sábado, 8 de setembro de 2012

Nostalgia



As tribos existem ou são as pessoas que as criam. acho que são as pessoas que as criam.
O ser humano tem sempre tendência a criar tudo, fogo...que seca, não sobra nada pra mim!

Eu só crio confusões na minha cabeça e um vazio incrivel aqui dentro quando tenho pensamentos deteriorados.

E eu até consigo ter uma cabeça limpa.

Tenho tanta pena de tanta coisa, paternalismos á parte em que dizem que é sentimento cristão, eu, na verdade, não acho nada, acho até um sentimento nobre, como a tolerância, a paciência, a compreenção, o amor verdadeiro.
Acho que não se ganha nada em sermos gananciosos, egoístas e por aí fora uns com os outros...ah, sim, mas não acreditem em nada disto, eu sou uma hipocríta, falsa, mentirosa e mais uma quantidade de coisas boas destas!!

Mas sim, continuando...

"O amor não existe, Mãe!" - disse eu há dias, "Isso não existe."

Deixei de acreditar nisso, realmente, já acreditava pouco, agora deixei de conseguir mesmo sentir o que é.
E não gosto nada, Gostava mais de saber que aquelas estrelas me continuariam a iluminar na noite mais feliz e incrivel, mesmo aquelas noites que já consideramos banais, aquela mudou a minha vida, a minha cabeça e o meu interior.
A areia fundia-se nos meus pés, ouvindo o tremor contínuo do urro devorador que consumiu o meu suor.

Quando soube que não era o meu destino, percebi que aquela tribo não era a minha, afinal de contas eu nem sei nadar e recordo me que naquela praia, ninguém tomou banho...


terça-feira, 10 de julho de 2012

Adora venceu...

Adora move-se entre o monte de cardos que envolvem o abismo das escarpas do precipicio e os espinhos aguçados roçam-se na sua pele como veludo.
Astuta, persegue Nestor, o medroso que se tenta esconder por entre o monte de picos procurando um refugio de modo a escapar á sua predadora
Ouve-se um trovão e o relampago que o precede ilumina a noite que deixa reluzir as escamas esverdeadas do reptil, o roedor esconde-se numa toca humida onde se ouvem gritos sofredores.
Encurralado e assustado, não tendo mais por onde fugir tenta chegar ao fundo dos tuneis escuros e sombrios.
Escava sofregamente a fim de poder ver a luz do luar e tentando chegar ao final do esconderijo ouvem-se com mais intensidade os loucos barulhos que o ensurdecem e que o poêm cada vez mais insano e desesperado por um lugar seguro.
Cá fora a serpente sorri e entra no mesmo buraco silenciosamente, enleia-se por entre os tuneis de caminhos dispersos e incógnitos.
Adora persegue-o, sibilando na esperança de poder localizar Nestor.
Este chega entretanto a uma das bifurcações e elege a sua esquerda para prosseguir, encontra-se cada vez mais surdo e a respiração começa a tornar-se fraca, quase sem forças para prosseguir, prefere ficar imovel, em silêncio a fim de poder discernir o barulho da esquiva serpente dos barulhos que assolam a toca onde se esgueirou. O coração bate depressa, a escuridão amedrontra-o.
Adora prossegue a sua saga em prol da presa, por sua vez confiante da sua força e perseverança continua o seu caminho, os gritos não a demovem e a sua astucia fá-la percorrer a toca em todas as direcções.
Parou entretanto a fim de tentar perceber através da sua fria visão a localização do mamifero, avança devagar sem um único som que a denuncie.
Nisto ao longe ouve-se um grito, é Sontura, o corvo que por entre as nuvens negras tem vindo a assistir a todo este enredo, voa em circulos, na expectativa de os localizar, mas a sua espera é em vão e volta a crucitar a fim de poder ter uma resposta de volta.
Dentro da toca, o silêncio reina por momentos como se de um sepulcro se tratasse, Nestor ouve as batidas do seu coração medroso e Adora finge que não se mexe, continuando a sua busca.
Os sons recomeçam e Nestor assustado, corre... corre tão rapidamente que não consegue perceber para que lado se dirige, os barulhos tornam-se cada vez mais altos, mais fortes, mais loucos, o desespero e o medo do falhanço percorrem o corpo de Nestor que não sabe o que fazer, Adora com ar triunfante deslumbra-se pois avista em sombras a sua presa e avança velozmente na sua captura.
O fim aproxima-se, Nestor está condenado, o encontro está próximo e sabe que irá morrer, entra rapidamente numa camara onde os sons são reais, cego como uma toupeira, assusta-se e volta pra trás na eminência atroz de se encontrar com Adora que percorre os corredores como uma seta pois o seu olfacto não a engana.
Sontura assiste a tudo, paciente e em circulos, sabe que de uma maneira ou de outra o fim há de chegar.
Nestor pára amendrontado e tenta seguir o seu instinto a fim de perceber o final que se lhe reserva, nem ele nem Adora se dão conta da observação eminente da ave que os rodeia e que com uma calma aparente se aproxima cada vez mais.
Nestor volta a correr depois de ter recuperado as forças, Adora como que fortalecida volta á carga e desta vez sem precedentes e sem querer saber, rapidamente o encurrala numa saída. Nestor apercebe-se do seu fim e dá-se como vencido, no local onde os gritos o ensurdecem e sem forças mais para se mexer, tende a deixar-se cair no que sente ser um abismo, Adora avança pois sabe que venceu e abre as mandibulas para sentir a carne fresca e tenra que vai engolir duma vez só.
Sem se dar conta, Adora é agora a presa da ave de rapina que esperava pacientemente por este momento. Nestor estupefacto e assurdido da sua sobrevivência dá-se conta que foi salvo pela benevolência de Sontura, pois a saída do tunel do abismo onde se escondeu era afinal o ninho das suas crias.

