
A quitar con tus canciones,
Para siempre los crispones,
Que ensordecen mi colar.

Soledad,
Vuelve ya,
Vuelve ya,
Mi Soledad.


sábado, 8 de junho de 2013

Caminhos turvos de Dazkarieh




Caminhando vi luz que embala
Sentir que escapa ao olhar

Forte percorri nova estrada
em trilhos por semear

Querer dominar destino oculto
Momento por decifrar
Vida que adormece em longo luto
Quimeras por alcançar

Querer agarrar ondas de loucura
Num momento sem pensar
Ilusão de mais de longe perdura
Mão que urge curar

Voz que entoa paz profunda
Clama em se descobrir
Grita pra revelar segredos a perseguir

Teias que tecem tons escuros
Para me aprisionar
Grito pra libertar demónios
Livre pensar

Querer agarrar ondas de loucura
Num momento sem pensar
Ilusão de mais de longe perdura
Mão que urge curar

Querer agarrar ondas de loucura
Num momento sem pensar
Ilusão de mais de longe perdura
Mão que urge curar

Despertando um sol que emane
Luz no meu jardim
Sentinela nua e crua
Chama por mim

Libertando amarra turva
De um silêncio tal
Emergir pra sempre duma sombra infernal

Vir de um sono profundo
O mundo agarrar
Querer desvendar futuro
Duvidar





Caminhos turvos da Humanidade...
que não quer ver......
que por vezes as mais pequenas e insignificantes coisas..... são de longe as mais belas..
não deixes o teu espirito ser contaminado pelo materialismo..
Não te tornes marioneta dos sistemas capitalistas...
Pensa por ti próprio, aprecia a vida em pleno, respeita o proximo...
Paz, Amor, justiça,alegria, felicidade, fraternidade para a Terra e todos os outros planetas habitados....

KAOS escreve

ignóbil hipócrita consorte
quanto tempo mais irás esconder a tua podre essência entre duas caras
por quanto tempo mais irás andar em liberdade adquirida pelo medo e insegurança
quanta pressão terás aí dentro que consiga mover os interesses próprios da tua laia mortal
asquerosa e deprimente
quanto tempo mais irás demonstrar a tua arrogância e superioridade para quem te demonstrou amizade
serás escravo da tua própria iniquidade
pragas
a maquina irá parar de funcionar e a cegueira será uma constante
cães te devoram o semblante
em fogo levantarás o que te domina e a morte de ruínas estará no teu destino
quantas mais etiquetas irás ter para catalogar quem te rodeia, hipócrita
quantas mais manipulações interesseiras de interior putrefacto se irão aproximar e te deixarão de joelhos rastejando desprovidos de sentimentos
merecida dor que te alimentará o ensino altruísta em prol das tuas conveniências passageiras sem noção de respeito
pesadelos
tumultos nocturnos rodearam a tua segurança como ladrões de crianças
em sangue se consome a inconsciência dos teus actos sujos
perimetros
analisa a tua cabeça e irás encontrar a solidão
poucos se chegarão para tratar das chagas decrépitas e nauseabundas que saem da tua boca
tudo tem uma causa
esconde-te
a legião é enorme e encontra-se ávida da tua jugular

acabou-se-te o tempo



romi
voa
vive
livre
segura
em honra te prometi
em sangue partilhei
em terra não te esqueci
em morte te devorei
dança
sente
ama
sem rancor te quero fresca
digna da minha eleição
és romi
senhora do meu coração
sorri
descansa
atenta
amarei a tua vida
tal como se fosse minha
romi destemida

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Só por (a)caso...

No meio de tanta investigação... o azar nem sempre está atrás da porta... né!?


Não me mostres o teu lado feliz
A luz do teu rosto quando sorris
Faz-me crer que tudo em ti é risonho
Como se viesses do fundo de um sonho
Não me abras assim o teu mundo
O teu lado solar só dura um segundo
Não é por ele que te quero amar
Embora seja ele que me esteja a enganar

Toda a alma tem uma face negra
Nem eu nem tu fugimos à regra
Tiremos à expressão todo o dramatismo
Por ser para ti eu uso um eufemismo
Chamemos-lhe apenas o lado lunar
Mostra-me o teu lado lunar
Desvenda-me o teu lado mausão
O túnel secreto a loja de horrores
A arca escondida debaixo do chão
Com poeira de sonhos e ruínas de amor
Eu hei-de te amar por esse lado escuro
Com lados felizes eu já não me iludo
Se resistir à treva é um amor seguro
à prova de bala à prova de tudo

Mostra-me o avesso da tua alma
Conhecê-lo e tudo o que eu preciso
Para poder gostar mais dessa luz falsa
Que ilumina as arcadas do teu sorriso
Não é por ela que te quero amar
Embora seja ela que me vai enganar
Se mostrares agora o teu lado lunar
Mesmo às escuras eu não vou reclamar


e depois disto... a minha costela basca/espanhola diz me: Zorte duzula izango zure bizitzan zehar, tio! 
Questerió ondere bastará par te! Uska! 





sexta-feira, 31 de maio de 2013

Coisas que não tem nada a ver!

Epá, hoje sinto-me um ET!
Deve ter sido da semana que fiquei de molho a meu bel prazer do dolce fare niente depois de uma non stop night ao som do hard tec dos bifes!
Ou então, não! Bem, já não sei, mas há algo que durante esta semana me fez reflcetir, os humanos!
Porquê é que existem pessoas que acham que podem controlar as responsabilidades dos outros?! Epá, digam-me! A sério!
Uma coisa é avisar " olha aí; tem cuidado; mede os prós e os contras; etc e tal, outra é andarem constantemente a querer controlar e a mandar postas de pescada só porque lhes dá jeito julgarem o que os outros fazem! Ou então só porque sim! Ou então devem ter algum interesse nisso! Bem, eu sinceramente, dispenso coligações. Nunca fui muito de ajuntamentos! Mas ok, agora virem se meter na minha vida como se eu tivesse obrigação disto ou de aquilo, meus, dispenso, para isso virava nazeco! Vivia para o partido! E os partidos são para lhes deitar o fogo! Tal como todos os pseudo fascistas/red necks que proliferam por este burgo,que na minha parca opinião, esses acho que têm pouco de humanidade! Normalmente, querem é borga, cagam para eles próprios e muitas vezes para quem até os tenta compreender, os amigos são apenas os interesseiros, boa conclusão, eles são os próprios interesseiros, fazem tudo em prol do seu umbigo e lá está, do "partido", muitos deixam as mulheres em casa para fazerem o que querem, tratam nas como se fossem merda! " E, e, estás caladinha senão levas no focinho!" Mas depois são uns anjinhos quando saiem porta fora o que mais me mete nojo são aqueles que apregoam os seus direitos, os seus feitos e até muitas vezes conseguem debater um bom assunto sobre mulheres e depois em acções para com o sexo oposto, coitadinhos, quase que me atrevo a dizer: "Meu Deus!" Vives onde?! Deve ser tradição! Eu acho que é educação! Cheira a hipocrisia, não cheira!? Será inconsciência!? Cheira a bajulação gratuita ou será manipulação para não se ficar mal visto!? Ou terá um interesse futuro?! Cheira, cheira!

