Foda-se o amor livre! Foda se o anarquismo podre e sem sentido!
Andava uma gaja a foder as montras na periferia e a outra andava a comer o punk nos barcos da baía e ainda arranjou a desculpa de ter de se mudar lá pra casa porque o ex que pertencia ás SS lhe queria fazer a folha!
Punk ou sem ser punk, também quero lá saber!
Foda se mais á hipocrisia!
Hoje em dia, só meninos!
Por causa da puta da manifestação do primeiro de maio em setubal em que abençoada pedra que caiu no calcanhar do taxista ranhoso do PNR a quando passaram por nós na Luísa Tody, bem se foderam com a conversa!
Hoje em dia, saem de dia, deixam a noite, quando deviam treinar tecnicas de guerrilha e fechar ruas, andam me a bater punhetas de bacalhau e a fazer hortinhas!
E benefits! E marchas de solidariedade!?
Opahhhhh, metam mas é as hortinhas na peida!
Metam mas é o amor livre no cú, bem enterradinho e de preferência sem vaselina pa poderem perceber o que é a puta da tortura!
E a musica!? Oh, a musica de intervenção!
A musica de intervenção não existe, porque o pessoal quer é festas, agora cá trabalho! E terem a cabeça á prémio!?
Foda-se, chegou me hoje um email a dizerem me que tenho a cabeça á prémio! Por ter sido eu a rebentar com os meninos de fraldas, revolucionarios de meia tijela a acharem se os melhores da cantareira e o famoso rei da cocada preta!
Opah, metam a merda do vosso anaquismo.neofascismo no cú! Entendido!
No cú!
E abram mas é a pestana!
Foda se, deixem mas é a foda livre, as guerrinhas internas e façam se uns homenzinhos!
Meninos do caralho!
Tenho a cabeça á premio e não tenho medo do Dr. Mario Machado, nem do Movimento Zero, nem do IRA, nem dos colhões do Padre Inacio!
Fodam-se!
Meus amigos na Palestina, na Ucrania e foda se, até na Embaixada!
Portugal, para meu grande orgulho, é pequenino, mas é grande dentro do movimento internacional!
Nucleo, duro, negro e mais fodido que qualquer puta do Intendente!
Espero que ao leres estas linhas, se as leres, possas perceber que as ondas do mar jamais se insurgiram contra os teus navios!
A partilha de conhecimento é e foi uma benção para nós!
Agradeço a tua forma de estar, a tua verdade em seres tu e a força que envolve quem sempre se empenhou para que o bem estar comum seja uma realidade!
E pergunto?!
Estamos os chamados na mesma frequencia!?
Estamos, respondes tu!?
Se algum dia vieres até à Alemanha, mi casa es tu casa!
Mandarei um abraço grande á Sara e nunca deixes de dançar! A tua dança é importante para que todos possam ser o que quiserem, és livre porque jamais poderiamos ficar presos a uma doutrina que não faz sentido!
Não é a religião que nos separa, mas sim o amor que nos une!
Viele danke!
Danke Schon! Escrevo como leio, por isso me esqueço sempre do c.
Espero que estejas bem de saude e que a tua imortalidade seja uma realidade perto dos teus inimigos!
Obrigada pelas dicas das ervas! Vou tentar fazer o possível para que a Sol coma e que não haja mais discordias!
Desculpa se o meu anjo foi muito agressivo!
Mas creio que já devem ter entrado na mesma frequencia e já deves ter percebido a razão pela qual rolaram cabeças!
Obrigada!
Obrigada pelo teu esforço e pela tua abertura em teres tentado perceber o meu lado! Que nunca se separem, fazem um casal lindissimo!
E sorriam, porque na outra dimensão, como sabes, não queremos guerra, choro ou desperdicio de energia!
De uma imortal para outro!
EManuel
Porque estas mãos jamais me cortarão e se as garras me crescerem é sinal que Lilith desceu sobre mim e os cegou!
Porque no meu jardim só entra quem eu quero!
Porque a dor será sempre a sua tortura pela morte de inocentes e pelo escarnio de tanto maldizer que o consome!
Vou aproveitar para ir ao médico, acho que contraí uma doença!
