sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Trauma!

Interrrompo este blog para falar de algo que eu busco incessantemente investigar! A razão pela qual algumas pessoas vivem traumatizadas, tenho por hábito investigar até á exaustão as causas, as minhas e muitas vezes as dos outros. Muitos dos nossos traumas estão relacionados com o Amor.
O meu foi esse.

Conheci uma pessoa bastante agressiva consigo própria e só hoje consegui deslindar o porquê.
Passo a explicar
Nós, humanos não lidamos bem com a rejeição e por vezes temos tendência a culpar os outros pelo nosso sofrimento, isso acontece quando generalizamos todos por um e não pode ser, porque as pessoas são todas diferentes e os tempos mudam, algumas pessoas ficam e algumas pessoas ficam na nossa memória e por vezes isso magoa.
Quando isso acontece, a melhor solução passa por admitir as nossas falhas e tentar descobrir a razão pela qual não conseguimos lidar bem com isso, pensamos sempre no porquê, pensamos sempre no que teremos feito para merecer tal sorte, pensamos sempre no que eu fiz e no que poderiamos ter feito para que as coisas resultassem.
Muitas das vezes deixamos de acreditar em nós e nas pessoas que podem fazer alguma diferença na nossa vida e aí entra o medo. O medo de não conseguirmos atingir a mesma plenitude de outrora e quando acontece temos tendência a culpabilizar quem está connosco, temos tendência a comparar as pessoas umas ás outras e isso não pode acontecer. Queremos morrer muitas vezes, perdemos o nosso amor próprio, porque estamos tão ocupados com os nossos pensamentos duvidosos em relação á nossa felicidade que nos fechamos e não temos coragem de mudar isso, ou seja voltar a acreditar, mas essencialmente voltar a acreditar em nós e sermos íntegros naquilo que sentimos. Falo na coragem muitas vezes de nos abrirmos connosco.
Falo sozinha muitas vezes, faço perguntas a mim própria e assim resolvo muitas das minhas dificuldades em perceber a razão pela qual tenho determinadas atitudes. Chama-se auto terapia.

Aprendi a perdoar, aprendi a não culpabilizar os outros pela minha infelicidade e aceitar a realidade como ela é e a mudar me cada dia que passa para ser uma pessoa melhor sem medos de enfrentar a vida e os outros e assim ser feliz comigo, porque se eu não for feliz comigo e não ser uma mulher bem resolvida nunca vou conseguir atingir a minha plenitude e nunca vou conseguir fazer os outros felizes.

Esta pessoa de que vos falo viveu um grande Amor, viveu o companheirismo diário, viveu alegrias, tristezas e quando a outra pessoa se foi embora a que ficou não resistiu á dor e fechou-se sobre si mesmo.
Deixou de acreditar, deixou de viver, é como se tivesse morrido para a vida, mesmo não tendo morrido continua moribundo porque continua a viver o passado, está de luto e deprimido e assim refugia-se nos seus pensamentos, nas suas paranoias, na bebida, na conveniência do próximo, não é honesto consigo mesmo e por isso o sofrimento continua, porque não se abre, não sai cá pra fora, não sorri, não tem força para viver, não tem coragem para admitir que sofre em silêncio. Passa a ser uma pessoa egoísta, passa a ser uma pessoa triste abandonada e a paranoia resiste porque a cabeça não para de pensar no que fazer para tirar a dor que tem dentro.

Este trauma só é resolvido na sua essência quando o individuo tem plena consciência do problema e aos poucos tem de procurar dentro de si as respostas para se sentir bem, livre de constrangimentos, abrir-se e deixar se ajudar.

Enquanto isso não acontecer por si, não há ninguém que consiga ajudar outra se ela não admitir as suas falhas e não se ajudar a si mesma.
É como a droga, enquanto não houver coragem para admitir que temos um problema, nunca o mesmo será resolvido, porque não existe vontade, não existe sequer consciência, não existe força, não existe querer.

Onde se vai buscar esse querer?! Voltar a acreditar que é possivel mudar de vida, mudar habitos por exemplo, aproveitar o dia, ganhar animo, trabalhar o interior, analizar nos todos os dias, viver a natureza por exemplo, andar nú, olhar nos no espelho e gostar de nos vermos, agradecer todos os dias pela batalha das 24 horas que temos pela frente, sermos fortes e acreditar que vencemos mais uma guerra.

A todos os que já passaram por isto, incluindo eu própria, quero só deixar escrito que é possivel voltar a sorrir apartir do momento em que o nosso coração deixou de estar apertadinho, pequenino e passou a ser grandioso.

Tal como Ali Babá e os quarenta ladrões abriam a gruta dos espolios, eu digo, Abre te Coração.




