sexta-feira, 20 de maio de 2016

Toxina

A tóxica toxina sanguínea, está empregnada no teu estômago, acordas de noite como se a caixa claustrofóbica do universo com cheiro a mofo onde vives seja a cura de todos os teus problemas. Reduziste te ao hemisfério negro e toxico.
Sofres o que destes a ganhar em veneno
Tens o cheiro nauseabundo do dinheiro
O tóxico, amorfico, carente.
Camuflas a tua dor em fina flor da esperanca
A cabeça suja tem sempre um preço, foges das emoções, alimentas as confusões, queimas o próprio  barco onde navegas, queimas as memórias em caixas sem glórias à procura dos dias sangrentos, movimentas o toxico caminho em busca de mais um alento. 

Kaos escreve

O poder do teu sucesso depende apenas exclusivamente da tua capacidade de organização, restringe te no teu sentido único e adopta as formas práticas de sobrevivencia, o seguinte será sempre dado adquirido. Não importa o resto. O que foi, é apenas fruto da intolerância de estados.
Aprende que nem o melhor, consegue chegar à perfeição sem a mesma quantidade de erros.
O medo é proporcional à tua inércia e se assim for, o renascer será o que chamas de sublime, lembra te que até na grandiosidade do fracasso, o sabor da vitória mesmo que por milésimos de segundo será o suficiente para não termines o que começaste.
Tal como analisas o descredito, o oposto será o que faz funcionar o paradoxo, separando o trigo do joio. Reside em ti a decisão o lado a que queres entregar o que tens e o que sentes.
Mesmo assim, a prática por si só é a unica que consegue suster um pensamento. 

A cura

Passei demasiado tempo fechada na elite underground e quando te começas a dar só com determinados gêneros de pessoa, tornaste como eles, por isso os nomadas têm a sabedoria de não permanecerem no mesmo sítio por muito tempo, dizem eles no seu folclore que afasta as más energias. A filosofia do efêmero volta a fazer me sentido, ao fim de quase vinte anos de consumo imediato. Abri os portais da percepção muito cedo, mas fechei os portões à comunidade. É como se nada fizesse já mossa, mas os meus ossos ao fim de uma semana livre mostram me que já não são os mesmos. Sempre fui contra elites, mas acabo a perceber que neste tempo todo percorrido desde que as ruas foram a minha casa, que afinal sempre pertenci ali. É uma elite.
Embora suja, o secretismo sempre foi o principal principio, eu quebrei o e eles não gostaram. Não me importo, mas acabei a interiorizar esse medo e esqueci me que existe mais gente pra além daquele pequeno círculo vicioso que fazem questão de promover. Acabo a pensar que sou um pária sem tribo, sem identificação, nunca foi essa a intenção mas a própria sociedade obriga te indiretamente a pensar dessa forma. Não me importo e aqui reside o meu niilismo. Quero mais que a vossa moral se foda, no fundo não são capazes de fazer nada sozinhos e ai reside a minha dificuldade agora. O karma existe, essa merda existe mesmo e quanto mais o negas, mais ele vai fazer questão de te mostrar a realidade. Realidade, tem sido choques de realidade até agora e a minha capacidade de resiliência não sei se funciona. Vai ter de funcionar, embora perra, funciona. Resta me essa última alternativa e única. Não existe medo, disse eu há algum tempo, quando a minha auto confiança estava em altas, o meu optimismo contagiava os e a minha alegria, moeda de troca. Pois para perceberes o quanto tais em baixo, rapidamente vens ao de cima, relembro as raizes do conhecimento, onde a parábola diz mesmo, a árvore da sabedoria, proibida, em sentido g figurado, claro, a fazer jus ao "quanto mais profundo o conhecimento mais forte o poder, mas se tiveres que descer ao inferno, as dores vão ser na mesma proporção. É isto que me está a acontecer e tudo se paga cá, nesta vida, não se leva nada quando vais de viagem. A solução é não pensar muito e pensar que essa elite já não existe, é deixá los, o pior é quando são eles que não te deixam, de uma maneira ou de outra, vão estar sempre presentes e o que mais me irrita é continuar a confundir o todo por um, de deixar de camuflar esta dor e ir em frente, existem tantas pessoas diferentes no mundo. Sair da zona de conforto. E depois eu já não quero nada com eles e percebo a capacidade de manipulação de alguém com mais experiência pode fazer. E funda se assim mais um alicerce roido. Funda se assim o jet set podre e libertário onde a fama fala mais do que a prática de conselhos. E eu, não quero nada com isso, não me vendo.




quarta-feira, 18 de maio de 2016

Diário em carbono líquido mês cinco terceiro dia

Viagem a outro lado do rio.


