terça-feira, 27 de novembro de 2012

Declaração de Amor

Como é bom namorar!
Lembro-me da última vez que namorei, foi há muitos anos atrás!

Tive apenas três homens na minha vida por quem posso dizer que me enamorei verdadeiramente.
Nunca fui muito feliz no amor, era demasiado obsessiva, mas sei lá...acredito pouco no karma,  muito menos na reencarnação no entanto sei que tudo se paga neste mundo, mas não sou mulher de muita fé.
Dos homens que verdadeiramente amei, dois morreram, o primeiro, dono de uns hipnotizantes olhos verde mar e de uma voz forte, na minha adolescência, o segundo era o meu pai que apesar de ser extremamente calado, cada vez que falava, lançava de uma só rajada, palavras que me deixavam a pensar durante horas, faleceu dois meses antes da minha filha nascer, há seis anos.
O terceiro...por quem tenho muita estima acima de tudo, homem de personalidade forte, espero que seja verdadeiramente feliz, que consiga amar em toda a sua essência, que viva por muitos anos...e que namore...
Admito que nunca lidei bem com a perda e tenho um mau perder de fugir...também só damos valor ás pessoas quando realmente percebemos que as perdemos.

Mas estava a contar...que tenho saudades de namorar, amo todos os dias, mas namorar...

porque me fazes sorrir.
quando me olhas nos olhos, me dás a mão e passeamos pelos jardins ao pôr do sol.
na surpresa do aconchego de uma flor.
porque sei que posso chorar no teu ombro e que me enxugas as lágrimas com beijos.
quando depois de uma discussão violenta me sussurras ao ouvido: "Que vamos fazer logo à noite?"
quando me dizes olá de manhã e me envolves no teu corpo num abraço fraterno.
porque discordas comigo, mas somos amigos sem julgamentos,
por me deixares ser eu.
quando me atiras pedaços de doce e nos unimos na disputa de quem vai conseguir ficar mais sujo.
em sermos adultos, mas conscientes da nossa meninice.
quando saímos à rua...e de repente me puxas por um braço e nos amamos em cada esquina.
na estupidez que é o Amor, no ridículo em que caímos e não nos importarmos nada com isso.
quando me lês a mente, no murmúrio do silêncio.
no valor das minhas mãos, dos meus pensamentos, nas horas em que estamos sozinhos...
na mudança que fizeste na tua vida para acompanhar a minha.
Amo-te porque amas primeiro a minha rebelde cria e só depois a mim.
Amo-te porque me Amas, só porque sim!











Sem comentários:

Enviar um comentário