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Acreditem ou não...


todas as personagens são ficticias e tudo o que foi escrito nunca existiu...

foram apenas escritos...estórias...fantasias...desabafos...afirmações...sentimentos...conflitos...vida...

sei que sou quem eu quero ser...

agradeço a todos os que de longe e de perto me acompanharam nesta louca viagem...

percebi que afinal houve quem se interessasse por coisas que não interessam a ninguém...

este blog termina tal como começou

http://coisasquenainteressamaninguem.blogspot.pt/2011/11/sistem-under-locked-can-awake-supremes.html

domingo, 2 de dezembro de 2012

Não!

Ana...acorda...
Ana...que fazes?

Não!
Deixa-me sonhar!
Deixa-me viver as minhas fantasias porque para mim elas são verdade!
Não quero mais saber da realidade!
Não!

Tenho uma vida dentro de mim...minha!

Não entendes a minha obscuridade...
As minhas depressões...
O meu lado negro...
As minhas incorporações...

Não me acordes...deixa-me sonhar...por favor!










sábado, 1 de dezembro de 2012

Reflexo...

Como é que eu consigo escrever tanta mentira?!
Camuflo as minhas feridas na luz do infinito que não existe.
O meu outro eu teima em querer continuar o massacre.
Doi-me o coração.

Sinto-me uma vergonha.

Sou uma lirica...
Uma inconstante!

Isto é poesia...
Isto é alquimia...







Contem-me histórias...

Acordo em ti todas as manhãs.
Amanhã é apenas um dia diferente.
Em que te coloco na mais intima personagem.
Eu vivo de ilusões e agora escrevo sem rede de sustento.



No dia seguinte eu serei...a a ultima que não estarei ao teu lado.


Não quero mais sentir a mesma aflição
Não é mais carne para canhão

Não tenho por hàbito..

Passo por ti, arrogantemente e te digo que não existo mais na tua vida sem tu dares conta
Não tenho mais forças para compensar as minhas falhas


Puta de vida

Não quero
Não preciso
Não desejo


E depois de amanhã eu serei...a mesma sem tu teres conhecimento dos meus proprósitos

Nunca mais!







quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Excerto do livro: Diário em Carbono Liquido por Agnes Gonzalez


Excerto do livro: Diário em Carbono Liquido por Agnes Gonzalez

Livro dedicado a todas as pessoas que tenham passado por relações sejam elas que tipo forem, que se possam rever neste diálogo que é nada mais nada menos que uma confusão de sentimentos.
Tenho consciência de que a vida não é um mar de rosas e que nem sempre fui o que era idealizado pelos outros, no entanto quero só deixar esclarecido de que não somos vítimas de nada, a não ser das nossas próprias acções, uma vez que as mesmas dependem exclusivamente da nossa capacidade de auto-reflexão e do nosso auto conhecimento.

Deixo o apelo a tod@s os que alguma vez se deixaram envolver demasiado, aos que dependem dos seus companheir@s, essencialmente a nivel emocional e de todas as outras formas, aos que têm pouca auto-estima e aos que que têm medo de abrir o seu coração com medo do que possam vir a sofrer!
Amar nunca é demais, desde que se consiga entender a razão da nossa fragilidade!

Este texto foi publicado anteriormente, mas foi removido, volto a publicá-lo, pensei que o tivesse perdido embora o mesmo não se encontre completo, quero agradecer a quem o guardou junto da sua memória... desde já o meu obrigado do fundo do coração.

                        Quando não se tem nada a perder, a coragem torna-se um dever!

