Soltam se os uivos na escuridão
As orbitas saltam pela voz do fogo
Condenam se á luz do trovão
Emboscadas foram feitas
Na veia do sangue sagrado
Foge da sua loucura
Treme de medo o enclausurado
Encruzilhadas foram montadas
Bebendo a agua doente
Na sombra do carrasco
Urge a gloria de uma negra frente
Maldições nas veredas
Criadas pelas mãos de uma ceifeira
Correm livres e singelas
As belas feiticeiras
Altares destruídos
Gritos de desespero
Pela liberdade conquistada
Numa terra prometida
Ouve a voz do trovão
Cria a tua propria sorte
Ouve a voz do trovão
Pela anunciada morte
Barricam se os inocentes
Entre terras sangrentas
Bandeiras são erguidas
Manchadas de viscerais tormentas
Almas que nunca surgem
Na sombria peste
Sentimentos de raiva
Perseguindo uma alcateia
Ouve a voz do trovão
Cria a tua própria sorte
Ouve a voz do trovão
Pela anunciada morte
Rebentam as ruínas
Do sistema inoculado
Entregam se as hostes
Corroendo o sentido degradado
Fortes, livres e sedentos
Criam se novas fortalezas
Frente negra assinalada
Destruindo as realezas
Ouve a voz do trovão
Cria a tua própria sorte
Ouve a voz do trovão
Pela anunciada morte
Nojenta a fome
Que corroi os ossos
Embustes sombrios
Nas vestes da podridão
Ouve a voz do trovão
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