sexta-feira, 11 de abril de 2014

Jogo duplo em perfeita loucura

Os sapos rosnam no parapeito da janela, ontem os miosótis dizem me que finalmente foi concedido algo mais primitivo a fazer em casos como o meu!
Pobre caminho! Surgiram de dentro das folhas, uma especie de setas, amarelas e incandescentes.
Não se lhes podiamos mexer, cuspiam ácido!
De repente, tudo á minha volta se torna negro, muito negro, tal como os pés dos meninos da rua!
E o cheiro! Cheirava a corpos!
Ondulavam cascaveis nas árvores e de longe se sentia o rufar dos tambores que energizava tudo o que por lá passasse.
Levanto-me e abraçando a lua transformada numa bola de neve a arremassei contra todas as raízes do firmamento que outrora teria sido próspero e abundante, ao longe vejo toda a quantidade de aves que transbordam nos beirais das casas partilhando o céu em curvas opostas, delineando o infinito...

Tudo o que sobe, acaba por descer... um dia, nada prevalece para sempre, a morte, nem mesmo a morte pra lá da vida!

E de longe, assimilo aquilo que me faz sentir única, perfeita na minha loucura.






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