sábado, 30 de junho de 2012

Encruzilhada

Não percebo porque tenho as marcas na parede onde se instiga o facto de acreditar que existem universos paralelos e intemporais.

O teatro organiza-se num vão de escada, os subditos desviam o olhar como se de uma doença se tratasse.
Ninguém quer saber a razão pela qual o lixo se acumula nas veredas da Inquisição.

O carrasco assume-se como triunfante, mas na altura ela deixa cair a máscara e o fio da navalha deixou de cortar.

Deixaram os outros de rezar pela ofendida que afinal não cede um milimetro.

Quando chegam os lacaios para levar os restos, eleva-se uma fronteira de fumo e enxofre onde todos se agoniam com o cheiro a morte.

A fogueira acendeu-se mas a carne não arde. Ficam estupefactos ao verem que a madeira cedeu, mas o espirito, não.

Admiram-se de não conseguirem chegar ao topo da macabra vista e o odor fétido prolonga-se pela aldeia.

- Viram?! - gritam as viúvas!

Ao longe, avistam a Morte cheia de dúvidas em levar aquela escória que nem para acendalha serve.
Não arde, não queima, não vive. Não serve.

Estabelece-se um acordo visual entre os presentes e a maléfica sorte. Longe estão eles de perceber a vontade que Daskum tem de se unir á terra.

Nisto, o fogo deixa de arder e a terra treme, um misto de violência inóspita assola o que os rodeia, o cheiro a podre não termina antes de visualizarem um enorme buraco para onde o fogo se muda e se mistura com a essência terrena.

Que poder invencivel os une, mas que os separa.

Não desistem do conflito, descartam a possibilidade de nunca se unirem em prol de um mal menor, avistam-se abutres em torno da enorme cratera que exala fumo negro, os olhos cegam, as vozes deixaram de se ouvir, o único sentimento que se lhes vem á cabeça é a raiva, o unico poder que os move.

Os gritos ouvem-se ao longe, onde se avista uma multidão desesperada de fome. Como cavalos em batalha, destroem tudo o que encontram pela frente, nisto a terra treme de novo, um rodopio de labaredas surge e rodeia-os de modo a que não consigam sair.

Agonia, sofrimento, escárnio eloquente de quem nunca viu mais nada a não ser o desejo de destruir.
São eles os destruídos, os cegos que não conseguiram chegar ao topo de si próprios.

O sangue mancha a vingança frivola que domina o que não se sente, asco, nojo, desordem, caos.

A força não sai em retirada, não se rendem...nunca, rendiçao nunca.

Reina o desprezo não assumido, desvia-se o que se move, mas no fim dependem de si mesmos, não é possivel que se matem porque já se encontram mortos, no entanto vivem em função do que os alimenta. A maquina continua a sua matança.

Pestum retira-se nos seus aposentos, olha pela janela do seu interior e define que só com aquele pensamento fez da sua força a sua fraqueza, outrora como hoje, sabe que a esperança vence sempre desde que consiga voltar a lutar.

Envolvem-se em confronto novamente e desta vez o que os une, separa os fortemente.

Idealizam a ostentação de serem únicos o que os fortalece ainda mais na pertença um do outro, controlam se, dependem do infortunio e é com isso que alimentam o que os faz odiar o que os rodeia.

Abrem tunéis na memoria comum, apegam-se ao destino que os mantem firmes nas suas vidas.

A cratera continua aberta e desta vez o fogo arde em consequência da terra se ter movido novamente no sentido de o fazer deixar imolar se, crescem desejos de poder novamente, os braços fortes lamentam, mas o tronco levanta.

Crescem em direcção ao sol...sentem que se misturam, o cataclismo começa, a destruição é inevitável, o pó é agora vermelho, a arida paisagem avança, o choque de titãs...

Baixaram a guarda, não existe mais nada para combater e nisto o carrasco e a condenada sobrevivem ao perceberam que afinal o tumulto nem sequer era com eles.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

E mais que houvesse!


Putrefacta sensação de obscuratismo hoje me assolou a memória de elefante que tenho!

Olhei me no espelho e consegui finalmente sorrir apenas pra que só eu decifrasse o enigma.

O cinismo, a furia de pegar num martelo e partir o que me dá mais gozo fazer...sofrer! O reflexo da tua existência!