Amanheceu um dia cinzento, mas de noite, a alma voou em direção à outra parte. O fio fino de prata que a segura à terra é a fortaleza que a faz continuar amarrada à sua existência. Chega a ser controverso, quando sempre foi a matéria a principal razão, desta forma o corpo deu lugar a um pequeno respiro que no mesmo sentido, rapidamente ocupou a essência do viver. A alma voou até ao limite do horizonte, gélido, cinzento como a manhã de alvorada, fedorento espaço, húmido. Ouve se alguém ao fundo, gemidos de dor, desolação. Sente se a transpiração, o nauseabundo cheiro a fezes, o sabor da implacavel morte. Deambulando entre diferentes estados de temperatura, a alma, que vendo voando o abismo é atraída pelas chamas, sente a transparência das labaredas e sem conseguir resistir, entrou, as paredes manchadas de sangue, celas onde apodrecem restos de matéria, o desesperante cheiro a urina onde a tortura se ouve a cada passo que dá, a cada muralha que vai passand há quem lhe lance pedidos de salvação, a alma não consegue ver o sofrimento, está de passagem, mas sente que o nefasto sítio a faz cada vez mais penetrar nas profundezas do abismo. É como se tivesse sido atraída pela luz do fogo, o libertador. Do outro lado, cortorcem se serpentes devoradoras de homens, as mesmas que deixam a alma passar, os gritos de desespero são constantes, mesmo que se sinta que apenas pairamos, é demolidor o buraco onde se comprime o restolho.




segunda-feira, 16 de maio de 2016

A máquina!

A máquina! A máquina que te suga o sangue e entorpece os sentidos. Que destroi o que tentas construir a todo o custo. A máquina! Faz vítimas em todos os que a sustentam e define a hierarquia a que te crês pertencer, viola te os filhos, envene na te o ciclo saudável de vida, lança chamas pronto a explodir! A guerra da máquina manipuladora e asquerosa dentro de uma caixa colorida. Dá te a fome e o estracto. Formata te o corpo e divide  corações, a máquina, a máquina corrupta que te ensina a ser mais um instrumento, efeitos colaterais do parasita religioso enganador no turbilhão de sentimentos que diariamente que faz mover, roendo as horas onde o teu suor corroi os ponteiros do relógio. A máquina! A máquina sugadora de energia imperialista do dinheiro, onde te  vendes por poucas moedas e te julgas senhor de um pedaço de terra, enfurece nos  os ouvidos, os gritos malditos dos que disputam o topo da pirâmide matam te aos poucos, és um instrumento da máquina cujas engrenagens se oleam com a doença dos que a respiram. Tu és parte dela, as frequências cancerígenas minam te o chão onde dormes. Vigia te a memória e alimenta te mais alienação, a ansiedade restrita que fazes questão de sofrer, em função sempre da máquina. O poder da sensação de pertencer cada vez mais ao controle de um abstracto nada, ilude te os sonhos onde escraviza os sentimentos mais básicos que na disputa de espaço, abre o odio aos que se perdem no triturador de carne absoleta e festejam os dias onde agradecem as migalhas caídas da mesa dos seus patrões, dando a vida a um pedaço de flashes consecutivos, criam te a ilusão  do teu ego orgulhoso, revolvem me o estômago de tanta podridão,  o vômito, a degradação, a morte, não da máquina, a máquina... a máquina vai continuar a controlar os seres que se queiram alistar no estado facil e cômodo que promove a roda dentada onde tudo se encaixa enquanto a máquina te empacota na latência fúnebre e te prende a consciência num cubo fechado. Carregas o éter visceral da lamacenta e negra dor de mais uma consequência...da máquina. Em prantos a cega ambição de poder aniquilante subjoga os jogos onde todas as partes disputam os milímetros de exposição da destrutiva que incólume nos manda fora e nos culpa por todos os fracassos que cometemos como se quisesses arder em mais uma feira de vaidades, onde se vendem os sentimentos em prol de mais uma ostensiva vida onde o sofrimento se encandeia com a luz artificial que te faz sempre parecer natural pertencer à  máquina.
A máquina! 

