João dos olhos doces

Nada mais importa O Mundo deixou de ser o que eu imaginava e passou a ser mais quente e colorido. As trovas que tocaste deixaram no meu ouvido o teu nome. Sinto a tua presença até nas coisas mais pequeninas que tenho encontrado no que me rodeia. A vida só faz sentido se as duas almas estiverem na mesma frequencia Sinto me envergonhada. Não tenho palavras para descrever a imensidão do calor que tenho dentro de mim. A tua voz entra me nos ouvidos e faz calar todos os que me tentam fazer cair. Não sei se é amor, se é paixão, mas odio não é de certeza. É apenas a incerteza de saber a razão pela qual se sinto tão livre e tão leve quando olho e recordo o teu semblante. O desconforto é real, não tenho pretensões de ser mais do que sou, humana. E dentro das minhas impossibilidades num mundo cheio de violencia, acredito que o navio dos loucos chegou a bom porto. É algo que me trasncende, que me faz sorrir e que me deixa totalmente derretida ao saber que ainda existe nesta terra consumida pelo medo e pela morte, alguém que se importa com o que sinto e me abre as portas de um novo limiar. A vida é apenas uma dadiva. O amor é uma força sublime, que nos deixa loucos, mas cientes que essa loucura não nos pode controlar. Sinto o teu corpo em cada pedacinho de luz. A essencia volatil do que nos consome é unica. A fogueira das vaidades sempre foi a queda dos que nela se deitaram. Cheiras a ópio, mas o opio não é deste mundo, é a força de um novo amanhecer. Não sei escrever cartas de amor, só sei que somos instantes, não somos nada, mas juntos podemos fazer os dias ficaram menos negros. Tenho um problema de amor, não o sei definir, não sei se o que sinto é apenas um sentimento que irá passar, mas também não quero saber. A voz fica tremula, quando te sinto entrar sem aviso. O amor nunca foi dor. É apenas saudade de alguém que me diz, levanta te, olha em frente e diz o que sentes. E eu digo que amar sempre foi uma palavra forte. Sinto me a morrer por dentro e neste momento, correm me lagrimas pela cara, a gratidão e a luz que emana do universo é sobrenatural. Não sei o que dizer mais, não sei o que tenho, mas sei o que não quero. E eu não quero dor, nunca quis, porque nunca esteve na minha natureza, essa necessidade, nem de afirmação, nem de querer ser algo que já nasceu comigo, a força de conseguir vencer numa sociedade podre, onde todos se julgam alguém, quando a terra sempre e sempre será de quem a respeita. A minha alma grita por dentro. A perfeição não existe. Mas sei que te leio sem que estejas aqui.

Os lobos da estepe

Os lobos continuam a sua caminhada pelos caminhos mais negros das montanhas do norte, seguem diante a luz que os alcança. Fervem se lhes as fontes por onde passam, secam todos os que os tentam dominar. As cascatas limpas e cristalinas das serras espinhosas aliviam lhes a sede. A conquista de um novo dia onde os cegos caem em cada encruzilhada. Correm em direcção aos que nunca nos abandonam. Alimentam se das rezes que se contraem de dor. Fixam se no hemisfério que os contém como vencedores. Daskum do alto da sua torre, admira os como se fossem os seus maiores aliados. Rompem se as entranhas de todos os que os tentam confrontar. Pela estrela da manhã, sairam os que foram chamados. Sentaram se e saciaram se depois de mais uma batalha onde a gloria foi uma constante. Selada a porta 12 Contrariamente ao que muitos pensaram, só quem se considera acima de um ser superior, não sabendo como chama lo, por sua vez sairam sendo prodigos nas suas aventuras. Acompanharei vos sempre. Irinirn saern Selada a porta 4 Abriram se os portões das minhas mais belas sereias, tal como elas navego pelas suas ondas onde os sonares são ensurdecedores. Chegaram todas limpas e incolumes. Das profundezas do mar, a tinta que lhes chegou aos olhos, marcou os para todo o sempre. Moreias. As lanças que as rodeam, são mortiferas, todas elas são venenosas. Carregam o soro da verdade. A lingua que as soltou, não é deste mundo, talvez um dia, a guerra termine no planeta X1783 Por sua vez, terminamos mais uma página do meu diário.

Apaixonei me!

Apaixonei me! O outro lado pergunta: Outra vez?!? Vamos lá ver como corre o sangue pelas paredes! Hoje, ontem e amanhã tem sido um descalabro! Maluco, não me larga a porta, diz que me ama e que corta os pulsos! Tivemos juntos uma semana e não me sais da cabeça! Amor fatal, destino imortal!

Comedia á la Carsonne

Viva a revolta dos electrodomesticos. Viva o Tony Ramos. Viva a marisqueira. Viva a santola suada e a cabeça não rapada. Viva o adro da igreja onde o outro cagou de celha. Viva o mordomo da quermesse. Viva a messe dos bombeiros. Viva o norte, viva o sul, viva o Abdul. Viva a santa e viva o molho, nem que seja de broculos. O careca foi fodido e a outra é que precisa de oculos. Caga o surdo, caga o manco, caga o cego e o entrudo, se tiveres frio e não tendo roupa, ofereço te o sobretudo! Quem tem filhos, não tem sarilhos, porque o pai está a chegar! Canta o rouxinol no urinol! Canta o pai e canta a filha, no palanque da vizinha! Onde se senta um português, nem sempre se sentam dois ou três. É de escarnio e mal dizer! É mandar o capitalismo foder!