Porcos se almejam dentro da sua propria furda porque no meio de tanta chafurdice nem eles sabem mais o que comer...mas comem...comem porque não sabem procurar mais o que os faz ter fome.
Digo eu, que não sou ninguém...pérolas de diamante...

Grito surdo que se me elevou as fontes, lá fora neste momento, os cães uivam, não sei porquê... ontem o galo cantou era meia noite...estranho!

Fico sem saber se a planta que cheirei me fermentou o poder da sorte ou se o banho de videira fez com que decifrasse a audacia de enfrentar o que não vivo.

Soube me bem voltar á tona da água como se fosse uma sereia numa encruzilhada marinha.

A terra mexeu-se e eu fui a única que senti?

O perfume que exalo é diferente do habitual, o suor parece-me mais fixo.

O fogueira disse que não tinha mais nada para arder, mas as brasas mantêm-se vivas, será que se soprar ao de longe ele vem ao de cima?!

Música para os meus ouvidos, dançariamos a noite toda ao som dos tambores como dois loucos á espera que amanhecessem os teus sonhos! Estremeço de ouvir tocar e apetece-me gritar os anos que passaram em que te conheci, lembraste?! Quando passavas por mim na tua bicicleta sem mãos no guiador?! E quando eu fui contra ti e enleámos as rodas uma na outra?!

Elevou-se-me o bastão da fortuna, mas a carta escolhida foi a morte...morte negra em que o luto demora a tirar, corroi-me a alma de saber que a luz é verde...entrei...e vi...

Foste cedo, nunca te esqueci...

Cascatas de serpentes astutas e perigosas, como eu era...

Ah, como era bom poder dormir num leito de centopeias...contigo...

E mais que houvesse, que eu vencia-as!

Eu vi e senti...ela mordeu-me...deu-me a vida que tu levaste...ainda hoje ando a descobrir a tua matéria...tive alturas em que me quis juntar a ti na mesma gaveta...

E o fogo?! Recordas-te das fogueiras onde queimámos as roupas?


Volta...era só isso que eu queria.

"levantar-me-ia do meu trapeço só para te ver dançar"

E eu dancei...dancei tanto que depois...nos tocámos nas grutas de platina... onde corria a água limpida e cristalina.


Fechámos os olhos...e o cosmos cedeu!

sábado, 23 de junho de 2012

Morte única!



Escrevo porque não tenho nada para dizer, escrevo para sentir o desespero, escrevo para nunca mais voltar atrás no tempo, escrevo porque assim esqueço o que me corroi, escrevo para dizer que nunca disse a palavra que te assola o espirito com tanta vontade como agora, escrevo para dizer que o extremo não me deixa partir do inicio mas sim me faz regressar ao fim! Quando as carpideiras tirarem os véus, não vai restar nada da cova onde te quiseste enterrar. Escrevo porque não me faz sentido! Os magos deliciam-se com o horroroso cheiro a morte que exala do teu corpo! E no fim, temos o que sempre quisemos...

Kaos unificado!




Kaos não existe, mas Anarquia sim! Se os deuses fossem humanos, eu não queria ser nenhum! Se as palavras não fazem sentido, as lágrimas não vão alterar nada! Se a vontade de ser não for suficiente, não existem casos concretos, se a mentira surge onde não tinha razão de ser, nada mais é preciso para que a chuva caia! E quem me dera que chovesse a potes num dia de sol e que o arco iris nunca mais voltasse, quem me dera que a árvore deixasse apodrecer as raízes para que nunca mais vivesse, quem me dera que o cosmo caísse para que eu nunca mais tivesse vontade de olhar as estrelas! Se o mundo fosse quadrado, eu queria ser uma roda para rodar até ao infinito que não tem razão! Sentir que as coisas mudam só porque se quer nem sempre é o suficiente, as cargas de alucinação são maiores do que a ilusão de se querer mudar o que nunca se teve! Amorfos casos de indecisão fazem com que as ideias nunca sejam reais, não tenho razão de ser, não posso ter mais do que não há, a vida vai continuar sem a saga do ópio, sou uma gota que inunda o inóspito mundo irreal que me rodeia, sou louca! Estou louca, louca de desejo de saber que um dia o azeite nunca foi puro e por nunca ter sido puro a sensação de vazio invade o sabor das tuas mãos.
Saber que o único ser que existe não é precioso ao ponto de se dar uma volta sobre a minha cintura, o cheiro do jardim, as flores que eu nunca pensei que nascessem, nasceram.
Existe o mito, existe a forma de saber que afinal os mitos são apenas ilusões dos medos dos humanos. Não quero ser humana, não desejo as flores que afinal nasceram, arranco as aos pedaços do meu íntimo devagar.
Vou rir de vontade de nunca ter tido uma forma de ser que não existe, vou ser uma fórmula química, vou ter uma ideia! Vou ser a ideia! A ideia de conquistar o que está perdido! O ser infinito, o que não há, o que não tenho!
Vou chorar de saber que as pedras que calco quando regresso ao lugar de repouso nunca vão chorar como eu! É mau admitir que se quer, é mau admitir que um dia a casa interior que se construiu era feita de palha, que inflama ao mais surto suspiro, suspiro que envolve as sequências matemáticas que eu nunca soube resolver. Não lamento um único dizer verdadeiro, não lamento saber que o etéreo nunca se tornou real, sonho com artes superiores, sonho com demolidoras investidas que me sugam o sangue de cada vez que me abro para que te escorra por entre os dedos o azul do céu! Como os teus olhos, como a tua voz, como a tua sede de vencer, como a tua fome de querer ser mais, de nunca tentar por um só momento o declínio da insatisfação aterrorizante com que me esforço por demonstrar que existo! Porque eu existo, existo noutro planeta, existo para separar o que é inseparável.
Quando se escreve, realiza-se e eu sou tal como tu, Kaos, irrealizável num plano paralelo do insustentável sentido de amar.