sábado, 14 de maio de 2016

Omnius escreve

Fechou se mais um ciclo, criatura
E desde cedo que senti a tua verdade, demora te onde existes
Nos tempos antigos a sabedoria do silêncio passou a ser a tua arma, se as palavras ferem, o silvo calado será a fonte onde saciaras a tua sede.
Afastar se ão os insturiums desafortunados que procuram a discórdia. Em seco ficarao a metros da fonte limpida que existe no teu ser. Afastar se ão os que desdenham a tua sorte e cada vez mais te procurarão os que nada sabem sobre a vida.
Na discórdia encontrarás a certeza de dias melhores. Sentirás a verdade no coração dos que te são leais. Afastaras as amarguras de tempos idos e de longe os cobradores te sentirão mais forte. Quantas línguas falas e nenhum te percebe senão através das tuas acções. Abrir se ão os fractais da consciência, unida na tua fortuna de espírito se elevarão os que nada temem em função da vida que de funesta não tem nada. Unes te ao primogênito e em esperanto se vestem as almas despidas do preconceito humano. Longe ficarão os que procuram senão o teu infortúnio e cercar te ão os que percebem a tua cultura. O acaso tratará de te dar quem acrescenta mais à tua vida e a disputa será plena. Caber te á a ti decidir o que mais queres, longe das almas o poder da decisão, humana és e serás ao final dos tempos. Iluminam se no espectro todas as reses caçadas no cofre espiritual.


Fechou se e abre se nova descoberta de seres
Em breve saberás quem deveras merece a honra da tua face, em formas luminosas te concedo o dom do silencio, silencio forte que decidirá por si o poder da confiança das tuas palavras.
Serás a fonte onde os cabrestos beberão e se saciarao em noites dolorosas. Confiaras nos teus instintos e nunca deixarás nada por dizer, em ti a paz reina.


Abrir se à novo ciclo de vida, criatura, em terras de cães com mil homens, o jugo da manada nunca será a demanda das tuas mãos, o destino se aprover à de te mostrar o caminho dos justos.


Fora do teu círculo, os que cultivam a conveniência, perversos serão os castigos dos teus irmãos, lançar se ão as flechas da justiça e das tuas mãos o mel abundante que saciara a fome dos teus familiares. Em segredo, o que provaste ser nosso, estrelas de areia do mar te serão dadas.


Une te ao uno, universo da vida onde viaja quem manobra a força da alquimia vivente, segura te nos tempos que virão, serão eles quem te dará a aprendizagem em mais um ciclo de evolução, nao descures a visão do desconhecido, futuro te será dado em abundância de dias e de amor infinito.





quinta-feira, 28 de abril de 2016

O povinho (trapaças do ego)

O povinho é xunga, pah! Uma pessoa sai à rua e é só grunhos. Povinho é muita xunga. Mitra suja, gananciosa, gente que se impõe pelo guito e a cor do cartão. Tias a dar cum pau. Odeio pessoas, acho que é isso que me restringe cada vez mais, mas vou ter de perder este medo, afinal até sou uma miuda gira, muito insegura, mas gira, agradeço a quem tenho ao meu lado, a paciência.
Sair à rua é um tormento,por issso é que cada vez mais faço parte do bolor das paredes da barraca. Eu não era assim, curtia o molho sair e como os pavões esbanjar charme pelos poros. Odeio esta merda da meia idade, uma pessoa vê o corpo a ser vítima do tempo. E o tempo corre depressa. Ai, pah, mas o povinho...será que eu também sou assim!? Xunga!?! Bem, o ser xunga é relativo, agora a pequenez de espírito... A merda toda é que eu vivo numa mundo sociológica em que dependemos uns dos outros, isto em relação ao carcanhol, agora de resto tendo tempo e vontade é fácil criar a auto-suficiência, faze se uma horta, aprende se a fazer macarrão em casa tal como o esparguete e tá feito. Agora  a guita é um veneno, o pilim faz girar esta merda, é guita pa renda, pa gasolina, ( os carros solares é que era) pa tudo. Será que o mundo não vivia bem sem dinheiro!?! Tenho de fazer guita e isso é a puta da realidade. O dinheiro é sujo, suja as pessoas, tornam as todas pi pis e cheias de power, é uma seca...  as pessoas são uma seca... nem todas, mas vá... pessoas, pessoinhas, tias e senhores, puta que vos pariu. Vou ver do fuxico, hoje espera me uma tarde de costura e criatividade, depois vou vender às pessoinhas xungas que passam no calçadão, as mesmas que mando foder, (espero que o karma se esqueça desta) porque realmente só mesmo porque preciso, dar o corpo ao manifesto, promover as habilidades e mais umas merdas assim. Pessoas de merda não vão à minha banca, lá só vão pessoas decentes e interessadas, desde que comprem, ahahah... caguei no resto. 