                                       
-Opá, mas tu tás te a passar ou quê?? 
-Quem!?!Eu?!Granda lata!
-Sim, realmente, até parece que nunca as flores secaram por falta de lágrimas? -E tu tás a dizer que eu nunca chorei só para as poder ver secas?! Pois, lamento informar-me, mas todas as gotas que me caíram da face foram em prol de que o luar nunca as deixasse de iluminar, para poderem ter luz e se alimentarem!
-Sim, mas isso não implica que tenhas quebrado o basalto que ocupava o meu coração, disse-te tudo de mim, nunca o fiz! Só depois percebi que em vez de me colocares a mão no ombro e dissesses: ”Pra quê isso? Sabes que sem se tentar, nunca se sabe o que se alcança! Tenta” e sabes porquê? Porque as minhas palavras não são certas e ouvindo as dizer por outro alguém, parece que soam melhor! Antagonicamente, como já verifiquei, conseguiste inverter o sentido amoroso! O que é para ti o Amor? Foi sempre uma pergunta a qual fugiste!
-Opá, não tenho paciência para essas merdas das definições, o que interessa é o que se faz para que se fluía, seja coordenado, fácil! Não quero saber, nem te vou responder, porque isso irrita-me, polui-me, atrapalha-me, revolta-me! Não tenho confiança em ti, não sei se daqui a bocado estás numa de atrair boa sorte, se queres é se destrua o que há! Não captas! Mas sempre…não dá! É triste saber que afinal tudo não passou de um engodo! E eu fui enganado, porque pensei que se pudesse fazer coisas e no fundo o que se supunha era um desatino constante! Não tenho paciência para discutir se fizeste bem ou errado, porque já nada me surpreende, é me indiferente, desde que não comeces com aquelas tretas dos discursos tão típicos teus de que é assim, porque é assim e nada mais existe! Tu existes, os outros, não! E como se ainda não bastasse nada te teve, não tive aquela sensação de ser livre, de poder contar com o teu tempo, com a tua vontade, eu não existo também, odeio o quanto me fazes sentir como um prego que já está torto espetado na madeira e que por muito mais que batas ele nunca se endireita! Acabou-se o tempo em que acreditei que seria possível caminhar num túnel e antes de chegar ao fim já o tenho iluminado! Quero que me deixes funcionar com o que pretendo, violas-me os pensamentos! Entras e queres que esteja disponível para tudo! Arghhhh! Eu não tenho nada que fazer isso! O que é isso?! Pareces um daqueles insectos que giram á volta das lâmpadas! Sabes? Giram tanto á volta daquilo, mas tanto, tanto! Não param de girar e giram e giram, mas se derem um giro mesmo ao centro da lâmpada com mais violência dai a umas horas giram mas é “kapute”! Tu andas sempre a girar, tens medo de dares cos cornos e marares! E não pensas…ou secalhar isso também já deve ser assim um esforço maior, não?! É tudo uma merda, irritas-me com a obrigação de ser eu a fazer, não suporto essa ideia de ser levado para ser amarrado, ali, sem me mexer, á espera de que me caia um saco cheio de dinheiro! E mais! Caguei, não prestas, não quero que me vejas como se fosse um descobridor de lucros, porque daqui não levas nada, tudo tem de ser alí á risca, tudo contado até ao último cêntimo, níquel, euro por euro, hora por hora, porque eu  quero que percebas que não ando aqui a brincar, caralho! Eu não vou mais levar com isso! Tu não és nada! Tu não queres nada e eu odeio quem não quer nada, ou parece não querer, porque eu muitas vezes já duvido que queiras mexer em qualquer coisa! Arghhh!! Pá, o tempo em que era tudo bonito já não existe, nada me prende e tu vais continuar nessa ilusão de que tudo não passou de um mal entendido, porque não era aquilo que tavas a dizer, mas porque era aquilo que tavas a fazer! És uma autista! Inconsciente! Tentas sempre dar o que tens, mas também tens o quê?! Nada!!  Fazes-te  passar por uma pessoa que afinal não és nada do que pensas! É para eles verem, só! Não é por isso que te vão dizer que sim a tudo! Não tens noção de que o espaço do teu mundo é diferente do espaço dos outros! Não te dás conta de que há mais coisas que se podem fazer e mesmo que houvessem andavas a ver “quem” ou o “quê” é que te podia dizer se tava certo, só porque não sei o quê! (.,.)
(…)
-Dás- te conta de que me dás as armas todas!? Já sei que por muito mais que diga, falta sempre qualquer coisa! Sou uma verdadeira inútil, sim senhora, foi sempre o que eu mais queria e tu conseguiste fazê-lo! É por isso que eu gosto de ti, sim, porque eu não posso viver sem os teus conselhos! Eu desrespeitei-te sempre, não foi? Consegui  igualmente um outro meu triunfo, que era ser uma verdadeira chata, perseguidora, fogo, estou mesmo feliz, só não queria que pensasses que era de propósito, mas tu consegues sempre descobrir os enredos e os problemas, encontras soluções ao virar da esquina, em cima do balcão, a vasculhar contentores, até podem estar vazios, mas tu vais lá na mesma só para te certificares que nas paredes ainda pode estar algum pacote de acúçar para te curar essa azia permanente, estúpida e sem sentido que fazes questão  em por ao de cima, sem que alguém te tenha dito nada de agressivo ou de querer mostrar alguma consideração pela tua pessoa! Dói-me o coração! Não