domingo, 25 de março de 2012

Um único e só poema


   
 Sairia do meu canto
Nas profundezas do mar também nadam
Para teu espanto
Uma vontade enorme de emergir
Agarram-me os cabelos
Não me deixam sair
Não vou reagir
Deixo o mundo com vontade de nascer
Dentro do teu ser
Inocente

Viajo por mil milhas
E não encontro a saída
Das profundezas do fogo
Também sai a tristeza

Nunca assumida
Reparto o nada
Obstinada

Vendi me ao Demónio
Numa noite escura
Numa teia de entulhos

Num silencio profundo
Saí derrotada
Da sorte malvada

Do medo do Mundo
Sentir o infortúnio
De falhar a desgraça
É tudo ou é nada




                                           Heterónimo
                                           Betty Wave

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulheres! "Excerto do livro: Diário em Carbono Liquido" Agnes Gonzalez

Excerto do livro:  Diário em Carbono Liquido

Agnes Gonzalez


Sofia gostava de Ana!
Tiveram juntas durante um ano, a relação de ambas começou a ser desesperante para Sofia quando descobriu que Ana lhe tinha mentido ao dizer que Filipa nunca se tinha encontrado com ela e feito amor.
Ana, por sua vez continuou a traí-la desmesuradamente e Sofia sempre o soube.
No dia em que tudo acaba literalmente, Filipa falou com Sofia e disse-lhe cinicamente que afinal tudo não tinha passado de um mal entendido.

- Preciso dizer-te que nunca me quis deixar seduzir por Ana!
- Nunca te quiseste deixar seduzir, mas conseguiste fazer com que ela deixasse de me amar, agora que me deixou correu para os teus braços, quando me disse sempre que não, que nunca o tinha feito, que nunca tinha estado contigo, que nunca o tinha querido, que não passavas de um engodo, que estava desiludida, que tinhas sido uma pedra no sapato dela, que nunca se sentiu atraída por ti, agora és o amor da vida dela, mas sabes eu não me importo porque um dia havemos de nos encontrar e falar disto cara a cara.
Sabes que mais: Odeio-te! Odeio-te porque afinal quem me traiu foste tu, que a seduziste quando ela menos queria! Digo-te, a partir de agora, és tu a puta, vai te ficar bem o gozo, principalmente quando te pedir que te deites e que te ateie o fogo como na inquisição, vais ser a escumalha de quem ela tanto gosta, o trapo que ela tanto sujou, comes tanta porcaria, mas sabes ao fim ao cabo, dou-me por contente! Sabes porquê? Porque afinal de contas eu continuo a ser uma pessoa integra e tu um bandalho que só serve porque não tem mais ninguém! E dizes que precisas de ti sóbria! Sobriedade é coisa que a mim não falta, Ana é minha, será minha até à eternidade!
Filipa, vais sofrer, foste escarnecida em dias de bom humor, foste conotada como a que não tem fundo, como desperdício, mas os desperdícios também são precisos, para limpar a merda dos outros e é isso que vais ser, a descarga da sua indignação, da sua raiva descoberta, do seu ódio pelo que aconteceu. Vai-me dar gozo saber que és um deposito e que nas mãos dela vais ser um brinquedo que está ali quando não tem mais ninguém! Agora és tudo, outrora não foste nada, o que nos rimos quando falava de ti, o que eu me ri quando soube que tu eras quem ela menos quis, apesar de tudo! Agora, divide-se entre nós, mas tu nunca foste a melhor! Tu não és nada! Tu não foste nada, foste um desatino, uma confusão e agora és aquilo que ela quer que sejas: Lixo!
Lixo que não se recicla, lixo que não serve para mais nada a não ser para lhe limpar as lágrimas que deita em prol de um amor desconhecido.
Aproveita, porque daí até podes ter uma doença, uma doença incurável, uma depressão atroz, um sofrimento digno de dó! Deixa-te ir, estou a adorar que se encontrem mais vezes do que as que tiveram juntas, Filipa, tenho pena de ti, pois aproveitaste-te das fraquezas de Ana para agora vires vitoriosa para cima de mim! Quem ri por ultimo, ri melhor! Vou adorar imaginar a revolução que irá ser, a forma horrorosa de como te vai tratar quando estiver farta de te ouvir os lamentos, vou adorar saber que desta vez eu não serei a única vitima de Ana! Ana é cruel, aproxima-se porque precisa, depois repudia! Vou adorar quando os carinhos íntimos se tornarem violentos! Ah, o que eu me ri quando me disse que não usavas tinteiros para imprimir as folhas onde escreves as tuas memorias, o que eu me ri quando percebi que afinal eras um escape ás suas frustações!
Vai, Filipa, vai, vou adorar imaginar a quantidade de vezes que te quiseres matar porque ela não te respondeu.
Adoro o desprezo que te dá! Adoro a forma como te trata quando não estás com ela! Vou adorar saber que afinal tu és apenas um buraco onde se descarrega o ódio que ela sente por mim! Vai, Filipa, vai e fica com ela, talvez se dêem bem!
Conheço um bom cangalheiro de almas, onde tu podes encomendar o sermão do enterro, porque tu para ela, não estás viva, nem nunca tiveste, foste morta em combate e ressuscitas apenas para ser mais um saco de boxe!