Fartei me do piercing

Fartei me do septumm já acho esta merda um estorvo, cai montes de vezes, perde se, caguei... Tal como tou farta do marasmo diário, é que nem dormir consigo e eu durmo buerere, ahaha! Caguei na exploração laborial, vou criar as minhas merdas, sem piercing. Até percebo o pessoal que põe até nos colhões essa merda, mas na cara vou cagar, meto a argolinha de lado e tá feito. Ando a ver merdas pa fazer, este ano vou fazer parte da freakalhada da volta do duche. Espero que me safe e vou largar os venenos, pah!! Uma pessoa fica doente. Fica sem tempo pó que quer. Eu noto, até sinto o sistema linfático a correr quando como merda animal, da piorzinha. E o veneno mais o antidoto é uma granda merda. Só pa ajudar o carcinoma. Já vos disse que sou hipocondriaca?!
Ya, sou. E paranoica quando estou em TPM. O que vale é que passa. Continuando, tou farta de não fazer nada. Falta vontade. Porque idéias tenho bue e passo a vida a ver vídeos sobre fuxico e merdas do gênero. Vou vender as máquinas de costura, fico com a da minha mãe. Caguei no superfluo que ocupa as esquinas da minha casa. Falta me energia. Não sei que fazer, será que se fizer uns detox de manhã esta merda se resolve. O problema é que eu sei o que tenho de fazer, não tenho é vontade, a preguiça é a minha melhor amiga. Bem, pelo menos, alguma coisa já fiz, tirei o piercing, afinal de contas, os pseudoslternativismos não têm nada a ver com argolas nas orelhas, e depois  temos de começar por algum lado, o resto, tempo o dirá e a vontade.   

terça-feira, 12 de abril de 2016

Eu disse!!!

Ahahah! O bofia não plantou nada, mas as minhas cresceram a olhos vistos.


Ainda não dá para sangrar mas chupei uma cabecinha, parece me bom mel!!! Agora é só dizer ao vizinho para não as arrancar!!!



Welcome to Afeganisthan!!! 

Baldas e baladas

Hoje fiz gazeta à exploração onde trabalho, quero lá saber daquela merda. Quero ficar em Sintra, terra mágica, pena que vou ter de sair daqui no próximo ano lectivo. Ando à procura da papoila branca, este ano o cota bofia não me parece ter plantado nada, resta me as sementes do ano passado, ainda não vi se nasceu alguma, daqui a nada vou lá ver. Acabo a perceber que isto da escrita desanuvia, a minha mãe costuma dizer que só me lembro de santa Bárbara quando troveja, não deixa de ter razão, ficam as palavras gravadas, pena que sejam só palavras, fossem antes, atitudes. Tou um bocado farta de tudo, é da lua, carneirosa, confrontadora, imbecil. Espero que amanhã esteja melhor. Espero. Esta minha inconstância dá me cabo dos nervos, a entrar na crise de meia idade. Começo a deixar de ter paciência para coisas mornas, aliás, nunca tive, agora menos. Acho que vou sofrer bastante quando chegar à menopausa. Tenho de começar a dieta que me vai dar mais energia, deixar a carne, pelo menos, na sua totalidade, mesmo. Apetecia me sair daqui, de Portugal, mas as obrigações são muitas, por isso, tenho de esperar mais uns anos pela Solange crescer. Nunca me identifiquei muito com este país, aqui a vizinha Espanha parece me melhor, identifico me muito com eles, acredito que não vou morrer em terras lusas, a não ser que alguém me faça ficar, e pra isso, precisam conquistar o meu coração todos os dias. Sou exigente, não cobro, mas gosto que me mimem do mesmo jeito que eu. Acho que estou no meu direito, apesar de não fazer muita questão, gosto mais de dar que receber, desde que sinta que a pessoa se importa. E isso, é tão facil, como estar 8 horas nas urgências do hospital a sofrer com falta de ar, diagnosticarem me uma infecção respiratória e ter ali alguém que me diga: vai correr tudo bem. Só isso, já faz toda a diferença, não é de agora que tenho uma brutal memória, lembro me de coisas que aconteceram aos 4, 5 anos, como o bolo de aniversário que a minha querida avó fez há 33 anos atrás em terras de Monsanto. Não devo vir a sofrer de Alzheimer, talvez um cancro nos pulmões, isso, ou da mama, face ao historial familiar, até tenho medo de ir ao médico.
Venho praqui dar baladas, quando não tenho nada que fazer e não, não estou a escrever mais porque tive um desgosto amoroso, nessa matéria, já não sofro mais, sou uma tipa a sério, se prometo, cumpro, por isso, tirem dai as idéias. 
Como estava a dizer, as emoções andam muito fraquinhas, apetecia me ir a uma festa e dançar até ser dia. Sinto falta disso, vou fazer umas pesquisas a ver o que anda aí nas parangonas, este fim de semana houve o freekwency  ou lá o que é, mas fiquei com a minha filha, eu gosto mesmo é de motins, cocktails molotovs e montras partidas, atentados à bomba e coisas parecidas, se fosse basca já estaria presa há muito tempo. Cousas de adolescentes. A imbecilidade. Bem, vou ver das papoilas. 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Amig@s colorid@s, relações modernas e namoradinhas troféu