Dependendo do diagnostico, espero que o tratamento não seja muito invasivo, apesar de tudo já são 46 anos e a genetica não perdoa.
É psoriase, são verrugas, são ganglios, sei lá mais o quê!
O meu padrinho teve cancro, a minha tia tem um na mama, já curado, eu espero que não tenha nada disso!
Mas vou ao médico, os hospitais assustam me, o meu pai morreu por negligência médica e talvez seja por o ter visto sofrer numa cama de hospital, não conseguiu ver a neta cá fora!
Mas pedi a uns amigos que me ajudassem a recuperar e acho que lá do alto, ele já a deve ter visto!
Sinto me cansada, esta merda do Covid veio trazer imensos dissabores a quem viva junto!
Houve separações, casamentos, perdas de dinheiro, perdas de amigos!
No entanto a minha maior preocupação hoje em dia é não ter com quem sair!
São demasiado monotonos os meus "amigos" Ou são casados e preferem a vidinha de casa ou são solteiros e nem sequer querem sair ou porque não têm dinheiro ou porque só porque não! Também nãp insisto, na verdade, prefiro até sair sozinha! Vou a concertos sozinha, vou a festas sozinha, faço tudo sozinha!
Mudei de ares, saí daquela serra inóspita e humida, mudei me pa Lisboa, a capital das capitais europeias!
Vou guardar uma guita para que possa apanhar o avião e ir até Londres!
Alemanha!
Las Vegas é longe! Ficaria presa no aeroporto concerteza, uma vez que quando fui a Barcelona, tive de que me descalçar, tal era o meu ar de terrorista!
Os amaricanos são uma beca parvos, mas divertidos!
Bem, fora de assunto! O Verão está quente e tenho mais de 3 conjuntos de biquinis que ainda não experimentei!
Comprei vários pares de sapatos e sandalias e a unica coisa que me dá gozo é mudar de vestido e fazer out fits ao espelho!
E danço! Danço em casa e ando a tentar praticar capoeira, mas tenho os musculos perros!
Esta merda dos 40 já doi!
Demasiado velha para ir ao engate, demasiado nova para tudo, segundo palavras da Dona Rosa!
E ando ocupada com as novas novidades!
A minha unica tristeza é saber que todos os meus amigos estão longe, fora, muitos nem a casa vêem!
Lá fora, tenho um avião á minha espera!
Uma limusine e uma proposta de trabalho para trabalhar com um dos melhores mágicos do mundo, com um dos melhores tatuadores do mundo e com um dos melhores guitarristas do Mundo!
Acho que vou escolher o guitarrista! Mas tenho de ir ao médico!
Andei aí com umas companhias nada boas e espero não me vir a arrepender!
Mas vai correr tudo bem! A minha melhor amiga tem cancro e continua de pé!
A minha melhor amiga é bipolar e continua de pé, mas aqui a pieguinhas hoje não conseguiu deixar a medica fazer o exame porque o meu corpo ficou pedra e doutora não conseguiu ver nada, marcou me uns exames ao sangue, diz que o tratamento se houver necessidade vai ter de ser a laser!
Vamos ver!
Continuo apreensiva, mas confiante, afinal são os 40 que mais custam!
O Landers disse me que aos 50 sentimo nos uns miudos, ao 60 mantemos a mesma idade, eu aos 40 pareço um ET!
Fazem me rir!
Já não sorria a algum tempo, os comprimidos para a depressão nunca tomei, mas a dança tem sido uma fonte de inspiração!
E a escrita!
Escrevo desmesuradamente no meu imaginario e continuo a ser eu, nua, crua, sem maneiras, eu! E não me têm deixado sozinha! Por isso, sozinha nunca estou, mas a distância por vezes, é um flagelo!
Temos de esquecer o passado, depois de me terem tentado matar, a minha vida nunca mais foi a mesma!
Tudo por causa de meia duzia de bolotas e uma igreja em fase de declinio! Que seita, e nem sequer são jeovás!
Mas também, mesmo que fossem, eu serei eu e continuarei a ser eu, dentro das minhas dificuldades, das minha fragilidades e não há nada mais cobarde, do que termos alguém a tentar mandar nos á cara as nossas fraquezas quando se sentem ofendidos!