Filipa morreu ao tentar dizer-lhe olá no dia da chegada a casa
Sofia encontrou Marta e conseguiu seguir em frente
Ana ficou doente e hoje não se consegue mexer porque os seus ossos são pó, depende de tudo e de todos.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Inconsciências!!

Durante toda a minha vida sempre me dei maioritariamente com homens, era apelidada de maria rapaz, na minha infância.
Mesmo actualmente tenho mais amigos homens que mulheres.
Com o decorrer da evolução da minha vida, fui travando conhecimento com mulheres, mas mulheres de fibra, geralmente mais velhas e é disto que vos vou falar! Sempre gostei de falar com mulheres mais experientes, têm sempre algo a dizer!
Começo por agradecer aquelas que apenas conhecendo me em poucos minutos me disseram as verdades que eu nunca me quis aperceber.
Tenho uma amiga que fundou uma associação a quem agradeço o facto de me deixar participar desde já, nas varias actividades e através dela travei conhecimento com outras mulheres.
E agradeço o facto de no meio de uma conversa aparentemente normal, ninguém ter "reparado" num recolher de uma mão que indirectamente me queria silenciar.
No entanto gostava de começar com uma Mulher que numa só frase me disse tudo:" Há pessoas que já nascem velhas" e acreditem que fez me sentido, disse me mais coisas, mas acho que não vale a pena colocar em publico.
Não foi a única, não acredito em coincidências, mas elas existem.
Uns dias depois, mais precisamente ontem, Domingo, voltei a travar conhecimento com mais uma Mulher por intermédio de outra minha amiga de longa data que me disse:" Faz por ti, o resto virá por acréscimo!" mais uma vez fez me ver como é a vida em determinadas situações.
Neste momento estou feliz e triste, porque nem sempre consigo ver a realidade quando ela está ali diante dos meus olhos e devagarinho é que vou percebendo as encruzilhadas em que me meto, pa não variar.
Sempre fui uma aventureira, mas começo a ter medo de certas aventuras.
Estou mais alerta, mais forte, com pouca auto estima por enquanto, mas daqui a um mês isto já bomba bem, pelo menos sem julgamentos. Tenho apenas uma coisa a meu favor, nunca critiquei, nunca apontei o dedo e principalmente nunca julguei quem me julgou, se está certo ou errado, o tempo o dirá.
E mais leve!
Agradeço a todas as MULHERES que se cruzaram comigo nesta ultima semana que por aquela razão me fizeram ver algo de importante.

Jesus Roriz pelo carinho, preocupação e empreendorismo.
Maria João pela força que emana e pela garra.
Alexandra pelas boas ideias que me transmitiu
Á Rosario pelas verdades, que apesar de não me conhecer de lado nenhum me dá um arrepio na espinha de cada vez que me lembro das suas palavras.
À Teresa, que conheci ontem, pela sua certeza e experiência de vida.
À Mané que mesmo ébria tem sempre algo pa me dizer quando eu menos espero.
E á Isabel pelo afecto, pelo abraço e por me ter já desde algum tempo alertar dos possiveis infernos que poderiam acontecer na minha vida.


A todas elas, agradeço o terem me limpo as lágrimas quando eu mais precisei!!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Contradições!

Olá pessoal do meu coração!

Mais uma postagem e desde vez com alguma mágoa, mas com vontade de não voltar atrás!! Mais uma vez venho vos falar de coisas que não interessam que são: digam-me o que é??!

Relações!!! Para não variar!! O meu maior problema são as relações, as amorosas!! Principalmente quando não são compreendidas e posso vos dizer que eu não sou  muito exigente! Tenho uma amiga que uma vez me disse " És uma grande mulher, uma romântica!" No inicio, não entendi muito bem, também já eram horas tardias, mas depois cai em mim e percebi o que ela queria dizer! Sou uma idealista que acredita que dando o meu melhor as coisas se resolvem! É verdade, dou sempre o meu melhor, sou perfeccionista! Acredito que o amor cura, mesmo à distancia, que o amor resolve! Sou uma romântica, admito! Gosto de flores, gosto de palavras doces, gosto de um gesto carinhoso! Há meses atrás achava isto tudo uma lamechice pegada, uma desnecessidade brutal porque nunca tinha tido uma relação que me tivesse mostrado a outra face da realidade, mas como aprendo com os erros, acabo de sair de mais uma relação falhada, cheia de contradições e aprendi que sim, preciso de mimos, de carinho, de amor, amor verdadeiro, não os dos filmes em que foram felizes para sempre, mas de um amor que não me denigra mais o ego.