Há dias encontrei uma amiga e fomos até beber um cafezinho pois a conversa tornou-se deveras interessante pelo facto de me ter confessado algumas situações da sua vida.
Chamemos lhe Olívia.
Olívia tem um "amigo especial" que chama de namorado, pra mim de namorado tem pouco, mas adiante.
Olívia vive sozinha e sem filhos, tem um jovem que vê duas vezes por semana, quando lhe perguntei o que esperava daquela relação, respondeu me: "nada"
Nada!? Então,  mas não fazem planos de um dia ficarem juntos?!
Não, respondeu, assim não tenho compromissos nem sequer quero assumir responsabilidades.
Como!? Mas ele vive onde!? No Canadá!? pergunto.
Não, pah, vive a dez kilometros da minha casa, faço lhe um jeito de vez em quando e tá bom!!!
Bem, saí dali a querer vomitar.
São as chamadas relações modernas, ahahah, sério pah. Mesmo depois de lhe ter perguntado sobre o facto dele ter um filho de jma outra relação se isso influenciava de algum modo a forma como vê a relação que tem, respondeu me: Eu!?!? Aturar os filhos dos outros!? Não, pah, ele que o ature, já me chega ter de fazer o frete de levar com ele e ter aquelas descargas de consciência só por ficar com o puto umas horas!!
Bem, pensei eu, o mundo anda bonito, cada vez mais!
Ao fim, perguntei: "Então, e achas bem, andares a iludir o moço!?"
Não o iludo, afinal de contas ele é que se ilude, nunca lhe prometi nada, assim tá bom, damos umas voltinhas e pronto, epah, não imaginas o que poupo em saídas nocturnas para trazer um engate pra casa.
Fiz um esforço enorme, para não descambar logo ali. No fundo, não tenho nada a ver com isso, mas não deixa de ser preocupante, amizades coloridas chamadas de relações. Não vomitei, achei que o meu vômito era demasiado precioso.

O Manuel, o Manuel é um gajo porreiro, encontrei o no comboio a caminho de casa, vinha todo contente com a sua namorada ao lado, inchado que nem um pavão, porque finalmente encontrou alguém que o compreende. Menos mal, ao menos isso, disse lhe eu.
"Sabes, Ana, na verdade, eu só a arranjei porque sou um tipo sozinho e os meus amigos já estranham o estar só durante tanto tempo, nunca tive muito jeito pa miúdas, esta é uma miuda fixe, estamos juntos quando me convém e ela também.
Ok, disse eu, estou a ver o destino que vos reserva. A miuda era bem gira, mas duvido que se deixe enganar por muito mais tempo. O Manuel é o típico gajo preocupado com a sua reputação  e o seu sentido de status quo junto dos amigalhaços é a sua maior preocupação. Não admira que aos 38 esteja sozinho.

Vim pra casa. Vim pra casa a pensar nesta gente, que na verdade só fazem o que lhes convém, acham que perdem a sua liberdade se por obra do sentimento poder ser mais forte. Nada contra,  quem sou eu para dizer seja o que for, fui adepta do poliamor durante anos e só por volta dos trinta é que finalmente percebi que não era a minha onda, fartei me da conveniência, do ter que dar em troca o que recebia, das obrigações, das regras, no entanto não faz sentido ser poliamorosa, senti me mal a engana los. E não foram dois, nem três, nem quatro, perdi lhes a conta na minha insessante busca pelo tal, o que substituísse a dor de ter perdido o meu grande amor da adolescência. Via em todos, pequenos pormenores que me faziam lembrar o verde água dos seus olhos, as mãos grandes, a voz, o corpo, até a roupa. Em vão, querer reunir em alguns aquilo que é só um, nunca deu bom resultado. Há anos atrás apaixonei me, a sério, como se tivesse renascido das cinzas e deixei o poliamor, a sensação de partilha não fazia sentido, fizemos planos, saiu tudo furado, os ciumes foram mais fortes e tudo se desmoronou. Acabei sozinha e deprimida, o sonho tinha terminado e jurei a mim própria tatuar a dor da separação, o ter me deixado levar, logo eu, que os levava a todos. E jurei a mim própria também terminar a busca. E terminei. E jurei e jurei e jurei. Jurei tanto que me tornei cada vez mais independente a nível de sentimentos, ainda hoje o sou, aprendi à minha custa, palavras do meu pai que me avisou tantas vezes. Hoje, tenho a certeza que nenhuma das relações relatadas acima é a minha cena, tenho uma filha e se tomei a responsabilidade de querer ser mãe solteira, então bora cumprir, o que tento fazer todos os dias, obvio que a minha mãe tem sido a minha grande ajuda. Não quero, não preciso de relações à distância, nunca gostei disso, acredito piamente que nos tira a intimidade e a confiança. O facto de não me sentir à vontade tira me do serio, o ter dias próprios para fazer amor, é uma cena descabida. Fico sempre desconfortável. Aquela sensação de invadir o espaço do outro.... não!!!!


