Lembram-me o mar revoltoso em ondas que me acalentam,
Palavras cantadas... sussurradas em ardentes obscenidades,
Musicas absorvidas... como se fossem verdades
As tuas mãos, que percorrem o meu corpo na mais terna caricia,
O interior que me queima numa infame delicia,
Movimento atroz que me enfeitiça a alma,
Salva-me por dentro numa tarde de calma
Madrugadas quentes de Inverno, onde o suor nos detêm,
No íntimo sentido de quem nada quer ter,
Pertença única num sentimento supremo que nos faz sofrer
O teu sorriso... tímido, de quem não admite o que quer,
Eleva-me em jangadas sórdidas de encantar, apaixonas-me,
Como se o sagrado e o profano deixassem de ali estar...
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