quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

uma delirante comedia

rodilhas de pano se fervem no apodeu gelido e apavorante
cruzadas se feriram no grandioso baile de mascaras
não se cruzam olhares, cruzam se mãos
abelhas saltitantes como que borboletas se encaixam no mais terno ninho de viboras
monarcas de lapis lazuli
chavenas de amonite e jaspe
debruadas a oiro e purpura
limpam se as limalhas e cruza se o mais fino golpe para que a linha se ilumine
limpa
cavalos marinhos se reunem em pequenos atrios para que a constança seja plena
atrasam se e fogem
faz frio
limpam se os medos e de longe a  mais terna e docil silva se enrodilhou nos meus pes
a descida é assustadora
nem sei como conseguir limpar todo aquele mato
os indios
os indios e os cowboys
os mesmos que dormem á sombra de um cacto no deserto
as estepes
em plena amazonia onde os crocodilos se envolvem numa dança
crescidos
descem pelo campo os que da terra nada sabem mas foi onde sempre encontraram a sua liberdade
mobile
em safiras se constroem os castelos que duma pedra só se desfizeram em pó


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