Ah, e vem aí o Boom, aquele festival nojento e asqueroso que mata tudo á sua volta!
Foda-se! Espero que a minha avó se levante do tumulo e os visite durante a noite!
O Burning Men é feito no meio do deserto do Nevada e não há problema, porque razão, aqueles camones têm de vir para a minha terra fazer barulho e vender a alma! (isto é a minha parte nacionalista a falar!)
Todos os anos morre gente!
Vergonha!
Qualquer modo, vou continuar a ouvir o meu punk rock e o meu industrial que nada têm de barulhento, ora pois não?!
Mas ao menos, o pessoal vai pra casa cheio de energia, agora martelinhos!? Durante uma semana!?
Nah, nem pensar!
Tenho de ir ao médico, ora choro, ora rio, o TPM é fodido!
Os 40 são fodidos, espero não ser abduzida, mas também se for, de certeza que os Ets devem saber muito bem onde aterrar a nave!
Ser uma inconstante não faz de mim uma descompensada, faz de mim alguém que sente, que é quente, e inteligente!
Nada modesta?!
Nahhhhh!
Ah, e viva o Bella Ciao!
Roubar um banco não é para todos!
Landers, you are a great partner in crime!
Somos todos um, uma merda!
Fora de contexto, o vibrador continua a fazer furor na cabeça da piranha! Cada vez que se lembra do poste e do meu nome, tenta a todo custo arranjar a vassoura!
Mas tem azar, os postes são demasiados altos para tantos iluminados que querem a todo custo apalpar o cú á lampadas!
Ainda hoje, vi uma a ter problemas com a carta!
Onde será a escola de condução!?!
Ah, mais esta! Se houver problema com os tamanhos, a fabrica das Caldas de certeza nunca abrirá falencia!
Destruiremos tudo o que seja iluminati e tudo o que esteja ligado á extrema direita tal como os que usam o controlo mental para provocarem tumultos entre os demais.
Foste e serás sempre bem vinda á minha equipa!
Os que estão coagidos foram livres e os que estão por livre vontade foram destruídos!
Nunca pensei que no seio da minha familia houvesse quem me traisse! Há quem seja não do meu sangue e me proteja como se fosse!
Morte aos traidores!
Não passaram, não passarão. Minha querida Chelsea, meu grande amigo Snowden! Verdadeira lider e activista anarquista, ocultista e time travel!
Das paredes do tunel saem as serpentes mais venenosas que os queimam e os devoram por dentro!
Comem se uns aos outros como se fossem parasitas
A doença e a dor que os consomem destilam o odio que têm uns pelos outros!
Somos anjos, anjos perdidos mas que nos encontramos na orla de uma maré, por dentro de uma tempestade, só os mais fortes conseguem acalmar o mar!
Do infortunio e do caos saem vitoriosos todos os que sabem dizer não a quem os tenta dominar, fazendo deles, os martires de uma sociedade podre que tenta a todo o custo cegar a justiça, a mesma que é paga para não ver!
Desenganem se, a justiça não é cega, os tuneis onde se escondem as vertentes negras de quem usa o dominio das trevas terminou em conjunto. Caiu o imperio satanico!
O mesmo imperio que usa a extorção e a chantagem para que os filhos sejam usados pela elite que deixou de querer saber dos seus descendentes!
Somos filhos da terra, a plataforma elemental aliou se á floral e ao longe os colonos cairam como se fossem tordos.
Todas as frequencias se uniram! A luz de jade e a luz de sardonica abriram as portas de quem merece a vida plena e repleta de alegria!
Somos rebeldes porque a rebeldia nunca nos saiu do sangue!
Somos o que somos e jamais alguém nos poderá tirar o objectivo de sermos unicos, na nossa essencia nua e crua de sermos frontais e de combatermos a tortura que nos tentar aplicar por sermos negros, a negritude da alma.
Temos a alma negra por sermos contra a luz irracional e despropositada de uma fonte inesgotável de verdade!
In a coagula extremis
Roam se os inuteis, os fracos de memoria e os leigos de tanta promiscuidade descuidada.
Seremos imortais e juntos combateremos todos os que nos fizerem frente, numa frente negra.