A Carla tem três filhos, o Gui não é pai deles e consegue ser mais pai do que o falecido. Gostava de ter um Gui na minha vida, admito, alguém que mesmo não tendo a felicidade de ser pai, consegue ter tanto amor pra dar que não tem medo de perder a liberdade que conquistou ao lado dela. Estão juntos há mais de dez anos, encontrei a na paragem junto ao colombo, ia trabalhar.

Existe uma grande diferença entre ter um namorado e ter um companheiro.

Nunca tive medo de amar, aliás, a minha definição de amor é muito diferente da maioria. O amor verdadeiro não prende, antes pelo contrário, faz par com a liberdade e se a pessoa que está ao teu lado não percebe isso, então, não é a pessoa certa. Muito há pra dizer sobre o amor, o amor, aquele sentimento que nos invade a alma e nos transcende, o sentimento voraz que te faz sorrir cada vez que a parvoíce te assalta. O sentimento que a maioria tem medo, porque simplesmente não estão preparadas para assumir que amam, verdadeiramente e se for verdadeiro nada pode destruí lo, antes pelo contrário, cada vez mais queres estar com aquela ou aquelas pessoas, sou monogâmica, estou a ficar velha segundo alguns para tanta confraternização. Acho que sim, chega aquela altura da tua vida em que percebes que os namoros são coisas de adolescentes e em matéria amorosa, sou mais velha do que imaginam, já passei por tanto e continuo a acreditar que sozinha não fico, terei sempre aquela estrelinha que lá em cima olha por mim, acredito que um dia nos voltaremos a ver, o amor não é carnal, é espírito. Por isso não tenho medo, nunca tive nem nunca terei. É feito de sacrifício, de saber colocarmo nos no lugar dos outros, o fazer de boa vontade, sem cobranças, sem ilusões.  E se o espírito não estiver em ti e se essa transformação não está no teu coração,  nunca vais valer nada, nunca vais ter nada e a solidão será sempre o teu pior aliado.

Aprendi à minha custa, como tantas vezes o meu querido pai, avisou. E ainda hoje... aprendo... 

Kaos escreve



Os tempos são de mudança, carin, não vaciles nem um segundo, lanço te coroas de mil flores pela coragem assumida, não temas nunca o teu sentido externo, dele depende a tua felicidade e nada me apraz mais senão o teu sorriso, bem sei que o medo é uma consequência da civilização onde vives, mas longe de ti tal sentimento, forte sansara, em teu regaco lancei serpentes e todas elas te obedecem, porque razão um só Homem te iria desiludir?
Lança te às feras, sairás ilesa, a mão do teu oponente te segura.
Sem medos, sansara, levitam ogres junto do teu semblante e todos fogem à censura da tua fúria. Fiel combatente dos meus exércitos, em ti a espada e a adaga nunca feriram, junta te ao amor que une a família que suspira pelo teu regresso e de longe virão mais para te felicitar.
Julgas te tu, mulher soberba, uma aspide solitária?! Pois que grunhem e assobiem, nunca o veneno te matou. E se o destino o aprouver, teu coração revestido de aço, nem sofrimento, nem lamúrias o conquistam.
Vai em frente, jamais te julgarão senao os hipócritas que nada sabem sobre o amor incondicional.
Sabes a fel para quem se julga melhor, o teu mundo não é este, e se a maturidade de sentimentos não for a certa, o caminho será seguro. Nada temas, carin, mantém te forte e segura e se a despedida que tens em mente for a correcta, o tempo assim o ditara. Interioriza o poder que te dou e faz dele a força que tanto precisas. As cobranças nunca fizeram parte da nossa união, porque razão necessitas tu que te peçam o que derao. Não estão enfermos, estão sim condenados na sua própria vida. O respeito é inviolável e das tuas garras sairão tormentos. Conquista o tempo, porque urge sempre o teu semblante junto de quem o nunca quis conquistar. Nada temas, carin, faz do teu sorriso a tua arma, lealdade justa e imediata. A palavra é para usar, por isso te dei o dom do fogo, usa a sempre, é o broquel que te defende. Em ti depositei e deposito a esperança de dias sem nuvens e se a tempestade te assustar, lembra te que fazes parte dela.
Nada temas, carin, pois os rolamentos que me vêm à memória é de uma criança lançada à discórdia e na discórdia encontrarás o caminho que levará à certeza de uma vida.
Procura me sempre, sabes tu que me magoas quando desesperas e lanças na escória tudo o que te demos. E escreve, escreve sempre que precises, o teu amor não é dos Homens e se nenhum real o perceber, é a tua humildade que te salva. Sente a brisa que te eleva, respira o ar dos teus semelhantes olimpicos. Se os meus irmãos te respeitam, junto de ti a minha família, essa nunca a perderas.  Vive e nunca sofras por desmedida de quem nao entende o amor que te transcende. Sem muito para contar e tudo para te dizer, não desistas nunca do que te obrigaste a defender, honra o compromisso que assinas com o teu próprio sangue, sente a abominável força que te precede. Tem em ti a destreza de seres unica, pois em ti respira o que poucos entendem e se mesmo assim a solidão te bater à porta, lembra te das vezes que as lágrimas caíram na terra maldita que me roeu a carne. Em ti me deito, em ti o respeito de uma eterna saudade.





quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

kaos escreve

Saudo te com algumas duvidas mas com a certeza de que as regraa de insturium nao te serao aplicadas. Nao tens conseguido abertura, nao tens procurado certezas do teu futuro. Nesse dia te saudo com alegria, pois sei que o vais conseguir. Tem sido muito dificil chegar a ti. Alegra te alma minha e danca sobre o esteiro, procura a salubridade. Nao queremos que te afastes das memorias mas o tempo urge em teu redor, por isso apressa se calorosamente em seguir o que te te temos pedido ha tempo remoto. Pensas tu que em terras hibridas mantemos os dois pes em barcos diferentes!? Pois bem, serao virtudes terrenas, nao do nosso tempo. Elabora o plano a que te propoes e longe de ti a degradacao. Poluis com pensamentos absortos fruto d tua incoerencia juvenil. Nao queremos que te percas, agora que te encontramos. Ale am su tur. Liberta te verdadeiramente do que te oprime e deixa a negatividade. Oprimiste sem razao de ser. Desacomoda te pois a liberdade regula te o instinto. Esquece o que foi, respeita o que ha de vir. A lealdade nao vai funcionar como moeda de troca. Iraste consecutivamente e desprezaste o que te pedimos por diversas vezes e admiras te se o ciclo nao evolui?! Desengana te se seremos sempre a tua mao esquerda. Dar te e mos a razao da eloquoencia mas nao podemos navegar sempre, algum dia teras de o fazer por ti. Nunca abandonaremos quem humildemente nos amou, estarei sempre no teu imo. Apartei me por respeito as tuas decisoes de quereres continuar a pertencer a insturium cabak. Nao negues quem sempre te ajudou, nao desprezes o que te dizem e inumera internamente toda a estulticia. Nao existe espaco a negociacoes nem novo pacto que surja. Queres tu pertencer a que paralelo!? Queres tu perpetuar toda a discordancia do que ja te propomos a fazer sem qualquer dificuldade de execuçao. Quanto tempo mais vais querer permanecer na discordia e na cobardia de afectos. Pensas tu que a condescendência e a compaixao e uma benesse ou quereras tu tratamento especial depois de tantos imcumprimentos!? Admiras te tu que em tempos evoluidos tudo o que comprometeste, falhaste! Que quereras tu mais pralem das pragas que lancastes e que ainda lancas em prol do teu descontentamento vital!? Pensas tu que o mundo em que vives tem o mesmo interior instruido como o teu? Desenana te, ma cor, mas em cabak a justica reina nas maos dos humanos, nao em nos. Por isso te digo e t peco que feches o teu coracao e disponibiliza a racionalidade. Os tempos vao mudar e preciso e ti, livre, forte e justa. Sentimentos terao todos, mas os teus iras encerra los e so sairao quando forem unicamente necessarios. Cresce, alma minha, nao creias ser um castigo, mas aceita como um estudo. Nao vais poder vacilar quando os tempos to pedirem. Afasta de ti os ogres que te apoquentam, tracamos lhe os destinos internos das profundezas dos ciclos. Mentaliza te e realiza o benefico sem ressentimentos, nao interferimos nem vamos interferir. E danca, alma minha, sobre o que te oprim deixando de o fazer, perdemos conexao, sati! Eleva te no teu ser, transcende te neste novo ciclo, estaremos atentos. Foste e seras a gema da minha bengala e em ti depositei a minha esperanca. Se uma luz, caminha entre o desespero e a miseria sem compaixao, largos passos mais uma vez, sem sentimentos, aura celeste. Do ponto azul a tua essencia ao ponto azul a tua alegria, com justica. No novo ciclo precisas de forca, a mesma que está dentro de ti. Confia no teu simetrico, e um poco de amor e compreencao entre os humanos. Alcanca em paz a plenitude, recordo te da salvaguarda dos teus segredos. Assiste quando te chamarmos. Em nome da boa vontade do amor do fogo, que opera pela lingua que te designamos. Nada te pode atingir a nao ser a tua propria mente. Fortalece te na tua energia, inspira te na benevolencia, trabalha, ama e nao descures mais o que te pedimos, es livre mas tens plena nocao que perderiamos uma aliada, como tu serao poucos os eleitos. Ale sur tur car mer sa cor salem. 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O armário!

