terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Tormento

Por entre vielas escuras

O odio se esconde a rigor

Carpindo de tanta raiva 

Atormentado pela dor 


Deixando o vazio em oculto

Sequelas de  podridão 

Destruo o que encontro no mundo 

Momentos de escuridão


Moinhos de vento caídos

Rebentam se de tanta escória

Onde o pão lhes cai da mesa 

Destruindo se numa luta inglória 

 

Lamacentas de tanta cegueira 

Sai quem nunca nos viu

Sedentos de tanta ganancia 

Na puta que os pariu


Grita, dispara, na hora em que tudo se desfaz 

Solta, dispara, o tempo não volta pa trás


Saltam lhe as orbitas cegas

Onde o poder se corroi

De tanta falsa alegria

Sabendo onde sempre doi

 

Lamentos inuteis 

De uma facção ociosa

Vou cortando tudo o que encontro 

Fruto de uma seita perigosa 


A podre imansidão mesquinha 

Na terra onde tudo se desfaz

Esperanças sofridas me deram 

O tempo não volta para trás 


Cuspindo sangue em jarros 

Vou destruindo o poder

Na iminência da sorte

Sem nunca ter de sofrer


Resistindo em tempos idos 

Onde se perderam os ideais 

Barricam se os inocentes 

Odiando os demais 


Escrevendo o meu queixume 

Numa luta desigual

Pela suja corrente negra 

Consciente do meu destino imortal 























 




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