Gotica

na materia negra saem fumos das crateras funebres de onde os deuses se misturam na essencia pura do ar.
ao longe os eclipses mantem se como se fossem esferas liquidas derretidas
piras
as velas derreteram se na casa da piscina
as almofadas estáo rotas de tantas garras cravadas
a agua transformou se em sangue e ao longe se veem as esferas metalicas que caem ao redor de nos
trovoes
energia livre
energia limpa
em andromeda preparam se para o novo solsticio

elevam se as jaulas e de la saem monstros devoradores
carne putrefacta é deixada para que os abutres a devorem
crianças brincam ao longe alheias ao portal que se abriu na casa dos anjos
entramos
o lago encheu se de rosas e de la sairam serpentes negras
as mesmas serpentes que se devoram
todas elas sabem o seu lugar

piras
piras funerarias

o corvo voa ao redor de tantos corpos que se tentam levantar mas que se deitam num tormento de suspiros

tentam alcançar nos mas sao fustigados por graos de areia que se entranham nas suas opticas
cegas
ardem e desconsolados sao nos seus sonhos
explodem moleculas de energia dentro dos corpos celestes que se deleitam pois é deles a força de um dia luminoso
integros
as cupulas estao cheias de tanta energia
as grutas das montanhas chamam por nos Anayse!
e do nada desaparecem como espuma do mar onde os trovoes se elevam

onde os nenufares se misturam com pedras preciosas

gotica