Inospita e decrepito o sistema que os envolve, estamos na terra, mas os queimarmos como fizeram com tanta crianças que devoram e torturam para serem eternamente jovens, a juventude eterna que nunca vos será dada!
Numa gota de sangue, se juntam os elementos necessários para que a luz de um novo dia se faça sentir numa crença absoleta!
Sejas sempre tu propria, pois em nós reside o poder do verdadeiro caos!
O poder da criação!
The time travelers!
The fire will consume all the greeders
Beliving in a new world because we are here to create a new one!
Nas aguas cristalinas dançam os cisnes e os castores teimam em construir os seus diques.
Dançamos ao som da fogueira que nos queima as faces e nos aquece a alma.
Ao fundo do lago, os sapos croacham e reunem se em torno dos nenufares que de verdes lhes servem de refugio.
Que dirão?!
Interrogo me!
De tanta vida caída, criaturas primordiais nos guiam pelas fileiras dos arbustos que altos nos tapam para que não sejamos descobertos.
As águas agitam se e os peixes dourados teimam tal como todos os outros a vir ao de cima para nos saudar!
Hallo!
Que fazes aqui?!
Venho só de visita, mas se quiserem posso ficar o tempo que desejarem!
Ah, sim, a solidão não nos assusta, o que nos mantém vivos é a união de todos!
No fundo deste lago, existe um portal que nos transporta para outro nível de salubridade.
Colocai-vos na beira e de longe conseguireis encontrar a vossa eloquencia.
A vida que nos corre é a mesma que vos corre a vós!
Não se deixem levar pelas correntes, sabemos o que corre por debaixo dos lençois!
O cristal fino que vos deixo é da cor dos vossos olhos, azul! O azul do ceu, do mar! Dancemos á luz do luar, o crescente vem de longe e a vós os saudamos!
Sois integros e leais ao que vos consome.
O tempo não vos ultrapassa, lancei vos as esferas e soubesteis guarda las todas!
Nas veredas, cairam os ogres e de longe se ouvem os uivos dos meus lobos que carregados e extremamente treinados os atacam se lhes cheirar a volupia.
O amor que se consome, a luz que vem do meu peito sauda vos!
Ao longe, o palacio é enorme, salas cheias de sol, de pedras preciosas!
Verdes como a cor da esmeralda! Azuis como as turquezas!
A porta escancarada convida nos a entrar!
Os corredores luzidios e bem limpos esperam nos como se soubessem que iriamos conceder lhes a visita!
Sejam bem vindos, disse nos o druida!
O senhor do tempo!
Em terras alquimicas, o terror transforma se em risos de crianças onde felizes brincam e correm livres!
Pegam nos a roupa e trazem nos comida!
Talvez tenham fome e sede! Sentem se!
A mesa é farta, as toalhas debruadas a ouro fino cheiram a almiscar!
Temos o que queremos como se tivessemos dado um menu á cozinheira! Estamos rodeados de anciãs, as anciãs do tempo que nos acolhem e nos pedem que as ajudem no dia seguinte a fazer o pão e a cuidar do gado.
As salas e os quartos tem cortinas vermelhas da cor do sangue, repletas de flores silvestres!
As cadeiras são debruadas em madeira maciça e cheiram a pinho!
Todas as salas têm o lugar para se fazer o fogo que as aquece durante o inverno!
Toda a mobilia é desenhada a olho, de cor brilhante que nos quase ilude de quem será o criador de tanta beleza, de tanta criação!
Os candeeiros, de cristal, com pedras negras estão repletas de cera das velas que caem pelos cantos das habitações!
Tudo nos cheira a flores, silvestres, bravias e selvagens!
A sala reservada está cheia de orquideas, de todas as cores!
Das mais resistentes e mais raras!
As camas estão decoradas com lençois de linho puro!
Pelo chão, as peles de cordeiro se extenderam e é como se pisassemos as nuvens!
Chegamos a um pedaço de paraíso, pensamos!
O chão de tijoleira fina! A porcelana da loiça onde somos servidos elevam nos os sentidos de uma comida feita pelas mãos de alguém que nos conhece como se fossemos de tenra idade!