imaginas o sofrimento que me assola desde que me deixaste, tenho pena de não te conseguir fazer sentir o alivio que eu tive quando aprendi que afinal aquela pessoa que tanto condena manifestações de carácter corrosivo, que me alertou para o facto de eu ter outras pessoas  de me estarem a reprimir, me está a fazer o mesmo, que quem acredita na partilha de conhecimento, de trocas de afecto, compreensão, de apoio, de entre-ajuda, como casal, sim, tinha essa ideia! (Nunca quis que fizéssemos isso sozinhos, sozinhos a partilha seria mais a roda de uma roleta!) Essa pessoa que acredita no funcionamento de uma comunidade, de igualdade principalmente, justiça e clareza de discurso, vem por um outro lado atingir o meu lado mais sensível! Quando digo que dei tudo, digo que pensei que podia confiar em ti também, mas afinal tudo o que eu fiz! Será que fiz?!? Pá, diz-me lá, lembraste de eu ter feito alguma coisa, sozinha ou contigo em que elogiaste de coração o que se repartiu, ou melhor o que era comum!?  Lembro-me, eu, em tempos que já lá vão e que eu gostava que voltassem, que voltassem a ser como eram!! Preciso tanto de ti, meu amor, preciso tanto do teu carinho, da tua força, do teu carácter vincado e essa personalidade tão invulgar que faz com eu continue a achar que temos coisas em comum, temos imensas coisas em comum, só não temos em comum é o sentido de amor e principalmente o mesmo sentido de respeito, essencialmente, já que falas tanto em respeito e eu que não sou uma pessoa objectiva, antes pelo contrário eu sou um monstro das situações indesejadas, das merdas por resolver! Bem, sou feliz ao teu lado, quero ficar contigo, sabes disso! O problema é que tu pensas que eu tenho medo! Eu não tenho medo! Que fique aqui bem assente, escrito até, para a posteridade do nosso futuro, que eu gostava que fosse: juntos! Espero que sim! Quero-te dar carinho, parvo! Pra quê tanta revolta? Tanta agressão verbal?! Logo pra mim, só podes estar a gozar, alimentaste-te das minhas fraquezas para agora jogares e brincares com a minha vida ao ponto der eu achar que estava louca?! Não!! Nem penses! Nunca, mais! Fique dito da minha parte que: eu não tenho mais nada a perder, mas também não tenho mais nada a ganhar, o que vier por bem, entra e sai por  bem, sempre! Integra! SOU e com muito gosto, há quem não goste que eu seja assim, mas eu não consigo evitar, não é defeito, é feitio e contra isso eu não posso ir! Mais, perdi o medo! Agora, fica comigo, não achas que já chega desta merda? Vê só se da próxima não sejas tão sisudo no teu discurso, por favor, eu não faço nada para que isso aconteça, sempre fui cordial para contigo, não tenho por hábito pagar na mesma moeda, mas se o problema for esse eu prefiro pagar com raios de escória e se calhar há quem não vá gostar e meter finalmente a mão na consciência nos sentido de: “pá, eu não preciso fazer isto, faço isto porquê?” “Sou assim tão exigente para quê, o mundo vai acabar amanhã?” Bem, não interessa também a minha opinião, eu não sou nada, não é?! Sou feliz por ser nada, assim já posso mudar o meu nome no meu próximo cartão de identidade!  Nós nunca nos vamos entender, eu já percebi, porque tu não queres, sabes! Não necessitas de ser assim, vais a correr para outros braços assim que puderes, quem tanto amou e quem tinha tantos planos! Desperdiças tudo o que construímos em nome de uma ameaça fantasma! És exímio em conquistar quando te convém, para quem desdenha, porque não serve, paradinho,  coisa mais sem sal, era como se fosse um saco de batatas e tinha se de tocar de mansinho porque os grelos podiam magoar as costas, afinal agora já serve! Do mal ao menos: divide-se a sarna! Bom proveito! Até agradeço, porque assim angariasse mais uma testemunha de jeová! Muito bem, já dizia a minha avó:” É nas costas dos outros que eu vejo as minhas” Aproveitaste as minhas ilusões e as minhas inseguranças, atiras me á cara a quantidade de insultos que categoricamente, se não me falhasse a memoria, até a ordem eu os poderia enumerar por género, quantidade e qualidade! Bem, tou só a dar a minha opinião, não quero que leves a mal, mas essa rivalidade, essa competição, esse abre olhos de que tu tanto falas, chegou e sinceramente eu não gostava de estar na pele de quem o criou, o mundo é pequeno e tão sujo, tão sujo, tão podre, tão doentio, tanta moléstia, tão esgoto, tão nada! Olha, somos irmãos! Eu e o mundo! Por muito mais que me custe a admitir, este sofrimento atroz, esta pedra dura que deixou a carne consumir, tornou-se mortal, conseguiste o fazer muito bem, acreditei sempre até á ultima na tua palavra, nunca duvidei das tuas capacidades, mas mesmo assim, não fui compreendida, fui enganada, traída, porque é uma traição maior fazer o que tens feito onde continuo acreditar que não és assim mas ok…E que tal provares só um pouco do teu veneno?! Este diamante a quem dera muita gente poder ter ao seu redor irá demorar algum tempo a recuperar a coragem, mas como o que é de extremos se atrai e eu sou excessivamente perfeccionista, prefiro ficar em silencio a partir de agora e deixar correr o destino! Sabes porquê? Porque o azeite não se mistura com água…

