Por entre vielas escuras
O odio se esconde a rigor
Carpindo de tanta raiva
Atormentado pela dor
Deixando o vazio em oculto
Sequelas de podridão
Destruo o que encontro no mundo
Momentos de escuridão
Moinhos de vento caídos
Rebentam se de tanta escória
Onde o pão lhes cai da mesa
Destruindo se numa luta inglória
Lamacentas de tanta cegueira
Sai quem nunca nos viu
Sedentos de tanta ganancia
Na puta que os pariu
Grita, dispara, na hora em que tudo se desfaz
Solta, dispara, o tempo não volta pa trás
Saltam lhe as orbitas cegas
Onde o poder se corroi
De tanta falsa alegria
Sabendo onde sempre doi
Lamentos inuteis
De uma facção ociosa
Vou cortando tudo o que encontro
Fruto de uma seita perigosa
A podre imansidão mesquinha
Na terra onde tudo se desfaz
Esperanças sofridas me deram
O tempo não volta para trás
Cuspindo sangue em jarros
Vou destruindo o poder
Na iminência da sorte
Sem nunca ter de sofrer
Resistindo em tempos idos
Onde se perderam os ideais
Barricam se os inocentes
Odiando os demais
Escrevendo o meu queixume
Numa luta desigual
Pela suja corrente negra
Consciente do meu destino imortal
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