Hoje cheiro mal! Cheiro a suor! Mas não foi de trabalho! Foi de dormir mais de 14 horas seguidas! O mundo é tão mauzinho, tão mauzinho que esta dura reflecção/depressão/ressaca semanal só me deu para dormir, mais para não ter que sair á rua e ver pessoas feias. Hoje saí para comprar umas flores e só vi pessoas feias... sem feições, mas não deviam, afinal estamos no fim do mês e deve ser dia de pagamento! Ups, não, não há guita para pagar salários, granda merda! E valores?! Há quem nos pague os valores em que acreditamos!? Ya, há, as lojas de troca do ouro!
Normalmente os do poleiro querem nos fazer acreditar que sim! Eu acredito, foi de ver tanta Fátima Lopes ao fim da tarde! Devia sair só de noite! Ao menos assim, todos os gatos são pardos e no meio da multidão pelo menos passo por mais uma desconhecida, sim, porque eu sou uma gaja bué da conhecida e se tiver uma acção menos boa para com os demais posso não me consiguir defender!

Manipulações a quem nas dá! O pessoal deve achar que sou burra! Mas também quero lá saber o que acham, nunca me importei muito com o que pensavam! O que mete mais piada nisto tudo é que muitas vezes me tentam meter os dedos nos olhos como se eu fosse mesmo burra! Tenho um defeito brutal: aprendi a ser uma observadora do camandro! Aliás, acho até que não aprendi, nasceu comigo, lembro-me de um dia ter recebido um casal na casa do pai da minha filha em que ao início parecia tudo muito limpo e afinal os gajos iam era lá roubar! Como a memoria não me falha conseguiram levar um único alfinete de dama!
Há pessoal que abusa para cacete! Mas abusam até eu querer! E tentam minar a cabeça dos outros!
E normalmente acham até que "isto" é assim: um que foda! Um dia quem se lixa é o burro! Pois, porque nada é eterno! É muito mau!


Deve ser por serem viciados! Eu não! Ah, pois, dizes me com quem andas, metem-te logo rótulos! Sou sem abrigo, mas não vivo com mendigos!
Há pessoal que tem vergonha de dizer de onde vêm, há pessoal que tem vergonha até dos próprios pais, sei que há pessoal estúpido para cacete e querem fazer dos outros estúpidos para poderem partilhar a estupidez! Assim dentro de si não se consideram egoístas!
Vicios há muitos e os meus andam bem, muito obrigada! Fogo, pá, estragaram me as colunas para ouvir um granda sonoro a fim de partir o resto do tecto de cartão! Bem, caga-se nisso, amanhã vou alí á estação do Oriente, faço uns betinhos no multibanco e tenho o caso resolvido!

Há dias em que a única coisa que me apetece fazer para me sentir feliz é apanhar um ciclista no meio da via e parar apenas para lhe apalpar o cu e voltar a seguir estrada!



Vou me aliar aos ETs, pelo menos sempre me dão bons conselhos e deixam me dormir!
Um deles até me disse para deixar crescer o bigode e deixar de rapar os sovacos! Sempre imponho mais respeito! E assim posso cuspir para o chão e levantar o dedo do meio a quem não me dá prioridade quando afinal até era deles, para no fim dizer: "Foda-se, sou uma senhora!"
Bem, mas mais vale perder um amigo do que uma boa resposta porque assim pelo menos dizes o que tens a dizer, quer, quer, não quer, quisesse, só faz falta quem está e quem não está estivesse!
Vou voltar ao choco... se calhar... comer um frango assado com batatas fritas, com muita maionese ou umas entremeadas cheias de gordura acompanhadas com um garrafão de cinco litros de tintol!

Deixar de acreditar não é difícil, o mais dificil é voltar a acreditar em algo em que já se acreditou antes!

Uma coisa boa têm: uma boa casa de banho porque há dias em que me apetece cagar de fininho para esta merda toda!





sexta-feira, 24 de maio de 2013

E assim...

eu quero lá saber se critico ou se me rio ou se choro! se falo bem ou se falo mal!
quero lá saber das contrariedades da vida!
eu quero lá saber se faço pouco, se faço muito, se não faço!

eu quero lá saber se gozo a rodos!

então porquê!?

não posso ser eu agora?!
não posso ser livre?!
não posso falar, não posso viver, não posso fazer?!
tenho de estar presa aos teus comentários?!
ás intolerâncias, à falta de paz?!
quanto mais terás de pagar pela escória que te sai da boca!?


tou farta, fria e desiludida!
é tão mau ter uma pessoa ao lado e viver com medo de dizer ou fazer algo e se o disser ou fazer, logo a seguir ser censurada pelo que disse ou pelo que fez!


posso viver?!

ah, bom, estava a ver!

sabes porquê?!

não sou descartável  e mereço respeito!

porque eu tenho valor, tenho vida, tenho mente, tenho sangue, tenho amor!

e acima de tudo tenho uma grande memória!

tenho coração e o meu deixou de estar sujo!


VIVER LIVRE OU MORRER!





















terça-feira, 7 de maio de 2013

Kaos escreve...

Homónim@!