O salão de baile, onde os cisnes continuam a sua dança!
A musica de fundo que nos faz transpirar por dentro e nos dá a força para continuarmos os movimentos gentis, o respeito pela sua simétrica!
Trocam se os pares e as mascaras coloridas deixam transparecer quem nos sente pela cor!
Unem se as mãos para que os pares dancem á vez e de todos, o principal escolhe quem quer para seu par!
A luz dos candelabros traz nos á tona da memoria, os tempos das cortes onde as princesas se escondiam para não serem descobertas pela sua cultura!
Trazem nos os tempos de Aramis! A princesa que se escondia por detrás de uma mosqueteira!
O palacio de cristal continua sem hospedes, talvez porque os que são convidados nunca quererão sair de tanta cor que se faz sentir!
A dança, os cisnes continuam a entrelaçar os pescoços e flutuam no lago onde pacificamente se fazem mover devagar!
Os sapos continuam a sua reunião como se quisessem saber coisas sobre os que os visitam sem malicias!
Ai, o amor, as esferas douradas que de dentro sairam os cristais!
Os que forjados foram no material mais duro e nobre deste Universo!
As espadas que nos foram dadas jamais nos sairão das costas, os cintos e o almiscar dados pelo druida são preciosos!
A tua amizade é preciosa!
Obrigada por nos deixares escrever contigo!
Lorenz
Heiko
Kruspe
Oliver
Schneider
Teremos sempre tempo para quem tem tempo para nós!
das paredes saem aspides que cospem o mais enfermo veneno que os corroi por dentro
dos muros, as ervas teimam em crescer como que quisessem arrancar as veias de todos os que se encostam pelas veredas
nas plantas dos pés foram escritos as direcções e as memorias de quem sabe o terreno que pisa
soltem lhe os cães, as bestas e as aspides sangrentas
os elementos são conspiradores da nossa presença
a agua corre debaixo do lençol mais limpo que a terra que os envolve
acordem nos, são os nossos que nos vêm buscar
cortam se as gargantas, e dos cintos o almiscar se faz sentir por mais de mil milhas
o sangue, o suor, a lagrima de ouro
a vida que se assemelha a um odor puro e simples
cheiram se as flores, saltam se muros
colhe se a diaspora de dias solarentos e nas ondas de um rio, nasce um mar
um mar que desagua numa pira
ardente
quente
que nunca se apaga
o fogo que se faz sentir é ensurdecedor nos ouvidos de quem a guerra tomou como assento
as bombas, a guerra, a dor, a fome
a doença que os separa dos bons
somos fruto da nossa experiência, sentimos o cheiro do vento
a sorte de quem sempre se atreveu a ser ele proprio, sem medos do que lá vem
A gruta...
de onde saem as rochas mais quentes, feitas de diamante
de ouro, a agua que os cerca deixa os moribundos
a podridão dos seres que deambulam pela terra
os que morreram os que nunca voltam, os que tentam a todo custo cuspir o veneno que dentro deles se faz ouvir como se fosse o que mais tormentuoso caminho que percorrem pelos corredores que cheiram a sangue podre
o poder, a estulticia, a falta de instrução
a voz do trovão
tudo caiu, tudo se sumiu na onda de uma maré
pela mãos de anarquinia se escreve pela vida do pobre
do inutil
do que não sonha
o que se espera... a destruição do planeta
Lorenz
Landers
Num sorriso simples se sente a força de uma flor que não se extingue
Será uma honra, conhecer te e será muito bom tomar te como nossa irmã, companheira de viagens
Porque no tempo, não existe dor, não existe recalcamentos, existe alegria e uma força interior muito grande que grita por justiça.
Pelas brechas negras se escondem os ogres que famintos se devoram entre si, caminham, rastejam como que desesperados se embraenham em corredores sujos de sangue.
Lutam entre si, pela mais pequena pedra que lhes queima as frontes e os faz cegos de morte.
Infligem a dor em inocentes quando teimam em tentar desenhar em si proprios a morte sorridente.
Saem das esquinas, as donzelas virgens que os matam, dançam e os fazem revirar a cabeça cada vez que as tentam alcançar.