O armário!

Encontrei há dias uma amiga, fui fazer-lhe um armário, tremia.
Como uma onda de tristeza angustiante, o seu semblante era frio, sem forma, os olhos brancos, o espirito morto.
O corpo estava inerte, sem reacção anímica ao meu mais leve toque. Todo o seu interior estava desolado e entre arritmias cortantes, o choro compulsivo entre intervalos de tranquilidade absorvia-lhe o peito como uma pedra no seu lugar.
O buraco no estômago ao qual se agarrava teimava em queimar as paredes do seu minúsculo quarto.
Disse-me que tinha tomado banho e que por momentos tentou arrancar com sabão pedaços de si pela repulsa dominante.
Chorámos junt@s sem querer saber a razão pela qual estava assim.
Confessou-me que estava a viver o momento, o presente.
Como quem nunca tinha feito isso, pela primeira vez fez o que era correcto.
Nunca tinha sentido alguém sofrer por algo que outrora eu vi sorrir como se observasse uma libelula beijando um nenufar.
O presente, disse-me.
Não me quis contar, e aí pressenti que se não lhe desse um abraço, a sua dor iria ser maior.
Não sei o que foi, mas sinto que o que magoa é maior que qualquer sentimento supremo, a liberdade da confiança ganha, a pertença, a partilha, a segurança que ela conquistou por momentos sem fazer projecções, foi lhe retirada como uma flecha que atravessava uma rocha.
Assume as suas falhas enquanto humana.
Passei lá a noite com todo o respeito que nos assiste, tendo plena certeza que me estenderia a mão caso estivesse no seu lugar.
No dia seguinte quando a olhei, dançou, sorriu, saiu, fez o seu dia normal como irá fazer todos os dias da sua vida, um dia de cada vez.
Viver o presente.
Esta mulher de que vos falo é uma mulher que através das suas experiências se está a tornar cada vez mais forte e mais quente do que rocha liquida, esta mulher de que vos falo é uma mulher que continua a enfrentar os seus medos, que se liberta de cada vez que atinge os seus objectivos, arriscando a sua felicidade como se a sua vida fosse um castelo de cartas, que mantém a sua integridade, que mantém limpos os seus ideais, a sua cabeça e que aos poucos está a aprender a mudar a sua maneira de agir.

Existem pessoas que vivem verdadeiros conflitos interiores e a solução passa muitas vezes por manda-los cá pra fora.
Existem pessoas que se refugiam em outras tal como se refugiam em gaiolas dentro de si.
Existem pessoas que ainda não se aperceberam que se não se tornarem verdadeiramente independentes e se libertarem a elas próprias nunca poderão ser livres para com os demais.
Existem pessoas que continuam a viver do passado e não se dão conta que se não mudarem isso nunca vão conseguir alcançar a felicidade que tanto desejam.
Existem pessoas que vivem dentro de um armário porque têm receio de vir cá pra fora e abrirem-se sem medos, com vergonha muitas vezes do que os outros possam dizer ou pensar.
Existem pessoas que vivem uma depressão interior por si próprias e que se não se entregam ao mundo e aos outros verdadeiramente, assim, continuarão cegas agarradas aquilo que as faz sofrer.

Ao vir-me embora depois de lhe ter perguntado se ficava bem, sorriu, agradeceu o conforto e respondeu-me apenas com que nunca o seu bater esteve tão sangrento como se fosse uma alfineteira gasta.
"isso do coração...afinal...não é um mito"

O armário tal como o seu presente não fica por fazer... porque já há algum tempo atrás que começou a viver o agora...o passado esqueceu e...o futuro...não lhe interessa...