Gosto imenso de mim, adoro-me, se eu pudesse dar ao mundo o amor que tenho aqui dentro, viveríamos todos em anarquia.
Aqueles que não têm amor proprio dificilmente podem dar alguma coisa a alguém, seja o que for e isso aflige-me! Como é possivel que uma pessoa não goste dela propria, como é possivel que alguém viva assim! Depressão?! Negação?! Pois, eu acho que sim, há pessoas que vivem estados depressivos eternamente sem se darem conta disso e entram em negação quando são confrontadas com o óbvio!! E deixam de ser tolerantes com eles proprios e com os outros! Começo a ter pena deles, porque não são capazes de admitir que precisam, tornam-se duros e fecham se dentro da sua carapaça.
Normalmente essas pessoas têm tendencia a rebaixar os outros, a criticar quem está por perto! Isso demonstra que afinal que tem falta de auto estima, são vitimas das suas proprias contradições!

Neste momento dou tudo como perdido, mas nunca a minha vida, o meu bem estar é precioso, a minha sanidade mental uma prioridade e a minha felicidade uma forma de dizer que me amo.

Não sou egoista, nunca fui, todos os meus amigos o sabem, sempre tive pessoas ao meu lado porque sabem que eu sou extremamente dedicada.
Quando me avisam e quando me dizem as verdades eu aceito-as mesmo não concordando com elas, ás vezes entro em negação também para poder ser confortada e eles sabem disso, em vez de me acusarem de vitima e de me mandarem pra baixo, puxam me pra cima, dizendo: " Não és nada disso" eu sei que não sou, mas aquelas palavras soam me tão bem! Significa que se preocupam! São esses os verdadeiros amigos! Sou selectiva e cada vez mais começo a ser! Sou fraca em determinados momentos e é assim que desabafo, a escrever, mesmo que ninguém leia! Não quero saber, o que interessa é que cada dia que passa eu me sinto mais forte, mais humana, mais racional, mais dedicada, mais Mulher!

Há males que vêm por bem! Esta ruptura DEFINITIVA já me está a dar frutos, hoje levantei me cedo com o propósito de tratar de todas as coisas que tenho pendentes! Com mais força, parecia que tinha dormido mil anos. Fortaleço me todas as manhãs!!
Agradeço á natureza o facto de estar viva todos os dias, agradeço pelo Sol que me ilumina!

 Cada vez gosto mais de mim, porque sei que é com as feridas que vamos ficando mais resistentes. Eu resisto a muita coisa, tenho sido uma lutadora sozinha, tenho feito sempre as coisas por mim, pelos outros quando me pedem ajuda e quando dou, não vou reclamar o que dei!
Não sou hipócrita nem falsa! Sou teimosa e insegura e é com essas inseguranças que nem toda a gente sabe lidar, porque também são inseguros!

Peço desculpa a quem magoei, nunca tive intenções de ser malévola, não guardo rancor, não guardo ódio, apenas desejo a quem deixei a minha pura amizade se um dia precisar dela.

Porque eu vivo disso, da pureza de espirito, do amor que tudo constroi e destroi!

Não tenho mais palavras para descrever a angustia de não ter conseguido tornar as coisas melhores, fiz tudo o que estava ao meu alcance, dei de mim o que tinha e o que não tinha e mesmo assim o que tive em troca foi situações de medo, de violência interior, de subserviência quando o que eu mais queria era que olhassem pra mim e me dissessem "És especial"

Tenho esperança num dia melhor! Tenho esperança que um dia irei ser ainda mais feliz do que sou hoje.


Porque eu sou e sempre serei uma Guerreira e como tal, desistir de mim nunca foi um propósito, mas posso desistir dos outros em prol da minha dedicação nunca reconhecida.

Lamento a minha insensibilidade, o meu egoismo, mas terei de me fortalecer daqui por diante, choro lagrimas de contentamento porque no final quem se libertou fui eu de um tormento inconsciente onde eu julguei ser possivel trazer a bonança.

Sou Guerreira Urbana e nada me falta, porque enquanto eu tiver amor cá dentro serei sempre uma  vencedora!!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Rajada!!



Odeio esta merda de me darem como garantida!! Odeio, odeio e que me queiram fazer passar por ignorante!!  Intelectuaizinhos da tanga, falam bem, mas da vida não entendem nada!!

Pois, tá bem, não sei quê, pode ser, merdas do género!!  Merdas para agradar, ou então para nada!!
Tou farta desta merda, farta, farta, farta!! 

Anda tudo esquizofrénico e a maluca sou eu!!