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sou...

Lamento todas as horas desperdiçadas em prol do teu mundo mortal.
A vida não foi feita para amar, mas sim para sofrer.
Não permito que ninguém me conceda a tua liberdade.
Sou escrav@ da minha vontade

No meio do breu, sinto os teus dentes cravarem-se-me na pele como de uma armadilha se tratasse.

Serei eu a tua presa?

O sol brilha...longe...muito longe da minha gélida gruta!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Declaração de Amor

Como é bom namorar!
Lembro-me da última vez que namorei, foi há muitos anos atrás!

Tive apenas três homens na minha vida por quem posso dizer que me enamorei verdadeiramente.
Nunca fui muito feliz no amor, era demasiado obsessiva, mas sei lá...acredito pouco no karma,  muito menos na reencarnação no entanto sei que tudo se paga neste mundo, mas não sou mulher de muita fé.
Dos homens que verdadeiramente amei, dois morreram, o primeiro, dono de uns hipnotizantes olhos verde mar e de uma voz forte, na minha adolescência, o segundo era o meu pai que apesar de ser extremamente calado, cada vez que falava, lançava de uma só rajada, palavras que me deixavam a pensar durante horas, faleceu dois meses antes da minha filha nascer, há seis anos.
O terceiro...por quem tenho muita estima acima de tudo, homem de personalidade forte, espero que seja verdadeiramente feliz, que consiga amar em toda a sua essência, que viva por muitos anos...e que namore...
Admito que nunca lidei bem com a perda e tenho um mau perder de fugir...também só damos valor ás pessoas quando realmente percebemos que as perdemos.

Mas estava a contar...que tenho saudades de namorar, amo todos os dias, mas namorar...

porque me fazes sorrir.
quando me olhas nos olhos, me dás a mão e passeamos pelos jardins ao pôr do sol.
na surpresa do aconchego de uma flor.
porque sei que posso chorar no teu ombro e que me enxugas as lágrimas com beijos.
quando depois de uma discussão violenta me sussurras ao ouvido: "Que vamos fazer logo à noite?"
quando me dizes olá de manhã e me envolves no teu corpo num abraço fraterno.
porque discordas comigo, mas somos amigos sem julgamentos,
por me deixares ser eu.
quando me atiras pedaços de doce e nos unimos na disputa de quem vai conseguir ficar mais sujo.
em sermos adultos, mas conscientes da nossa meninice.
quando saímos à rua...e de repente me puxas por um braço e nos amamos em cada esquina.
na estupidez que é o Amor, no ridículo em que caímos e não nos importarmos nada com isso.
quando me lês a mente, no murmúrio do silêncio.
no valor das minhas mãos, dos meus pensamentos, nas horas em que estamos sozinhos...
na mudança que fizeste na tua vida para acompanhar a minha.
Amo-te porque amas primeiro a minha rebelde cria e só depois a mim.
Amo-te porque me Amas, só porque sim!











domingo, 25 de novembro de 2012

Inferno

Borbulham áspides nas minhas raizes.
Desconsolo atroz que me carboniza a alma.

Na profundeza negra exalam odores,
que despertam os meus sentidos.
A fúria levanta o meu ser,
que me faz seguir pelos campos destruídos.

Descarrego o meu ódio nas fornalhas da tua essência.
Invado a tua semente como um tormento,
que renasce a cada investida.
Vaporosos somos na nossa pertença.
Mistura-se em mim a imensidão da tua revolta.
A voz que te entende deslumbra-se,
no calor do nosso desejo.
Nas minhas mãos percorro o teu interior,
em busca da devoradora eminência.
Lutamos sobre a violência que nos consome.
Deleito-me com a tua insubmissão.
Ardemos na mais imperfeita indecência.


Queimam corpos ignobéis na lucidez desesperante da realidade...


Clamam! Para se juntarem a nós...


Partimos ao largo de tanta podridão!



extremis

descansa em nós um dia de chuva
da voz rouca solta-se o grito que te eleva

hoje a obscuridade é uma constante
não quero que a sombra saia de mim
porque a dor alimenta a minha força
e...
num repente...

nada me salva
a não ser a escravatura da tua mão incerta

o teu nome é uma palavra e em ti coloquei a minha ordem

 

sábado, 24 de novembro de 2012

Provas dadas, culpas aceites!