Examina o que te rodeia e aparta o fel de quem não merece!
Em fogo escreverás o teu âmago se em mania te mantiveres!
Em advertência te digo que aliados serão poucos ás tuas ideias!
Próximos estão, os que definham em conspiração!
Conversas alheias dadas como conselhos! 

Ouve quem tem coragem e não se distancia dos teus propósitos!
Em breve, mentirosos serão descobertos e falsidade consumirá os que consideraste leais!

Desavenças a quem entradas confias! Interesses inocentes que passarão de certezas manipulações!

Não abandones os teus semelhantes em defesa da tua igualdade!
Não atentes prisão maior do que a que pretendes manter em teu interior!

Respeita romi! Contraria-te, terás mais conflitos em tua própria consciência!
Os aros romper-se-ão!
Sentimentos assolarão a mente e a força deixará de vigorar em tuas veias!
Pedras frias consumidas, em altivez rodear-te-ão ninhos de vespas!
Perseverança nunca lhe falta!

Em sete luas a funesta inglória!
Restrinje-se-vos o diálogo!
Desprezível será a ira e em loucura se consome esgares desesperantes!
Sofre-se o merecido!
Em órbitas decepadas, o furor anuncia-se como fatal!

Ouve!
Sê desleal em atitude e se em arrogância mantiveres o teu rancor como um basalto oriundo de um vulcão adormecido, gelo te será dado como recompensa!
Pacienta-te!
Interroga-te!
Liberta-te! 



quarta-feira, 24 de abril de 2013

Crianças...









Meninas...  inconscientes...
Garotas... petulantes...
Gaiatas... interesseiras...
Chavalas... déspotas e prepotentes ...
Senhoritas certinhas que querem ser rebeldes e têm medo de mostrar o cu em praça publica...
Madames hipócritas... que olham para o ar como se fossem umas provincianas á procura do caminho certo...


Que tentam a todo o custo tirar aquilo que é dos outros...
Têm garras capazes de agarrar, mas não comem...

Putas que não sabem o seu lugar...
Gajas que através do seu estudo pensam que sabem mais do que os demais...
Pitas cínicas... que de humildes não têm nada!

Miúdas novas armadas em espertas que através do seu gozo só demonstram a sua insegurança perto de quem percebe o seu interior desmedido e parvo...

Gritam que são, que têm e depois no fundo entendem o quê?!
Não passam de umas frustradas! Sexuais! 
Passam fome? Necessidades?!
Putas burguesas!
Tou farta! De gajas que não interessam para nada!

Se calhar é apenas a maneira que têm de achar que são contra o sistema quando fazem parte dele!
Formatadas?! Eu não! Eu sou, eu tenho, eu faço, eu vejo, eu assim... eu assado...
Ah, ah, ah! Viva o teatro! 
Saiam para a rua!
Sintam na pele a necessidade de irmandade, do dar sem querer nada em troca, o dormir na pedra da calçada... os xutos nos calcanhares dados pela bófia só porque lhes apetece... o roubar para comer... o ver mulheres da vida a lutarem pelos seus filhos... a toxicodependência... o sexo sujo... as propostas indecentes... os trocos... a podridão... a carência... os mendigos encostados ás esquinas que servem de espiões aos ciganos que vendem droga que não bate... aos putos que batem nas saias das senhoras de bem a pedirem esmola... ás vendedoras que fogem com a alcofa ás costas que tentam fazer uns míseros cobres para terem uma sopa a dar aos seus cinco filhos durante a madrugada... o abandono familiar que abandona todos os dias seres humanos e os empurra para o declínio...
Experimentem! Façam uma tese baseada em sociologia sem necessidade de licenciatura! Sem necessidade de reconhecimento! E queixam se de falta de dinheiro, de oportunidades, quando comem lixo, o lixo podre da sua essência!
Vivem onde?
Na lua?
Não, vivem dos papás que lhes dão tudo! Sabem o quê da vida?!
 
Pouco ou nada, sabem o que ouvem dizer! Da tv, da internet, dos amigos por conveniência!
Tou farta de gajas estúpidas, "divertidas" que se julgam importantes para a sociedade! Sociedade que nunca viveram! Undergound?! Tentem sobreviver no metropolitano!

Prefiro ser uma cabra que fode em qualquer viela escura sem medo de ser presa, de interior integro que deixou de ter medo de lhes dizer na cara que têm pouco para dar do que uma bacana bacanissima que tenta a todo o custo mostrar aquilo que pensa ser quando nunca sentiu verdadeiramente a necessidade de ser um outsider!



Pintura de Sara Franco


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Gótica...



Solidão
Triste
Melancolia em
Palavra Vã
Recordação
De Coração
Negritude
Libertação
Insegura
Depressão
Interior
Traído
Arrependimento 
Voraz
Queimadura
Adormecida
Pele Morta
Branca... como as mãos que me rodeiam a anca



















quinta-feira, 11 de abril de 2013

Soneto desordenado

Adoro o azul dos teus olhos, que me lembram o céu, em dias limpos de nuvens cinzentas,
Lembram-me o mar revoltoso em ondas que me acalentam,
Palavras cantadas... sussurradas em ardentes obscenidades,
Musicas absorvidas... como se fossem verdades

As tuas mãos, que percorrem o meu corpo na mais terna caricia,
O interior que me queima numa infame delicia,
Movimento atroz que me enfeitiça a alma,
Salva-me por dentro numa tarde de calma

Madrugadas quentes de Inverno, onde o suor nos detêm,
No íntimo sentido de quem nada quer ter,
Pertença única num sentimento supremo que nos faz sofrer

O teu sorriso... tímido, de quem não admite o que quer,
Eleva-me em jangadas sórdidas de encantar, apaixonas-me,
Como se o sagrado e o profano deixassem de ali estar...











quarta-feira, 10 de abril de 2013

Perguntinhas de algibeira para quem pensa mais do que o que faz!

