sexta-feira, 14 de julho de 2023

O palacio de cristal (Rammstein)

 Nas aguas cristalinas dançam os cisnes e os castores teimam em construir os seus diques.

Dançamos ao som da fogueira que nos queima as faces e nos aquece a alma.

Ao fundo do lago, os sapos croacham e reunem se em torno dos nenufares que de verdes lhes servem de refugio.

Que dirão?!

Interrogo me! 

De tanta vida caída, criaturas primordiais nos guiam pelas fileiras dos arbustos que altos nos tapam para que não sejamos descobertos.

As águas agitam se e os peixes dourados teimam tal como todos os outros a vir ao de cima para nos saudar!

Hallo! 

Que fazes aqui?!

Venho só de visita, mas se quiserem posso ficar o tempo que desejarem!


Ah, sim, a solidão não nos assusta, o que nos mantém vivos é a união de todos!

No fundo deste lago, existe um portal que nos transporta para outro nível de salubridade.

Colocai-vos na beira e de longe conseguireis encontrar a vossa eloquencia.

A vida que nos corre é a mesma que vos corre a vós!

Não se deixem levar pelas correntes, sabemos o que corre por debaixo dos lençois!

O cristal fino que vos deixo é da cor dos vossos olhos, azul!
O azul do ceu, do mar!
Dancemos á luz do luar, o crescente vem de longe e a vós os saudamos!

Sois integros e leais ao que vos consome.

O tempo não vos ultrapassa, lancei vos as esferas e soubesteis guarda las todas!

Nas veredas, cairam os ogres e de longe se ouvem os uivos dos meus lobos que carregados e extremamente treinados os atacam se lhes cheirar a volupia.

O amor que se consome, a luz que vem do meu peito sauda vos! 

Ao longe, o palacio é enorme, salas cheias de sol, de pedras preciosas!

Verdes como a cor da esmeralda!
Azuis como as turquezas!

A porta escancarada convida nos a entrar!

Os corredores luzidios e bem limpos esperam nos como se soubessem que iriamos conceder lhes a visita! 

Sejam bem vindos, disse nos o druida! 

O senhor do tempo! 

Em terras alquimicas, o terror transforma se em risos de crianças onde felizes brincam e correm livres!

Pegam nos a roupa e trazem nos comida! 

Talvez tenham fome e sede!
Sentem se!

A mesa é farta, as toalhas debruadas a ouro fino cheiram a almiscar! 

Temos o que queremos como se tivessemos dado um menu á cozinheira!
Estamos rodeados de anciãs, as anciãs do tempo que nos acolhem e nos pedem que as ajudem no dia seguinte a fazer o pão e a cuidar do gado.

As salas e os quartos tem cortinas vermelhas da cor do sangue, repletas de flores silvestres! 

As cadeiras são debruadas em madeira maciça e cheiram a pinho!

Todas as salas têm o lugar para se fazer o fogo que as aquece durante o inverno!

Toda a mobilia é desenhada a olho, de cor brilhante que nos quase ilude de quem será o criador de tanta beleza, de tanta criação!

Os candeeiros, de cristal, com pedras negras estão repletas de cera das velas que caem pelos cantos das habitações!

Tudo nos cheira a flores, silvestres, bravias e selvagens!

A sala reservada está cheia de orquideas, de todas as cores!

Das mais resistentes e mais raras! 

As camas estão decoradas com lençois de linho puro! 

Pelo chão, as peles de cordeiro se extenderam e é como se pisassemos as nuvens!

Chegamos a um pedaço de paraíso, pensamos!

O chão de tijoleira fina!
A porcelana da loiça onde somos servidos elevam nos os sentidos de uma comida feita pelas mãos de alguém que nos conhece como se fossemos de tenra idade!

O salão de baile, onde os cisnes continuam a sua dança!

A musica de fundo que nos faz transpirar por dentro e nos dá a força para continuarmos os movimentos gentis, o respeito pela sua simétrica!

Trocam se os pares e as mascaras coloridas deixam transparecer quem nos sente pela cor!

Unem se as mãos para que os pares dancem á vez e de todos, o principal escolhe quem quer para seu par!

A luz dos candelabros traz nos á tona da memoria, os tempos das cortes onde as princesas se escondiam para não serem descobertas pela sua cultura!

Trazem nos os tempos de Aramis!
A princesa que se escondia por detrás de uma mosqueteira!

O palacio de cristal continua sem hospedes, talvez porque os que são convidados nunca quererão sair de tanta cor que se faz sentir!

A dança, os cisnes continuam a entrelaçar os pescoços e flutuam no lago onde pacificamente se fazem mover devagar!

Os sapos continuam a sua reunião como se quisessem saber coisas sobre os que os visitam sem malicias!

Ai, o amor, as esferas douradas que de dentro sairam os cristais! 

Os que forjados foram no material mais duro e nobre deste Universo!

As espadas que nos foram dadas jamais nos sairão das costas, os cintos e o almiscar dados pelo druida são preciosos! 

A tua amizade é preciosa! 

Obrigada por nos deixares escrever contigo! 


Lorenz

Heiko

Kruspe

Oliver 

Schneider



Teremos sempre tempo para quem tem tempo para nós! 






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