Tava a demorar!
Porem-me á prova e desta vez foi quase em todas as frentes!

Gosto imenso de pessoas cinícas!
Dão me pica para aprender a ser espiã! Curto do Riot!


Várias regras básicas da minha sobrevivência

- Não desejar mal a ninguém. ( cuidado com a "lei" do retorno)
- Não usar a capacidade extra-ordinária (sim, ao contrário de muitos, não sou extra nem sou ultra, sou só ordinária, conto até 1,2,3 e por aí fora, apesar de não ter sido grande barra a matemática) em nossa prol a fim de prejudicar o próximo.
- Não cobrar por isso. (pois a ambição desmedida faz corromper a nossa integridade, perdemos os escrúpulos, é quase como se nos agarrássemos à droga.)
- Invejar saudavelmente. (sim, porque existem invejas que são saudáveis, pelo menos para mim)
- Não colocar os outros à nossa mercê, manipulação, principalmente mental, para nosso proveito, (cago bem nos patrões, sejam eles de que tipo for, ninguém me vem colocar comida na mesa se eu não mandar as "sementes á terra". Não, não sou boa agricultora, gosto muito de actos, de palavras e de lhe chamar generosidade! Não vou ficar à espera dos outros e muito menos seguir os seus conselhos à risca, apesar de reconhecer que os mais velhos têm sempre uma palavra a acrescentar, lamento, tenho uma cabeça que é minha, não tenho túbaros, mas tenho outra coisa no seu lugar que fazem as suas vezes, a minha força de vontade)
- Trabalhar sempre, nem que seja a nossa cabeça para que o nosso intímo possa ser limpo. (todos temos um lado negro, sem dúvida mas, mete-me nojo quando sinto que existem parasitas atrás de um belo sorriso em prol da "boa vontade", o Mundo é tão lindo, não é?! Somos todos especiais! É tudo tão gentil! Puta que pariu essa "caridadezinha")
Dentes brancos, coração podre, ouvi dizer a quem é muito Antigo!

Se eu quisesse ser "boazinha", enfiava-me numa sacristia a limpar custódias e mesmo assim fazia olhinhos ao padre se fosse um gajo interessante!





Mais:

Os escândalos a mim, nunca me meteram medo, eu até gosto de escandalos, principalmente se for á frente da igreja para os fieis se benzerem! Nas pedras da calçada! Ou á porta dos ministérios! Ou á porta das esquadras! Ou até á porta da minha mãe se ela lá não estiver! E que seja bem hardcore!
Escandaliza-me mais pessoas que achamos ser nossas amigas, que quando pensamos poder contar com elas, nos mandam dar uma volta e fazem de conta que não "querem" saber porque estão demasiado entretidas a olhar para o seu umbigo e para os seus fanatismos! Isso é que me escandaliza.

Mas lá está, eu é que sou a culpada, ponho os expectativas muito altas, acredito demais.
Se calhar devia ser mais desconfiada, um olho no burro, outro no cigano, devia fazer mais filmes, de preferência porno! Sempre ganhava uma guita!
No entanto há pessoas que só pela maneira como falam lhes descubro o carácter! E algumas enganam-me bem!


Tenho bons amigos e bons conhecidos, poucos e os que tenho gosto de os preservar, até ao dia que me pisem os calos.


Sempre gostei de desafios, fazem me puxar por mim, pelas minhas capacidades, pelo intelectuo e pela ordinarice.

E gosto de manipulação... mas é só na cama!



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Kaos escreve

Kaos escreve:

Soltem-lhes os cães de trinta cabeças!
Soltem-lhe a alma desesperada!
Soltem-lhe a víbora e que morra em seu próprio veneno!
Soltem-lhe o abandono consequente!

Amarrem-lhe o interior!

Chamaste-me!
Numa só palavra se sente o poder da minha Senhora, a quem o infortúnio colapsou no abismo!
O respeito sobre as mentiras!
Dança em mim a tua essência!

Entre os lamúrios!
Entre a zona de guerra!

Numa terra de néscios desperta a força bruta da destruição compacta!
Para que ninguém se sinta comprometido pelas suas próprias mãos, em si reina Kaos!

E só a mim!
Para que se sinta única, nunca mais será a mesma!

Soltem-lhe a lingua que fala sem que ninguém a perceba e só eu a entenda!
Soltem-lhe o poder da destruição!
Façam-na sair de noite!
Os corvos voam de madrugada! 
A vontade avassaladora de nunca ser apanhada na ordem das suas acções!
Levantam-lhe as mãos, mas não lhe cortam a cabeça!