Durante muito tempo, agi sem pensar, inconsciente, por impulso, agir por impulso não é mau, desde que o impulso praticado seja em prol de coisas boas, aprendi que o tempo é por vezes o nosso melhor conselheiro, caí muitas vezes e ainda hoje continuo a cair, gosto do sentido empirico da vida, pois é através da experiência que adquirimos sabedoria e aprendemos cada vez mais a ser um ser humano melhor.
Foi através da escrita e deste blog que consegui desenvolver outras capacidades que desconhecia de mim própria, a força para vencer as depressões que sempre fizeram parte da minha vida, através de histórias, muitas delas ficticias, outras reais com demasiadas hiperboles. (também o que seria de um poeta-escritor sem o exagero rebuscado pelo amor á dor). Por isso não vejo razão nenhuma para o terminar, antes pelo contrário, continuar...
O ser humano é dotado de uma capacidade chamada auto regeneração, que vem ao de cima em climas de maior tensão, para que a mesma surja, é preciso uma força interior de que tudo mude e um controle extremo nas nossas emoções. Como Gandhi disse um dia ( um dos maiores pensadores de todos os tempos e um extremista)

"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável."
Mahatma Gandhi


Questinário respondido na altura em que as baterias da minha cabeça deram de si.
Achei por algum tempo que sofria de POC (Perturbação Obessivo-Compulsiva) uma vez que por diversas vezes voltava atrás numa tarefa a ver se tinha feito tudo correctamente, percebi afinal que não sofria de coisa alguma, era apenas a minha falta de atenção e a minha adicção descontrolada que me fazia agir assim (maldita distracção)


1ª Pergunta

- Define-te como ser humano. (qualidades e defeitos)


Não sei se a rebeldia e o perfeccionismo são defeitos ou virtudes!

Resposta: Não vou elaborar uma lista num blog que é público, pois só a mim mesma em reflexão interior me cabe responder, mas tenho imensos defeitos e qualidades que vêm ao de cima tendo em conta as circunstancias em que estamos inseridos e as que se porporcionam, tendo em conta, os presentes nas situações e as situações em si.


2ª Pergunta

- O que é para ti o Amor?

Resposta

- O amor é o desapego em si, é sermos livres e deixarmos os outros o serem dentro da sua própria consciência.

3ª Pergunta

- Qual a tua filosofia de vida?

Resposta

- Ser feliz, libertar-me cada vez nais a cada dia que passa dos preconceitos, dos medos, das adicções, ser mais espiritual que terrena, apesar de achar que vivo muitas vezes com os pés na Terra e vivo bem.
 


Termino com esta grandiosa de um dos maiores mestres:

"O amor nunca faz reclamações; dá sempre. O amor tolera; jamais se irrita e nunca exerce vingança."
Mahatma Gandhi


Lembro-me por vezes duma serie americana que via na minha infãncia em que a garota li livros só com o desfolhar das páginas com uma velocidade incrível. Assim gostava de ser eu só pelo prazer de não perder tempo e viver intensamente o que me faz levitar: O Amor






quarta-feira, 3 de abril de 2013

Infinitamente... só... feliz... "Que pena é ver-te assim, Já sem saberes de ti."

Saber o que fazer,
Com isto a acontecer,
Num caso como o meu.
Ter o meu amor,
Para dar e pra vender,
Mas sei que vou ficar,
Por ter o que eu não tenho,
Eu sei que vou ficar.

É de pedir aos céus,
A mim, a ti e a Deus,
Que eu quero ser feliz.

É de pedir aos céus.
Porque este amor é meu,
E cedo, vou saber
Que triste é viver,

Que sina, ai, que amor,
Já nem vou mais chorar,
Gritar, ligar, voltar,
A máquina parou,

Deixou de tocar.
Sentir e não mentir,
Amar e querer ficar,
Que pena é ver-te assim,
Já sem saberes de ti.

Rasguei o teu perdão,
Quis ser o que já fui,
Eu não vou mais fugir,
A viagem começou.

Porque este amor é meu
E cedo vou saber,
Que triste é viver,
Que sina, ai, que amor.
Já nem vou mais chorar,
Gritar, ligar, voltar,
A máquina parou..
Deixou de tocar.

É de pedir aos céus,
A mim, a ti e a Deus,
Que eu quero é ser feliz,
É de pedir aos céus.

Porque este amor é teu,
E eu já só vou amar,
Que bom não acabou,
A máquina acordou

Letra da música A Máquina de Amor Electro



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Kaos escreve in supremis uno

Ingénua!
Quanto tempo mais te irei ter como carpideira?
Quanto tempo mais te irás complacer de algo que não existe...justiça...quando o que temos é a ordem natural das suas consequências, do seu interior!
Que te importa que se lhe mine a cabeça?! Livra-te tu dos teus estigmas!

Une-te!
Une-te á tua magna virtude, á tua vontade, á tua liberdade!
Renasces todos os dias!
Pedes-me algo que sabes possuir?!
Loucura?! Amor?!
Sangue?!
Quanto mais queres derramar em prol de uma confusão?!
Quanto mais queres sofrer a pedir algo em prol de uma enfermidade que a ti não diz respeito?!
Sim, seguro que declararemos guerra a todos os que te pretendam mal, una romi santarea, pois desprezam a grandiosidade do teu coração e a humildade dos teus actos cada vez que a tua essência for verdadeira!
Afasta do meu tumulo as tuas lágrimas, são garras cravadas no meu peito cada vez que as derramas!
Queimas-me com a tua insegurança, a mesma com te destrois!
Ciumes?! Vingança?! Não existe ciume saudável onde não existe um sentimento honesto, mas sim um oportunismo carnal!
Aparta-te das estulticias e calunias humanas doentes, o caminho será sempre o teu, o nosso, fruto do concerto selado! 
Em sete luas terás a tua recompensa, em sete luas as tuas certezas!
Não apresses o que não controlas!








In supremis pater



A carne é consumida no tumulo frio
Sente-se a dor em cada retorcida de vermes que devoram o corpo vazio
O ranger é apenas o inferno que nos tenta, a cada passo que damos em direcção á luz da esperança



Julgam-se a si próprios os condenados na serrilha da compaixão
Ouvem-se laivos ao longe de cada vez que te coloco em situações em que o cinismo e a insegurança apertam
Não temas, mantém-te unica, inteira, sincera, humilde e confiante e verás todos cair quando menos se espera, já sentiste o que sucede
Odeiam, odiaram e odiarão as surpresas
Mais estará para vir


Deixa-os falar, pois na sua conspiração, serão eles os atacados em fracasso





In supremis mater


Adoré tuia mana
Calor te será dado na altura do restolho
Sa cor est tu sentera
Que a paz te inunde tal como à tua cria

sábado, 30 de março de 2013

Anarkjia escreve!