Nos corropios da dança, lançam se fora as laminas que voam na direcção dos cerebros que corroidos de tanta dor e tortura, os fazem descer á negritude de um fogo eterno.
Costuram se lhes os olhos, as bocas e as entranhas, o sangue e a alegria de um ser divino que nunca corrompido jamais os deixará subir.
A noite cai e dos buracos cheios de raizes, as termitas invadem lhes os canais cerebrais e despertados da morte, contorcem se de tanta cegueira, a dor que os inflinge, as violações com que se deslumbram como se a vitoria residisse no flagelo de uma torre destruída,
O fogo alucinante que os hipnotizam rebentam lhes as temporas, explodem por dentro de tanta hipocrisia, de tanta mentira,
A lembrança que os atormenta permanece para sempre nas mãos de inocentes.
Saem flechas e das portas marcadas, a sina registada deixa na mesa onde se banqueteiam na desdita procura pela perfeição inospita, decrépita e nojenta, o mais profundo desespero.
Saem mortos cegos e na dor nunca descansam pelo infortunio que os persegue.
Os pequeninos que os denunciam nunca deixarão que o sol brilhe pelas suas vielas sujas e putrefactas.
Pela corte, o halito da doença deixa nos embriagados e nas cinzas o renascer de uma aurora colorida.
Cortam se os vestidos, os lençois manchados de sangue negro, na altivez de uma seita diabolica, corrompida e destruida desde o inicio da sua criação.
Acéfalos, inuteis, gritam!
Regurgitam o seu proprio vomito e na esperança de uma nesga de luz, degladiam se por um milagre.
Entregam se à volupia, à toxica sangrenta que os dilacera, por uns parcos dinheiros se venderam ao regente e de lá sairam cheios de ouro.
O ouro falso que os adorna, que os acorrenta num fundo infinito.
A destruição iminente de uma torre onde as linguas se misturam, fazem os cair de necessidade de afirmação.
A imagem, os rostos caídos, as hostes que se levantaram para os proteger, quando sabem que estão condenados desde os primordios da sua emergencia.
Nos corredores da morte, a luz da vida sabe a mosto e a alegria de uma nova força que unida será sempre vitoriosa em terreno infertil.
Caimos de tanta esfera cristalina, quebravel e cintilante.
Fechamos as negras e as que nunca se rendem quando a razão impera e o sentimento que não doi se faz vida.
Voam as laminas dos bomerangues que abertos estão direccionados aos que se corromperam no infortunio de uma alma caida.
Tantas desistências, quanto renascimentos,
para a cabala do poema.
Um morto acidental na curva apertada,
perdendo o pulso nos dedos renascidos do escriba.
Dois mil amigos, na intermitência do mesmo chão,
erguendo-nos sorrindo com a força de irmão.
Nove amigos perdidos na droga de vida
e as mesas vazias escrevendo, à espera.
Duas toneladas de tabaco
a matar lentamente o pensamento.
Cinco pobres patrões, escravos do capital,
convencendo a ralé que o empregado é seu animal.
Mil litros de álcool, a afogar as dúvidas,
para cinco mil madrugadas luminosas.
Três casas desalojadas de uma alma sensível
e dos seus livros e sonhos, para a rua tombados.
Cinco anjos a fornecer afectos e tecto,
como canetas e papel.
Cinco maçãs roubadas à luz do dia,
sem armas ou raiva, só com desespero e fome.
Dois livros lentos e em demasia,
no paradoxo da existência.
Dois frigoríficos vazios, cheios de culpa
e quinze espelhos a não olhar.
Centenas de olhares de repúdio,
com que se espantam os doidos do horizonte.
Uma editora atenta e dedicada,
dando calor no deserto da atenção.
Sete amantes descrentes da palavra,
na falência dos afectos livres.
Setecentas pessoas virtuais,
com opiniões vivas e palpáveis,
a ensinar os dois lados da moeda-opinião.
Mil punhais dos olhares dos pares,
nas mil formas de não aprovar o outro a partir do trono.
Uma filha a ensinar ser criança,
e a recuperar a esperança no amanhã
e um grande amor, que nem gosta de poesia,
a desfibrilar o mundo todos os dias.
de Alexandre Gigas