Que uma pessoa tenha um problema, ou dois, ou três ou até mesmo quatro, inda vá, agora tantos e nem por isso se resolvem!!  Eu sou a rainha dos problemas!! Adoro preocupações e não me queiram ver virada do avesso porque aí é que tá tudo fodido!! 

Esta merda de se querer bem é um engodo do pior! E desculpem me lá se estou nervosa, isto não é nenhum ataque pessoal, é só uma insónia!! Amanhã passa, mas foda-se tanta gente com fome e eu sem dar de comer!!

Mete-me nojo certa gente ignorante, cavalos de batalha em terras helénicas, logo eu que odeio realezas, ainda por cima eu é que sou a culpada!! E a coitada!! Sou tudo!!  Era tudo!! 

Mas ardeu, ardeu a manta, ardeu o sofá e foda-se já queimei o lençol depois de uma discussão violenta sobre o sexo dos anjos!!

Se eu fosse hermafrodita era bem mais feliz!!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Um dia particularmente feliz!!

Hoje sinto me particularmente bonita e feliz!! Não imaginam a felicidade que trago dentro do meu coração ao dia de hoje! Hoje caiu mais uma das minhas ideias fúteis e descabidas por terra!! Desvaneci todas as fantasias e ilusões que idealizei erradamente! Em contacto com alguém real que teve a possibilidade de avaliar o meu estado interior foi de facto verdade tudo o que disse! Falar é preciso, fortalece-nos! Desabafar o que vem aqui de dentro, auto conhecer-nos todos os dias, faz com que tentemos melhorar as nossas vidas e as de quem nos rodeia e é isso que quero! Melhorar me a mim mesma para ser cada dia que passa, cada vez melhor para os outros e especialmente para mim!

E voltei a reaprender o que já sabia!

Familia!?! Familia não é o pai, a mãe, os irmãos, Familia são todos os que me querem bem e que até agora tenho recorrido e não me fecharam a porta!

Aos indiferentes apenas direi: Cá estarei para o que for preciso, serei a vossa Familia quando precisarem!

Sou uma sortuda, já me disseram, há quem diga virtuosa, mas não o diria, porque isso já sai fora dos meus parâmetros por enquanto!
As virtuosidades deixaram-me cega! Deixei o transe, o estado de choque, a cegueira de querer saber mais do que necessito saber, só me trouxe violações interiores! Não preciso mais disso, quero ser terrena, quero sentir o cheiro da terra, o calor do fogo e a paz do mar!

Revoltei-me!
Revoltei-me porque pensei que tinha sido mal interpretada!

Escrevo estas linhas a chorar de felicidade, a emotividade nunca me abandona, não consigo, por muito mais que queira e queria tanto que me abandonasse! Gostava de poder ser uma pedra por vezes, fria, insensível, determinada a rolar por aí abaixo!

Ter uma armadura frívola e fechar-me!

Poder dizer não!

Admiro quem o consegue, mas apoquenta-me saber que por detrás dessa armadura está uma solidão imensa, uma vontade de gritar ao Mundo: Deixa-me sair, de mostrar que existo!
Todos nós temos os nossos momentos de loucura, de desespero, de violência! Cabe-nos a nós próprios saber lidar com isso e eu estou a aprender da melhor maneira!

Tive um amigo que me disse um dia: “Na fraqueza dos outros vejo a minha força! Vampiros energéticos!” concluiu
É verdade, existem vampiros energéticos, todos nós já tivemos essa sensação!
Mas eu não quero ser um!

Eu quero ser feliz, ao lado de quem me quer bem, seja ele um grande amor, uma grande amizade, até mesmo algo que queira muito fazer! Prefiro uma amizade solida e construtiva do que um amor incompreendido!
E hoje estou feliz, estou feliz porque não tenho mais mazelas interiores, estou feliz porque sei que amanhã será um dia diferente, estou feliz porque tenho o coração cheio de transparência!
E essa transparência que conquistei hoje consiste na força do amor que me assola que é genuíno, um amor íntegro, que se revela devagar, que sei que existe, que me irá confortar quando eu menos esperar!
Não voltarei a inventar histórias, vou voltar a conquistar a minha vida, sozinha, convosco, com eles, contigo!
Tenho tempo, não tenho pressa, a pressa até hoje só me fez ter dissabores, mal entendidos, preocupações!
Estou feliz porque consegui mais uma vez tirar da minha cabeça as frivolidades que me preocupavam e que não vão voltar mais!

Estou feliz porque estou a conquistar-me aos poucos, estou feliz porque as palavras e as acções que tenho ouvido e sentido ao dia de hoje foram de extrema importância!
Grito ao Mundo: Obrigada por todos vós! Obrigada por terem estado sempre lá sem quererem nada em troca! Obrigada pela vossa paciência, pela vossa generosidade, pelo vossa sapiência, pela vossa compreensão, pelas parcas palavras que não foram em vão!
E hoje especialmente abraçava-vos se conseguisse, a todos!
Um abraço, um abraço sem dizer uma única palavra, porque as palavras nem sempre são precisas, o silêncio reina e a paz assume-se, tudo o que achávamos importante dizer, não é preciso!