Em ti faço vénias ao teu despudor! Ao teu corpo! À tua paixão!
Amamo-nos consecutivamente dentro de todas as celas!
Fortalecemo-nos com a substância que nos sai das entranhas!
Os votos cozeram-se no caldarium da Inquisição!
Não obedece! Não se humilha!

Soltem-lhe a besta humana!

Lança o poder que te dou, controla a tua mente, porque eu nunca te abandono!

Solto-lhe os cães de trinta cabeças e amarga a água que lhe sabe a sangue!

Não ouses voltar ao mesmo! Perde a esperança! O medo assola-te! O desespero dos pesadelos!
Os remorsos!
O choro compulsivo! Os gritos! A angústia! A perda da sua cria! O declinio a que te sujeitas será pior do que o que lhe deste!
A podridão das tuas raízes! A dor!

A perseguição da Visão! Vale-te dos perseguidos errantes que desvirtuam o seu próprio ser, serão presas fáceis à minha chegada!

Que a paixão que nos une seja eterna para que em ti viva a minha justiça!
Envolvo-te em fios de prata para que voes para lá do firmamento! O mensageiro que chega com o cheiro moribundo da Morte, não te assusta! Faz-te viver ainda mais nas forças que eu domino! O poder caótico do nosso interior! O Fogo!

O Fogo Iluminado que destrói tudo à sua volta! Arde!

















Também não sei!

Onde é que ele está?! - pergunto eu
O quê? Não percebo!

Onde é que ele está?!
Não sei, está longe, isso faz me sentir preso.

Onde é que ele está?
Mas o quê? Não te consigo entender, não percebo, não interiorizo essas coisas que tanto dizes que existe, existe só na tua cabeça! Acho que isso não existe, mesmo!

Isso o quê? O que é isso, afinal?
Não sei, responde me tu em que falhei!

Eu também...falhei! 

No limiar da paixão é sempre tudo bom, viver-se intensamente, mas quando isso acaba, deixou de existir o que eu tanto considerava apaixonante.

Queria voar pra lá do firmamento, beijar o sol e aquecer-me nas tuas asas! Unidos, não era preciso concordar com tudo, que investigasse o porquê e sempre tivesse do meu lado, como corvos que voam aos pares, intuitivos, curiosos, astutos, que se picam, que lutam, que resistem, que amam, que odeiam... que colaboram com o seu bando, mas que nunca se largam até morrer o sentimento. Na confiança que tanto me faltou.
No admitir perante nós que estamos felizes, incompletos, mas que caminhamos para atingirmos um objectivo...fosse como fosse...mas viver com dignidade!
Na atribulada paixão... perdeu-se a minha inocência! Mas ganhei a força que me faz resistir sozinha!
A independência de sentimentos!

 
A erupção das nossas vidas!

Nas caricias e nas palavras doces! No carinho... essencialmente na falta dele!
Porque sem carinho, não existe compreensão!






domingo, 18 de novembro de 2012

Acontece...

Um dia em que gostava de não ter crescido mais, podia ter parado no tempo e ficado apenas pelos meus quinze anos.
Quando se está na flor da vida, não existe ódio.

Odeio-me! Odeio isto tudo! Odeio te a ti, odeio me a mim, odeio os outros, odeio tudo!
Não quero mais saber se amanhã o dia nasce melhor, porque eu não quero cá estar!
Não quero existir! Não quero sentir!

Nojo!
Tenho nojo de mim própria cada vez que me lembro que pérolas foram dadas aos porcos e fui eu que fiquei na furda, no charco a cheirar mal! As pérolas não se comem, admiram-se!

A tristeza e a solidão são dos melhores aliados que podemos ter!
A sofreguidão, a frustação, os sentimentos que não consigo descrever, pois o que me consola é a destruição.

Odeio, tenho um ódio de morte! É que me consome a cada dia que passa em que não consigo decidir o que fazer, o ódio ao desespero.
Odeio bloqueios, odeio tudo o que rodeia!

E quanto mais odeio, mais me destruo! E quando mais destruo, mais me completo! Porque eu quero que isto morra! E que não volte mais! E só a morte negra me faz feliz!

Sempre que odeio, sinto que existe algo que me ama, a minha sombra! Essa...acompanha-me sempre e não me tenta foder!

É sempre a foder o próximo, a foder tudo! Que tudo se foda!

Porque neste planeta toda a gente se fode...à grande e à francesa!

