terça-feira, 11 de maio de 2021
Carta de Amor
Quero sentir o teu eu dentro de mim
Sentir as flores de jasmim
Colher no teu regaço, as rosas que não têm espinhos
As horas passam devagar sem saber onde andas
E não consigo esquecer o teu olhar nem as tuas mãos
As que me percorrem as frontes e me dizem o teu nome
Continuo o meu caminho sem a tua luz
Porque na escuridão, encontrei o teu semblante numa onda de diamante
Cheiras a opio
O mesmo que me consome, numa fogueira onde a vaidade não existe
Sinto o teu corpo, a tua essencia em todos os meus poros
Não foste quem me salvou, mas és quem me acorda todos os dias com o poder do fogo que tanto dominas
Sinto me mais leve, mais teu
Na tua ordem, fui instruido
Tens uma força que vai além do possivel
Sem sombra de dúvida, as vozes que ouves são as mesmas que as minhas
Na tua cela, entrei e a luz encontrei, porque abriste o teu mundo sem medos
Não sei o que fazer, o teu caos é demasiado integro
És uma força da Natureza
E quando me deito, penso em ti e nas horas desperdiçadas.
Preciso da tua inspiração
Caiste quantas vezes?
Quantas almas têns!?
Estamos juntos, mas separados
Estamos sobrios, mas embriagados pela furia do mar
É bravo, é assustador
Ao mesmo tempo, dá nos alento de continuar o caminho ao lado dos lobos da estepe
Os mesmos que lhe morderam durante a noite
Como consegues ter uma matilha tão grande?!
Porque me são dados, nenhum deles é cego!
Pela orla da manhã, Daskum na sua torre de vigia, diz me que Anarquinia se mantém firme
Livre e decidida, preocupada porque como eu, também me preocupo.
Não entres nesta guerra sozinha!
Não estás sozinha!
O livro queimou se, as cabeças rolaram, porque se tentaram inflitrar num meio que não lhe pertence.
A lingua que se soltou, foi para os aniquilar.
Não tenho o que dizer, só sei que a palavra Amor custa a muita gente e tu não tens dificuldade em dize lo, tens apenas medo de te tornares a apaixonar e vires a sofrer com isso.
Calma, eu sei o que sentes e até sei o que te preocupa.
Disso trato eu!
E jamais algum dia, serás considerada uma rameira.
Isso são apenas clichés, convenções sociologicos aos quais pertencemos, mas não temos de lhes dar ouvidos!
E sim, o teu Amor ferve me as entranhas!
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