Vou voltar á tua gaveta!
Tenho sede! Tenho medo! Tenho medo de beber água e saber-me a sangue!
Não quero espelhos, o meu maior espelho é a minha vida!
Não vejo honra, não vejo respeito, não vejo amor em lado nenhum!
Só vejo destruição, desordem e manipulações!
Oprimem-me!
Tenho medo!
Tenho muito medo que me violem a vida como se fosse um farrapo!
Quero-te dentro da minha alma no dia em que o rochedo me pedir para saltar!

Tenho medo!
Tenho ciumes!
Sou áspera, sou rude, sinto-me por vezes um nojo dentro da minha cabeça!
Tenho medo de não conseguir atingir o que me propús!
Tenho medo de não conseguir fazer o que me pediste!

Fazem-me sentir uma merda, quando eu sei que aqui dentro reina uma estrela incandescente, que arde na sua mais bonita transcendência, na sua essência!
Falo esperanto e sirio, quando me transpões e me relaxas na tua mais terna caricia!
Tenho saudades tuas!
Quero voltar á tua gaveta! Quero sentir a tua matéria!
Chamem-me necrófila, chamem-me a Morte!
As minhas mãos escrevem sem uma unica linha ter significado para um leigo que não entende a espiritualidade da incorporação!

Quero a ordem da tua paz, quero o amor da tua tranquilidade, quero a sensatez do teu sorriso, quero a humildade dos teus olhos em mim! Quero-te!

Tou farta de terráqueos chamados Homens! Quero que me voltes a buscar da mesma maneira de há 20 anos atrás! Lembro-me da luz que transpareceu no meu tecto, lembro me dos escritos nas paredes do meu quarto, lembro me de ficar cega e de não conseguir ver as pessoas a não ser através das minhas mãos!
Quero renascer da soma do que já fiz, novamente!

Por vezes odeio o mar, o mar que te levou e que me deixou á beira da praia sem um unico adeus!Sem um unico Deus que nos valesse! 

Sinto que me proteges, que me ensinas, sinto-te em mim, os meus olhos enchem-se de água, a mesma água que um dia virá a saber-lhe a sangue, o declinio a que te sujeitas será pior do que o que lhes destes, lembras-te?! Protege-o! Não quero mais guerra!
É uma vida!
Que sinta o sabor do sangue, mas não a sangrenta pária! Pára com a justiça que por vezes a mim me parece vingança, o tumulto no peito teima em não o deixar, incorpora-o e mostra lhe o caminho da verdade do seu interior, do seu valor! Que se redima na sua existência! Que renasça da soma do que já fez! este rion ascara!
Faz dele um rochedo, o mesmo rochedo onde um dia eu voltarei a ir! Faz dele uma fortaleza! Um nenúfar na sua mais simples beleza! 

est estiró undes vare



É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Trauma!

Interrrompo este blog para falar de algo que eu busco incessantemente investigar! A razão pela qual algumas pessoas vivem traumatizadas, tenho por hábito investigar até á exaustão as causas, as minhas e muitas vezes as dos outros. Muitos dos nossos traumas estão relacionados com o Amor.
O meu foi esse.

Conheci uma pessoa bastante agressiva consigo própria e só hoje consegui deslindar o porquê.
Passo a explicar
Nós, humanos não lidamos bem com a rejeição e por vezes temos tendência a culpar os outros pelo nosso sofrimento, isso acontece quando generalizamos todos por um e não pode ser, porque as pessoas são todas diferentes e os tempos mudam, algumas pessoas ficam e algumas pessoas ficam na nossa memória e por vezes isso magoa.
Quando isso acontece, a melhor solução passa por admitir as nossas falhas e tentar descobrir a razão pela qual não conseguimos lidar bem com isso, pensamos sempre no porquê, pensamos sempre no que teremos feito para merecer tal sorte, pensamos sempre no que eu fiz e no que poderiamos ter feito para que as coisas resultassem.
Muitas das vezes deixamos de acreditar em nós e nas pessoas que podem fazer alguma diferença na nossa vida e aí entra o medo. O medo de não conseguirmos atingir a mesma plenitude de outrora e quando acontece temos tendência a culpabilizar quem está connosco, temos tendência a comparar as pessoas umas ás outras e isso não pode acontecer. Queremos morrer muitas vezes, perdemos o nosso amor próprio, porque estamos tão ocupados com os nossos pensamentos duvidosos em relação á nossa felicidade que nos fechamos e não temos coragem de mudar isso, ou seja voltar a acreditar, mas essencialmente voltar a acreditar em nós e sermos íntegros naquilo que sentimos. Falo na coragem muitas vezes de nos abrirmos connosco.
Falo sozinha muitas vezes, faço perguntas a mim própria e assim resolvo muitas das minhas dificuldades em perceber a razão pela qual tenho determinadas atitudes. Chama-se auto terapia.

Aprendi a perdoar, aprendi a não culpabilizar os outros pela minha infelicidade e aceitar a realidade como ela é e a mudar me cada dia que passa para ser uma pessoa melhor sem medos de enfrentar a vida e os outros e assim ser feliz comigo, porque se eu não for feliz comigo e não ser uma mulher bem resolvida nunca vou conseguir atingir a minha plenitude e nunca vou conseguir fazer os outros felizes.

Esta pessoa de que vos falo viveu um grande Amor, viveu o companheirismo diário, viveu alegrias, tristezas e quando a outra pessoa se foi embora a que ficou não resistiu á dor e fechou-se sobre si mesmo.
Deixou de acreditar, deixou de viver, é como se tivesse morrido para a vida, mesmo não tendo morrido continua moribundo porque continua a viver o passado, está de luto e deprimido e assim refugia-se nos seus pensamentos, nas suas paranoias, na bebida, na conveniência do próximo, não é honesto consigo mesmo e por isso o sofrimento continua, porque não se abre, não sai cá pra fora, não sorri, não tem força para viver, não tem coragem para admitir que sofre em silêncio. Passa a ser uma pessoa egoísta, passa a ser uma pessoa triste abandonada e a paranoia resiste porque a cabeça não para de pensar no que fazer para tirar a dor que tem dentro.