Temos...pena!





quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Viúva Negra

Cristina matou o companheiro de aventuras.
Ao fim de quase um ano de desespero, Cristina deu-lhe trinta e cinco facadas no coração, tantas quantos os anos da sua existência.
Cristina nunca soube o que era amar, teve vários companheiros e quando encontrou o homem que julgava ser o único da sua vida, achou que tudo era possível fazer-se, o impossível e o óbvio.
Toda a sua existência sonhou com uma união perfeita, com os seus altos e baixos, decerto, mas os sonhos desfizeram-se quando a violência chegou aos filhos em comum e à sua integridade.
Deixou de acreditar em sonhos, deixou de acreditar que a felicidade era possivel, deixou de ser ela própria,
Conquistou a pulso a sua independência, estudou, aplicou na sua vida o que aprendeu para depois ser totalmente destruída por um cilindro manipulador.
Ainda hoje chora pelo seu impulso, mas não consegue desligar-se das situações que absorvem o seu pensamento.
Cristina não conseguiu suportar o campo de batalha sentimental a que se sujeitou, às traições, ao desrespeito, as noites alcoólicas, a falta de apoio, as depressões, a falta de liberdade.
Ainda hoje se veste de negro, como se quisesse colmatar essa falha que acha no seu interior, um autêntico delirio. Nunca irá voltar a ser ela, depois de ter sido subjugada aos prazeres perversos de António, às noites em que ficava sozinha a cuidar dos filhos enquanto ele se desdobrava em prazeres fora da sua vista, viveu uma união de conveniência por parte dele, mas apercebeu-se a tempo e vingou-se. António nunca mais lhe fará mal.
António foi a sua morte. António será o seu renascer.


Acredito que existem pessoas que vivem autênticos infernos, tanto físicos como psicológicos. Precisam libertar-se a elas próprias. Identifiquei-me em parte com este testemunho que tive a oportunidade de ouvir e de sentir enquanto me encontrei em clausura interior longe da civilização. As lágrimas correram-lhe pela face enquanto descreveu todo o seu desespero, toda a sua angústia. Cristina foi absolvida pelo tribunal do seu "crime", mas não se perdoa a ela própria! Continua em tratamento!

Acredito que hoje em dia, o amor verdadeiro existe só em algumas pessoas que tentam ter uma mente  sadia. O amor, a velha questão, o sentimento "fugaz" em que tudo pode ser posto em causa.
Não estou a falar em possessão, mas sim em respeito mútuo, a mim sempre me fez muita confusão o facto de haver casais que no alto da sua união, permitissem que um deles saltasse a corda. Vem-me à cabeça o velho ditado: " Coração que não vê, coração que não sente" Pois bem, faz todo o sentido, não tem a ver com moral, tem a haver com educação e com respeito, sem ele não existe liberdade.

As uniões de conveniência ou as chamadas "relações abertas" matam o sentimento que une ambos os intervenientes. A não ser que os mesmos se sintam bem com essa condição. De qualquer forma, na minha opinião, é porque existe algo que falha, atracções fisicas toda a gente tem, mas passarem ao acto, deixa de ser legitimo, deixa de ser um amor genuíno. Nesse caso, a meu ver, acho que o melhor é ficarem sozinhos, assim não se magoam a eles próprios! Válido para todo o tipo de pessoas, independentemente da sua opção sexual, porque o que interessa é o que se sente. Quando se ama, ama-se! Não quer dizer que não aconteça, comigo já aconteceu, mas senti-me mal com isso. A carne é fraca, mas o espírito consegue ser mais forte quando se tem um corpo limpo! Existem muitas formas de amar, o problema reside apenas na maneira como o concebemos na nossa cabeça e como o sentimos, o poliamor! Não sou adepta da poligamia, apesar de admitir que todos nós temos fantasias! E não quer dizer que não as concretizemos, simplesmente acho que essas fantasias são apenas lapsos da nossa insatisfação. O Homem é insatisfeito por natureza! Aos poucos vou conquistando o meu amor próprio, aquilo que considero ser benéfico para a minha vida, estava escondido, a minha dignidade, o respeito por mim mesma, apesar de haver sempre quem me tente confrontar. Já houve quem o tentasse destruir, mas aquela réstia de integridade que nunca se perde fez com que a minha natureza viesse ao de cima. O que é inato! Estamos sempre a ser postos á prova! Talvez seja uma sonhadora que acredita em contos de fadas, talvez um dia me apareça uma abóbora azeda que dê para transformar em doce.

Porque o amor é isso mesmo, um doce, uma união em que ambos se querem, em que ambos se respeitam, em que ambos se completam. É o dar e receber, sem querer nada em troca! A unidade do ser! Não somos deuses, somos energias! A energia que nos faz unir uns aos outros, a energia que nos protege, a unidade que nos faz ser livres, independentes, opostos nas nossas diferenças, mas ao mesmo tempo unidos em toda a nossa plenitude, a indestrutível leveza da paixão que corrói as nossas entranhas, a entrega sublime de ambos os corações! E o que é sublime, é divino!