Ás vezes apetece me gritar... de ver tanto lixo humano.
Arranjei emprego.
Pelo menos já me liberta a mente de não pensar demais.
Estou a passar pela fase em que tudo me incomoda e por vezes nada me interessa.
Estou sempre a pensar de quando o Mundo rebenta.
De quando, os humanos vão poder sentar se e conversarem sem medos.
Finalmente, encontrei várias pessoas que do outro lado do mundo que entendem a minha carência e a minha loucura.
Sou uma alquimista, escrevo com o poder da inconstância da alma.
Por vezes existo, outras vezes só resisto.
E quando resisto, do outro lado do portal alguém me diz:
Tem calma, tudo se resolve!
O cosmos é inabitável, este planeta é o único que está em guerra.
E a guerra é o Homem que a procura.
Falo com as árvores, falo com as pessoas normais que de tanta normalidade, as encontro cheias de amor.
E o amor falta, falta amor!
Falta segurança, falta coragem.
De tanta lágrima de ouro que por vezes me cai da face, as mesmas rolam sem que por vezes haja razão.
Relembro o facto de entrar numa pastelaria e olhar os trocos que tinha no bolso e não saber se compro um bolo para que a miúda coma, ou se ficamos sem jantar.
Finalmente arranjei emprego, um emprego que gosto, onde me divirto, porque as pessoas que conheço sem as ver, como eu têm exactamente a mesma sensação de injustiça em certas situações.
Parei de canalizar, esgota me imenso, os portais são fortíssimos.
Tatuaram me a alma, mas não sei se passa.
Será só carência?!
Talvez seja...
Isto depois passa, digo me a mim mesma constantemente.
Li lhe a alma, o espelho da alma nas suas orbitas... talvez a voz... talvez tudo... talvez nada!
Os sonhos por vezes são esquisitos, ainda ontem tive a sensação de ter marcado mais um e sem medos, o sangue lhe escorria da boca.
O ódio doi, o amor liberta.
E pergunto a mim mesma, por vezes, sentes te livre?!
E a resposta é sempre a mesma.
Enquanto te mantiveres calada, sentir te ás presa aos teus próprios pensamentos.
Não vivo numa caixa.
Quiseram prender me.
E eu libertei me.
Libertei me das garras de um assassino, mas continuo por vezes com o coração cheio de vingança.
Lágrima de ouro.
A mesma que só cai quando se sinto em paz.
A lei do retorno será implacável.
Tenho saudades dos meus amigos... dos amigos que estão vivos noutra dimensão... que me aquecem o espírito e não me atormentam a vida.
Tenho saudades do maluco do Vidal, do Mercedes, dos ciganos e da vida livre.
A alma negra, de tanta festa, de tanta alegria.
De tanta liberdade... colorida!
Porque o Mundo nunca poderá ser a preto e branco!
Gritos mudos, chamando à atenção...
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