Este trauma só é resolvido na sua essência quando o individuo tem plena consciência do problema e aos poucos tem de procurar dentro de si as respostas para se sentir bem, livre de constrangimentos, abrir-se e deixar se ajudar.

Enquanto isso não acontecer por si, não há ninguém que consiga ajudar outra se ela não admitir as suas falhas e não se ajudar a si mesma.
É como a droga, enquanto não houver coragem para admitir que temos um problema, nunca o mesmo será resolvido, porque não existe vontade, não existe sequer consciência, não existe força, não existe querer.

Onde se vai buscar esse querer?! Voltar a acreditar que é possivel mudar de vida, mudar habitos por exemplo, aproveitar o dia, ganhar animo, trabalhar o interior, analizar nos todos os dias, viver a natureza por exemplo, andar nú, olhar nos no espelho e gostar de nos vermos, agradecer todos os dias pela batalha das 24 horas que temos pela frente, sermos fortes e acreditar que vencemos mais uma guerra.

A todos os que já passaram por isto, incluindo eu própria, quero só deixar escrito que é possivel voltar a sorrir apartir do momento em que o nosso coração deixou de estar apertadinho, pequenino e passou a ser grandioso.

Tal como Ali Babá e os quarenta ladrões abriam a gruta dos espolios, eu digo, Abre te Coração.




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Acreditem ou não...


todas as personagens são ficticias e tudo o que foi escrito nunca existiu...

foram apenas escritos...estórias...fantasias...desabafos...afirmações...sentimentos...conflitos...vida...

sei que sou quem eu quero ser...

agradeço a todos os que de longe e de perto me acompanharam nesta louca viagem...

percebi que afinal houve quem se interessasse por coisas que não interessam a ninguém...

este blog termina tal como começou

http://coisasquenainteressamaninguem.blogspot.pt/2011/11/sistem-under-locked-can-awake-supremes.html

domingo, 2 de dezembro de 2012

Não!

Ana...acorda...
Ana...que fazes?

Não!
Deixa-me sonhar!
Deixa-me viver as minhas fantasias porque para mim elas são verdade!
Não quero mais saber da realidade!
Não!

Tenho uma vida dentro de mim...minha!

Não entendes a minha obscuridade...
As minhas depressões...
O meu lado negro...
As minhas incorporações...

Não me acordes...deixa-me sonhar...por favor!










sábado, 1 de dezembro de 2012

Reflexo...

Como é que eu consigo escrever tanta mentira?!
Camuflo as minhas feridas na luz do infinito que não existe.
O meu outro eu teima em querer continuar o massacre.
Doi-me o coração.

Sinto-me uma vergonha.

Sou uma lirica...
Uma inconstante!

Isto é poesia...
Isto é alquimia...







Contem-me histórias...

Acordo em ti todas as manhãs.
Amanhã é apenas um dia diferente.
Em que te coloco na mais intima personagem.
Eu vivo de ilusões e agora escrevo sem rede de sustento.



No dia seguinte eu serei...a a ultima que não estarei ao teu lado.


Não quero mais sentir a mesma aflição
Não é mais carne para canhão

Não tenho por hàbito..

Passo por ti, arrogantemente e te digo que não existo mais na tua vida sem tu dares conta
Não tenho mais forças para compensar as minhas falhas


Puta de vida

Não quero
Não preciso
Não desejo


E depois de amanhã eu serei...a mesma sem tu teres conhecimento dos meus proprósitos

Nunca mais!







quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Excerto do livro: Diário em Carbono Liquido por Agnes Gonzalez


Excerto do livro: Diário em Carbono Liquido por Agnes Gonzalez

Livro dedicado a todas as pessoas que tenham passado por relações sejam elas que tipo forem, que se possam rever neste diálogo que é nada mais nada menos que uma confusão de sentimentos.
Tenho consciência de que a vida não é um mar de rosas e que nem sempre fui o que era idealizado pelos outros, no entanto quero só deixar esclarecido de que não somos vítimas de nada, a não ser das nossas próprias acções, uma vez que as mesmas dependem exclusivamente da nossa capacidade de auto-reflexão e do nosso auto conhecimento.

Deixo o apelo a tod@s os que alguma vez se deixaram envolver demasiado, aos que dependem dos seus companheir@s, essencialmente a nivel emocional e de todas as outras formas, aos que têm pouca auto-estima e aos que que têm medo de abrir o seu coração com medo do que possam vir a sofrer!
Amar nunca é demais, desde que se consiga entender a razão da nossa fragilidade!

Este texto foi publicado anteriormente, mas foi removido, volto a publicá-lo, pensei que o tivesse perdido embora o mesmo não se encontre completo, quero agradecer a quem o guardou junto da sua memória... desde já o meu obrigado do fundo do coração.

                        Quando não se tem nada a perder, a coragem torna-se um dever!