 

E a ti, especialmente, um abraço teu, seria a força que tanto procuro, a ti especialmente! E esse abraço seria a celebração da minha conquista ao dia de hoje, mas não te disse!
Apetecia-me partilhar contigo a minha felicidade, de celebrar a força com que consegui ser transparente para mim mesma! Mas temos tempo, temos todo o tempo do mundo! Dizes que me esqueço facilmente das coisas, não esqueço, lembro-me como se fosse hoje na nossa primeira noite de amor em que sussurraste ao meu ouvido que se pudesses ficavas comigo até sermos velhinhos, pois eu não quero ser velhinha! Quero viver o ouro da minha existência, quero saber que vivo sem ti, já entendi que a liberdade conquista-se! Desculpa-me se te tentei afastar, os sentimentos nem sempre são bem entendidos! Vou deixar de dizer as palavras que tanto dizes que não fazem sentido e vou agir mais para mostrar que tenho garra, a garra que nunca perdi e hoje, sinto-me forte como uma muralha, sinto-me tão forte que choro de felicidade ao escrever estas linhas, porque tu também choras! Tu também choras a saudade de nos reencontrarmo-nos! Temos tempo! Quanto mais tempo passar mais intenso vai ser o silêncio do nosso abraço, da nossa liberdade! Aprendi ao dia de hoje e por isso estou feliz, a libertar-te! Aprendi que não podia ser só a minha vontade a prevalecer, aprendi que o nosso espaço é importante, aprendi a deixar-te ir sem me preocupar! Aprendi que afinal de contas eu também gostava de ser livre e deixei-me prender! Gostava de poder celebrar, beber o teu sabor, mas temos tempo! Amar-te como se nunca tivesses existido, mas temos tempo! Sinto que me queres, que me desejas, mas temos tempo, não vou voltar a acreditar em ilusões idílicas, mas sim na realidade da nossa existência, na liberdade que hoje me fez sentido acreditar, do poder que emanamos, no sentido físico dos nossos corpos quando se enlaçam, mas temos tempo!
Sei que voltaremos a sentir o climax, a olhar-nos nos olhos enquanto nos consumimos, mas temos tempo! Saí vitoriosa de uma luta que julguei perdida! A luta por uma vida sem medos, libertadora!

A ti, meu amor, especialmente a ti, temos tempo para digerirmos tudo!


Aconteceu, mas hoje estou particularmente feliz porque foi o dia do meu apogeu!




quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

As flores do meu jardim!


Não quero deixar morrer as flores do meu jardim! Quero que brotem de dentro do meu coração! Não tenho mais lágrimas para as regar! O sol bate quente e desperta em mim a vontade de mudar todos os dias da minha vida! Sou de extremos, apercebo me das minhas falhas quando me limito sem querer!! Gosto de viver intensamente e de deixar fluir o que tem de bom, o que é mau admito que seja necessário para se mostrar onde erramos e é a partir dai que me disponho a mudar o que de mal foi feito!! Não me submeto às necessidades, luto para mudar!
Sou livre, sempre o serei!
O tempo curará as meadas, apesar de ter aprendido que os clichés tão demodè!
Gostava de sentir que sou compreendida, que sou honesta no que digo e que tenho força para ser eu própria, não tenho medo de ir em frente nas encruzilhadas da vida, aliás, já tive tantas decepções, mas continuo a acreditar que um dia serei feliz!
Sou emotiva, demasiado, todos os meus amigos o sabem, não sou falsa, nem mentirosa, sou emotiva, sou única!! Sou aquilo que quero,  sou eu!! Quero construir uma vida nova sem ter de ser ao teu lado, a vida, as pessoas, o mundo não me mete medo! O que me mete medo são os sentimentos infundados e incompreendidos!
Queria ser ouvida! Gostava de dizer ao mundo que te amo! Não para já, mas para quando tivermos tempo!
A vida já é tão má sem nós querermos, o que podemos fazer para que ela seja melhor!? Procurar quem nos quer bem! E eu tenho tanta gente que me ama, que gosta de mim! Amar é isso mesmo, mesmo depois do erro estar feito, mesmo que pensemos que não há mais nada a fazer, um aconchego, um abraço, uma palavra cura tudo!!
Não te preocupes, tá tudo bem!!
O amor existe para celebrar o que temos de bom e perdoar o que fizemos de mau!!
Separar o trigo do joio, era o que eu deveria ter feito!!
Sou mitológica, tenho uma força aqui dentro que não controlo, não é loucura, não é desvio, mas uma força que me acompanha desde que me conheço como mulher!!
Tenho a força de Fenix, a resistência do Corvo e o calor do Sol! Este astro rei que nos aquece todos os dias da nossa vida, que nasce com  a força do universo, do Caos, da vida!!
Não sou religiosa, não acredito no poder da igreja, mas acredito no poder dos Homens!
E acredito que ainda nos iremos conhecer melhor, porque no meio de tanta raiva, de tanto desespero ainda existe uma nesga de sobriedade que irá fazer com que ultrapassemos tudo e voltaremos a conquistar o que foi perdido!