                                       
-Opá, mas tu tás te a passar ou quê?? 
-Quem!?!Eu?!Granda lata!
-Sim, realmente, até parece que nunca as flores secaram por falta de lágrimas? -E tu tás a dizer que eu nunca chorei só para as poder ver secas?! Pois, lamento informar-me, mas todas as gotas que me caíram da face foram em prol de que o luar nunca as deixasse de iluminar, para poderem ter luz e se alimentarem!
-Sim, mas isso não implica que tenhas quebrado o basalto que ocupava o meu coração, disse-te tudo de mim, nunca o fiz! Só depois percebi que em vez de me colocares a mão no ombro e dissesses: ”Pra quê isso? Sabes que sem se tentar, nunca se sabe o que se alcança! Tenta” e sabes porquê? Porque as minhas palavras não são certas e ouvindo as dizer por outro alguém, parece que soam melhor! Antagonicamente, como já verifiquei, conseguiste inverter o sentido amoroso! O que é para ti o Amor? Foi sempre uma pergunta a qual fugiste!
-Opá, não tenho paciência para essas merdas das definições, o que interessa é o que se faz para que se fluía, seja coordenado, fácil! Não quero saber, nem te vou responder, porque isso irrita-me, polui-me, atrapalha-me, revolta-me! Não tenho confiança em ti, não sei se daqui a bocado estás numa de atrair boa sorte, se queres é se destrua o que há! Não captas! Mas sempre…não dá! É triste saber que afinal tudo não passou de um engodo! E eu fui enganado, porque pensei que se pudesse fazer coisas e no fundo o que se supunha era um desatino constante! Não tenho paciência para discutir se fizeste bem ou errado, porque já nada me surpreende, é me indiferente, desde que não comeces com aquelas tretas dos discursos tão típicos teus de que é assim, porque é assim e nada mais existe! Tu existes, os outros, não! E como se ainda não bastasse nada te teve, não tive aquela sensação de ser livre, de poder contar com o teu tempo, com a tua vontade, eu não existo também, odeio o quanto me fazes sentir como um prego que já está torto espetado na madeira e que por muito mais que batas ele nunca se endireita! Acabou-se o tempo em que acreditei que seria possível caminhar num túnel e antes de chegar ao fim já o tenho iluminado! Quero que me deixes funcionar com o que pretendo, violas-me os pensamentos! Entras e queres que esteja disponível para tudo! Arghhhh! Eu não tenho nada que fazer isso! O que é isso?! Pareces um daqueles insectos que giram á volta das lâmpadas! Sabes? Giram tanto á volta daquilo, mas tanto, tanto! Não param de girar e giram e giram, mas se derem um giro mesmo ao centro da lâmpada com mais violência dai a umas horas giram mas é “kapute”! Tu andas sempre a girar, tens medo de dares cos cornos e marares! E não pensas…ou secalhar isso também já deve ser assim um esforço maior, não?! É tudo uma merda, irritas-me com a obrigação de ser eu a fazer, não suporto essa ideia de ser levado para ser amarrado, ali, sem me mexer, á espera de que me caia um saco cheio de dinheiro! E mais! Caguei, não prestas, não quero que me vejas como se fosse um descobridor de lucros, porque daqui não levas nada, tudo tem de ser alí á risca, tudo contado até ao último cêntimo, níquel, euro por euro, hora por hora, porque eu  quero que percebas que não ando aqui a brincar, caralho! Eu não vou mais levar com isso! Tu não és nada! Tu não queres nada e eu odeio quem não quer nada, ou parece não querer, porque eu muitas vezes já duvido que queiras mexer em qualquer coisa! Arghhh!! Pá, o tempo em que era tudo bonito já não existe, nada me prende e tu vais continuar nessa ilusão de que tudo não passou de um mal entendido, porque não era aquilo que tavas a dizer, mas porque era aquilo que tavas a fazer! És uma autista! Inconsciente! Tentas sempre dar o que tens, mas também tens o quê?! Nada!!  Fazes-te  passar por uma pessoa que afinal não és nada do que pensas! É para eles verem, só! Não é por isso que te vão dizer que sim a tudo! Não tens noção de que o espaço do teu mundo é diferente do espaço dos outros! Não te dás conta de que há mais coisas que se podem fazer e mesmo que houvessem andavas a ver “quem” ou o “quê” é que te podia dizer se tava certo, só porque não sei o quê! (.,.)
(…)
-Dás- te conta de que me dás as armas todas!? Já sei que por muito mais que diga, falta sempre qualquer coisa! Sou uma verdadeira inútil, sim senhora, foi sempre o que eu mais queria e tu conseguiste fazê-lo! É por isso que eu gosto de ti, sim, porque eu não posso viver sem os teus conselhos! Eu desrespeitei-te sempre, não foi? Consegui  igualmente um outro meu triunfo, que era ser uma verdadeira chata, perseguidora, fogo, estou mesmo feliz, só não queria que pensasses que era de propósito, mas tu consegues sempre descobrir os enredos e os problemas, encontras soluções ao virar da esquina, em cima do balcão, a vasculhar contentores, até podem estar vazios, mas tu vais lá na mesma só para te certificares que nas paredes ainda pode estar algum pacote de acúçar para te curar essa azia permanente, estúpida e sem sentido que fazes questão  em por ao de cima, sem que alguém te tenha dito nada de agressivo ou de querer mostrar alguma consideração pela tua pessoa! Dói-me o coração! Não imaginas o sofrimento que me assola desde que me deixaste, tenho pena de não te conseguir fazer sentir o alivio que eu tive quando aprendi que afinal aquela pessoa que tanto condena manifestações de carácter corrosivo, que me alertou para o facto de eu ter outras pessoas  de me estarem a reprimir, me está a fazer o mesmo, que quem acredita na partilha de conhecimento, de trocas de afecto, compreensão, de apoio, de entre-ajuda, como casal, sim, tinha essa ideia! (Nunca quis que fizéssemos isso sozinhos, sozinhos a partilha seria mais a roda de uma roleta!) Essa pessoa que acredita no funcionamento de uma comunidade, de igualdade principalmente, justiça e clareza de discurso, vem por um outro lado atingir o meu lado mais sensível! Quando digo que dei tudo, digo que pensei que podia confiar em ti também, mas afinal tudo o que eu fiz! Será que fiz?!? Pá, diz-me lá, lembraste de eu ter feito alguma coisa, sozinha ou contigo em que elogiaste de coração o que se repartiu, ou melhor o que era comum!?  Lembro-me, eu, em tempos que já lá vão e que eu gostava que voltassem, que voltassem a ser como eram!! Preciso tanto de ti, meu amor, preciso tanto do teu carinho, da tua força, do teu carácter vincado e essa personalidade tão invulgar que faz com eu continue a achar que temos coisas em comum, temos imensas coisas em comum, só não temos em comum é o sentido de amor e principalmente o mesmo sentido de respeito, essencialmente, já que falas tanto em respeito e eu que não sou uma pessoa objectiva, antes pelo contrário eu sou um monstro das situações indesejadas, das merdas por resolver! Bem, sou feliz ao teu lado, quero ficar contigo, sabes disso! O problema é que tu pensas que eu tenho medo! Eu não tenho medo! Que fique aqui bem assente, escrito até, para a posteridade do nosso futuro, que eu gostava que fosse: juntos! Espero que sim! Quero-te dar carinho, parvo! Pra quê tanta revolta? Tanta agressão verbal?! Logo pra mim, só podes estar a gozar, alimentaste-te das minhas fraquezas para agora jogares e brincares com a minha vida ao ponto der eu achar que estava louca?! Não!! Nem penses! Nunca, mais! Fique dito da minha parte que: eu não tenho mais nada a perder, mas também não tenho mais nada a ganhar, o que vier por bem, entra e sai por  bem, sempre! Integra! SOU e com muito gosto, há quem não goste que eu seja assim, mas eu não consigo evitar, não é defeito, é feitio e contra isso eu não posso ir! Mais, perdi o medo! Agora, fica comigo, não achas que já chega desta merda? Vê só se da próxima não sejas tão sisudo no teu discurso, por favor, eu não faço nada para que isso aconteça, sempre fui cordial para contigo, não tenho por hábito pagar na mesma moeda, mas se o problema for esse eu prefiro pagar com raios de escória e se calhar há quem não vá gostar e meter finalmente a mão na consciência nos sentido de: “pá, eu não preciso fazer isto, faço isto porquê?” “Sou assim tão exigente para quê, o mundo vai acabar amanhã?” Bem, não interessa também a minha opinião, eu não sou nada, não é?! Sou feliz por ser nada, assim já posso mudar o meu nome no meu próximo cartão de identidade!  Nós nunca nos vamos entender, eu já percebi, porque tu não queres, sabes! Não necessitas de ser assim, vais a correr para outros braços assim que puderes, quem tanto amou e quem tinha tantos planos! Desperdiças tudo o que construímos em nome de uma ameaça fantasma! És exímio em conquistar quando te convém, para quem desdenha, porque não serve, paradinho,  coisa mais sem sal, era como se fosse um saco de batatas e tinha se de tocar de mansinho porque os grelos podiam magoar as costas, afinal agora já serve! Do mal ao menos: divide-se a sarna! Bom proveito! Até agradeço, porque assim angariasse mais uma testemunha de jeová! Muito bem, já dizia a minha avó:” É nas costas dos outros que eu vejo as minhas” Aproveitaste as minhas ilusões e as minhas inseguranças, atiras me á cara a quantidade de insultos que categoricamente, se não me falhasse a memoria, até a ordem eu os poderia enumerar por género, quantidade e qualidade! Bem, tou só a dar a minha opinião, não quero que leves a mal, mas essa rivalidade, essa competição, esse abre olhos de que tu tanto falas, chegou e sinceramente eu não gostava de estar na pele de quem o criou, o mundo é pequeno e tão sujo, tão sujo, tão podre, tão doentio, tanta moléstia, tão esgoto, tão nada! Olha, somos irmãos! Eu e o mundo! Por muito mais que me custe a admitir, este sofrimento atroz, esta pedra dura que deixou a carne consumir, tornou-se mortal, conseguiste o fazer muito bem, acreditei sempre até á ultima na tua palavra, nunca duvidei das tuas capacidades, mas mesmo assim, não fui compreendida, fui enganada, traída, porque é uma traição maior fazer o que tens feito onde continuo acreditar que não és assim mas ok…E que tal provares só um pouco do teu veneno?! Este diamante a quem dera muita gente poder ter ao seu redor irá demorar algum tempo a recuperar a coragem, mas como o que é de extremos se atrai e eu sou excessivamente perfeccionista, prefiro ficar em silencio a partir de agora e deixar correr o destino! Sabes porquê? Porque o azeite não se mistura com água…

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sou...

Lamento todas as horas desperdiçadas em prol do teu mundo mortal.
A vida não foi feita para amar, mas sim para sofrer.
Não permito que ninguém me conceda a tua liberdade.
Sou escrav@ da minha vontade

No meio do breu, sinto os teus dentes cravarem-se-me na pele como de uma armadilha se tratasse.

Serei eu a tua presa?

O sol brilha...longe...muito longe da minha gélida gruta!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Declaração de Amor

Como é bom namorar!
Lembro-me da última vez que namorei, foi há muitos anos atrás!

Tive apenas três homens na minha vida por quem posso dizer que me enamorei verdadeiramente.
Nunca fui muito feliz no amor, era demasiado obsessiva, mas sei lá...acredito pouco no karma,  muito menos na reencarnação no entanto sei que tudo se paga neste mundo, mas não sou mulher de muita fé.
Dos homens que verdadeiramente amei, dois morreram, o primeiro, dono de uns hipnotizantes olhos verde mar e de uma voz forte, na minha adolescência, o segundo era o meu pai que apesar de ser extremamente calado, cada vez que falava, lançava de uma só rajada, palavras que me deixavam a pensar durante horas, faleceu dois meses antes da minha filha nascer, há seis anos.
O terceiro...por quem tenho muita estima acima de tudo, homem de personalidade forte, espero que seja verdadeiramente feliz, que consiga amar em toda a sua essência, que viva por muitos anos...e que namore...
Admito que nunca lidei bem com a perda e tenho um mau perder de fugir...também só damos valor ás pessoas quando realmente percebemos que as perdemos.

Mas estava a contar...que tenho saudades de namorar, amo todos os dias, mas namorar...

porque me fazes sorrir.
quando me olhas nos olhos, me dás a mão e passeamos pelos jardins ao pôr do sol.
na surpresa do aconchego de uma flor.
porque sei que posso chorar no teu ombro e que me enxugas as lágrimas com beijos.
quando depois de uma discussão violenta me sussurras ao ouvido: "Que vamos fazer logo à noite?"
quando me dizes olá de manhã e me envolves no teu corpo num abraço fraterno.
porque discordas comigo, mas somos amigos sem julgamentos,
por me deixares ser eu.
quando me atiras pedaços de doce e nos unimos na disputa de quem vai conseguir ficar mais sujo.
em sermos adultos, mas conscientes da nossa meninice.
quando saímos à rua...e de repente me puxas por um braço e nos amamos em cada esquina.
na estupidez que é o Amor, no ridículo em que caímos e não nos importarmos nada com isso.
quando me lês a mente, no murmúrio do silêncio.
no valor das minhas mãos, dos meus pensamentos, nas horas em que estamos sozinhos...
na mudança que fizeste na tua vida para acompanhar a minha.
Amo-te porque amas primeiro a minha rebelde cria e só depois a mim.
Amo-te porque me Amas, só porque sim!